Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge: uma opinião

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Eu não me lembro muito bem de como consegui fazer tal proeza — mas consegui. O ano era 2008 e antes de chegar ao lobby do shopping — o lobby do cinema, na verdade — eu tinha me esquecido quase que completamente do que havia acabado de ver nas duas horas e 30 anteriores: Batman – O Cavaleiro das Trevas (The Dark Knight, 2008).

Eu tinha planejado rever ao menos os dois filmes anteriores da trilogia dirigida por Christopher Nolan. Não porque eu goste dos filmes (tenho certa predileção por Batman Begins e chego a acreditar que é a melhor coisa que Nolan já fez), mas sim para me lembrar do que a trilogia fala.

Begins eu ainda consegui rever pela metade na TV, Cavaleiro das Trevas não.

Não ter revisto o segundo filme da franquia me deixou preocupado — será se eu vou conseguir entender o filme? Sim, é um filme de Christopher Nolan, o que significa que tudo será mastigadinho e triturado no liquidificador para o público, mas ainda assim é preocupante (e eu aposto que se algum nolanrólotra ler este texto usará a frase anterior como contra-argumento).

Bom, qualquer preocupação que eu pudesse ter foi imediatamente dopada; amansada e exterminada logo na primeira metade do primeiro ato. Eu costumo dizer que quem assistiu a Waking Life (idem, 2001) e não entendeu o filme só precisa ver A Origem (Inception, 2010). Aliás, A Origem é um filme que deveria ser queimado em praça pública: Tem a oportunidade ser algo grande, um filme para as eras — um diretor que teve a ousadia de pegar o dinheiro de um estúdio grande e semear intelectualidade e filosofia nas mentes dos espectadores do verão norte-americano. Mas não; Nolan é covarde demais para isso. Prefere construir toda a “atmosfera” dos sonhos e daí explicar tudo sem mais delongas.

O fascinante é que ainda assim as pessoas conseguem discutir sobre A Origem. O peão continua girando ao final? Grandes coisas. Você despreza Uma Odisseia no Espaço e ama A Origem. Você é um bebê.

E chegamos a O Cavaleiro das Trevas Ressurge.

Mesmo que eu tenha dito o que eu disse acima sobre o filme de Nolan estrelado por Di Caprio, ainda assim eu preciso reconhecer que A Origem é, no mínimo, corajoso: lida com sonhos e tenta (tenta) ser ambíguo. Se ele explica tudo ao final é secundário, olhando por esse ponto — o espectador médio passa por isso despercebido; ao ser explicado das coisas que não consegue entender, mas que “pegou no ar” nos momentos anteriores, ele fica feliz e satisfeito com seu próprio poder de observação. Isso é um fato.

Mas Nolan não poderia arriscar esse joguinho num filme como The Dark Knight Rises (por convenção, chamaremos o filme daqui para frente de TDKR). Não na parte final da trilogia. Aqui é preciso pegar o espectador-alvo pela mão e guiá-lo pelo caminho das pedras. É necessária menos contemplação e mais ação.

Tomando consciência que a nova saga de Batman é um grande (e formulaico) filme em três atos, TDKR funciona como aqueles trabalhos inseguros de si e que tentam tapear o espectador com um terceiro ato bombástico e cheio de revelações. E o problema, é claro, é que ninguém gosta de ser tapeado; um espectador mais atento nota que foi chamado de burro e foi ofendido.

TDKR é um filme com proposta e execução lamentáveis desde o primeiro instante: os primeiros cinco minutos são dedicados a uma ridícula apresentação de Bane (Tom Hardy); uma apresentação que em muito nos recorda àquela do Coringa de Heath Ledger. Injeção de adrenalina e doses altas de pancadaria. Uma pancadaria que Nolan não sabe como apresentar (mais sobre isso adiante).

Paralelo a isso, acompanhamos as festividades do Dia de Harvey Dent. Vemos a hesitação do Comissário Godon (Gary Oldman) ao discursar sobre o homenageado. Ele bateu um texto que revela a verdade sobre o homem que, em última análise, “livrou” Gotham do crime. Gotham, como é dito mais tarde, foi salva baseada em mentiras, e essas mentiras consomem Gordon.

A verdade é que todo mundo sabe quem é Harvey Dent e porque morreu.

