O marketing direto sempre teve suas raízes ligadas à aproximação da marca/produto junto ao seu público-alvo. Usando cross- selling, banco de dados atualizado e uma boa estratégia de segmentação, as agências de Direct foram ganhando mercado e a confiança dos clientes que poderiam mensurar resultados, sem investir tão pesado em comparação às agências de Advertising.
Isso não parece discurso de agência de internet?
É isso mesmo. A internet começou como mais um tipo de mídia, uma forma complementar da estratégia de comunicação como um panfleto ou outdoor. Atualmente, se inspira na experiência do usuário para criar um ambiente próximo da realidade de cada grupo. Malas diretas, desde sempre, são criadas pensando no público-alvo, ou usuário, para as agências de internet.
Já que as duas amigas estão falando a mesma língua, é possível entender porque as agências de marketing direto estão se tornando cada vez mais digitais. E como todo mundo precisa de know how em técnicas de aproximação, até o “primo rico”, as agências de Advertising, andam convidando as agências de marketing direto para tomar um café, apesar de que ainda são categorizadas como BTL (below the line, abaixo da linha). Simpático o apelido, não?
Acontece que, entre amigos, a troca de experiência é muito melhor.
O marketing direto já conhece bem o lado do consumidor vs. vendas:
- Sabe técnicas de conversar com ele, parecendo o seu melhor amigo (marketing de relacionamento);
- Tem foco em vendas e no modelo de negócio do cliente;
- Sabe como abrir um canal de comunicação (call to action) e gerenciar as respostas (CRM).
E agências (ou equipes) de internet conhecem tecnologias e gerenciamento de tarefas:
- Sabem organizar trabalhos e equipes;
- Conhecem os prazos e a mecânica de desenvolvimento e de manutenção da comunicação via web;
- Sabem como funciona o ambiente digital;
- Têm mais jogo de cintura para desvendar os truques e tecnologias possíveis para sair na frente.
Os dois parentes estão cada vez mais próximos. Mas como em toda família, mesmo com afinidades ou morando na mesma casa, às vezes um não conversa muito com o outro. Aí a amizade esfria. Aí, a troca não vira uma grande experiência. Aí, daqui há alguns anos, inventam um apelido para você, colocando a categoria toda abaixo da linha.
É a hora e a vez da integração. E essa é a perspectiva pelo menos para os próximos 10 anos. [Webinsider]
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Melina Alves
Melina Alves (@melinalves) fundadora da DUX Coworking. Consultora em User Experience, Designer de Experiência e Interação. Mantém o blog Melina Alves.
3 respostas
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Adrianaaa eu já ia mandar esse texto pra você.
Na verdade eu quero mais é aprender a lidar com esses dois formatos!
Estou na lida, literalmente, lendo!
Beijos!
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Melina,
Mais uma vez você abordou um assunto interessante.
O marketing direto é uma ferramenta moderna e que gera grandes resultados para a empresa e o cliente, ele segmenta os resultados e gera a experiência com os produtos, espero que a internet siga o mesmo caminho, tornando mais útil a quem necessita de informações e experiências sobre a busca.
Melina, artigo superpertinente. E como você também é redatora, provavelmente concorda comigo: a forma de escrever para internet tem muito das lições aprendidas no marketing direto.
Nas duas disciplinas a gente se preocupa em fazer links entre os conteúdos, trabalha com destaque das informações importantes, vai conduzindo o leitor, entre tantas outras técnicas.
Acho que, para um redator de marketing direto, é natural pegar o jeito de escrever para a web.
Abraço,
Adriana