Entretanto, Nolan não se detém em usar breves inserts que mostram a última cena do filme anterior. Ora, se Dent foi um personagem tão marcante, marcante o suficiente para ser lembrado neste filme, pra quê gastar tempo com imagens picotadas que mostram Gordon com a boca escancarada? E ainda se fosse somente momentos com Gordon com a boca escancarada, ainda assim saberíamos que ele está pensando no verdadeiro Harvey Dent — o psicótico Duas Caras — já que Nolan o enquadra ao centro de duas fotos do homenageado em trajes galantes (e, por tabela, falsos).

Não há nada que justifique os inserts além de uma perigosa falta de confiança da parte de Nolan — quem reaproveita imagens de arquivos dos próprios filmes só pode ser uma espécie de Ed Wood do século 21.

Ademais, é justamente na falta de confiança de Nolan para com o seu público onde reside a “força” do seu cinema. A “graça” de TDKR está fundada na mesma “graça” de A Origem e de Amnésia (Memento, 2000): surpresas gratuitas. E partindo do princípio que esses plot twists são frequentes no cinema de Christopher Nolan, é estranho ver que ninguém faz piadas iguais àquelas que fazem com M. Night Shyamalan. (Imagine se A Origem fosse um filme do indiano: “Eu acordei e descobri que ainda estava sonhando. Directed by M. Night Shyamalan, hahaha”).

É interessante observar, também, o desprezo incrível que TDKR tem para com as mulheres que nele transitam (na verdade, o cinema de Nolan é machista como um todo, mas receio que não há espaço para avançar neste campo). Observemos primeiro a personagem Miranda, interpretada por uma claudicante Marion Cotillard.

Qual a finalidade de Miranda, como um todo, no filme? Resposta: Nenhuma. Nenhuma a não ser para “surpreender” o espectador, já no terceiro ato da trama. Nolan não tem vergonha alguma de submeter o espectador a um plot twist com uma personagem totalmente descartável.

Afinal de contas, Miranda, em algum momento, foi fundamental ao filme? Há alguma ação definitivamente importante que ela desempenhe durante os longos 167 minutos de TDKR? Não. OK, alguém irá dizer que ela assume o controle da Corporação Wayne, mas ainda assim aí está um papel que poderia ter sido desempenhado por qualquer outra pessoa da galeria de personagens do filme.

Miranda só está ali simplesmente para fazer caras e bocas. Ela é filha de Ra’s Al Ghul? Então essa é a imortalidade de que ele tanto fala? “A imortalidade tem muitas formas”, é verdade. A melhor dela é quando a pessoa morre fisicamente, mas vive na memória. Há um momento em TDKR em que Al Ghur atinge de fato a imortalidade, e é quando Wayne o vê quando está, literalmente, no fundo do poço. E Nolan, como não poderia deixar de fazer, queimou esse belo momento.

Selina Kyle/Mulher-Gato (Anne Hathaway) idem. Fazia tempo que eu não via uma personagem tão histericamente irritante num filme. O problema de Selina nasce desde sua apresentação inacreditavelmente formulaica: não há um avanço gradativo em suas ações, ela simplesmente surge como uma variação do velho gênero da prostituta-de-coração-de-ouro, usando o clichê mais batido do mundo dos filmes de ladrões – a ladra que só permanece cometendo crimes porque existem bandidões atrás dela.

É um erro do qual normalmente não reclamaria, mas num filme de um diretor que tenta desesperadamente soar profundo e propor uma reinvenção do gênero de super-heróis, é imperdoável.

E quando Nolan não peca por falta, faz por excesso. É incrível perceber como praticamente todos os personagens em TDKR têm momentos dedicados a monólogos que vasculham suas origens. Algumas vezes, é certo, é um mal necessário — o Batman volta às ruas, por exemplo, após escutar as origens de Blake (Joseph Gordon–Levitt).

Outras vezes, como no caso de Miranda, é puro atraso; até mesmo o próprio médico da prisão onde Batman se encontra tem seu próprio flashback biográfico. (Aliás, a “fantástica” origem de Miranda só tem sentido para justificar a “surpresa” de sua verdadeira identidade e para revelar de onde o Bane veio; e me parece que todo mundo tem um monólogo neste filme).

E se TDKR é um fracasso de proporções míticas desde a organização dos seus personagens, estruturalmente e esteticamente é ainda pior. É certo que os melhores e piores manuais de roteiro nos dizem que o primeiro ato e apenas o primeiro ato de um filme deve servir como estojo para a apresentação dos personagens, mas o que há aqui é um estupro.

É fato que Nolan e seu parceiro de longa data Lee Smith, montador, amam transições bruscas e cortes secos (Amnésia mesmo termina imediatamente depois do último “t” de “What?”). Isso justifica o excesso de cortes e montagens paralelas nos primeiros 10 minutos? Desconfio que não. Qualquer um que diga que a montagem do primeiro ato de TDKR é elegante deveria ler um livro de Gloria Kalil, porque elegância não pode — não deve — ser retalhos serrados e puídos. (E isso para não falar da fotografia aborrecida de Wally Pfister, que confunde neonoirismo com escuro).

É que há um descontrole em TDKR. Se a própria apresentação dos personagens não funciona (são personagens em ações prosaicas e que simplesmente apresentam as caricaturas dos seus próprios seres), as lutas, por tabela, também não podem funcionar. E o problema aqui nem vai para Lee Smith (pelo contrário, ele consegue amarrar as ações paralelas muito bem, depois), mas para o próprio Nolan:

Há um termo que eu particularmente não gosto, mas que aqui vale: “Fascínio pela imagem”. É aquele sentimento que nos é despertado quando sabemos que um diretor está amando o que está filmando. Mesmo Michael Bay tem (aqueles travellings circulares, por mais enfadonhos que possam parecer, simbolizam isso). Nolan não. Há algum plano memorável em TDKR? Não. Há tentativas repetidas de estabelecer um (Batman no alto da ponte, contemplando a Gotham caótica, por exemplo), mas eles soam tão deslocados que é ridículo — se sentiriam mais em casa na trilogia Homem-Aranha do gênio Sam Raimi.

A mise-en-scène do filme é um esboço de um estilo “padrão”, em que o diretor tenta se interferir o mínimo possível na ação, mas até nisso falha. As cenas de luta são a prova cabal disso. Lutas normalmente são pra cima e excitantes, com belos planos abertos, contrapostos com murros em close ou na própria lente. Em TDKR, elas são colagens aleatórias e surtadas de diferentes tomadas do mesmo plano, e quase todos captados em plano-americano.

Nolan só parece mudar a estratégia quando quer escancarar algo estapafurdiamente ululante, como quando vemos o nosso velho amigo Dr. Jonathan Crane (Cillian Murphy) no alto de uma pilha de objetos, no papel de um juiz, nos obrigando a constituir uma ligação óbvia (e infantil) com o Tribunal d’O Processo de Kafka. (Aliás, pensando bem, acho que vi um plano similar em algum desenho dos Looney Tunes, mas também podia ser da Disney — Pato Donald ou Pluto. Agora eu não lembro).

A filosofia

Agora vamos nos deter um pouco e vamos analisar um campo bastante chamativo neste último filme de Nolan: filosofia por trás de seu trabalho.

É impressionante observar que um cineasta que se coça e anseia em tornar seus filmes em verdadeiras matrioshkas, as bonecas russas que ficam umas dentro das outras, não traga nada de realmente relevante a ser tirado da superfície óbvia de seu mais recente trabalho.

Em última análise, TDKR é um filme essencialmente vazio, e estou muito longe de que convençam do contrário. É uma história banal de (1) um mordomo com complexo de paternidade; (2) um riquinho hedonista; (3) uma ladra de bom coração; (4) um órfão cansado de esquentar banco; (5) um monstro cheio de filosofismos.

Mas abaixo da superfície, os irmãos Jonathan e Christopher Nolan (que desenvolveram o roteiro baseado num argumento concebido pelo diretor David S. Goyer) criaram uma história avassaladora neocapitalista e reacionária. Christopher, essencialmente (já que ele é o responsável pelo filme), respira o medo de Deus — o que é Bane senão uma pintura medonha do maior medo norte-americano, um revolucionário?

Não é a primeira vez que a trilogia Batman demonstra medo daqueles que surgem com algo novo para Gotham: o primordial Ra’s Al Ghul era alguém que procurava destruir Gotham não para erradicá-la, mas para que deixasse de ser uma cidade do pecado e florescesse como algo belo e cristalino. A destruição proposta por Ghul não é física, mas sim ideológica. (É física num aspecto superficial, óbvio). Bane idem, mas aqui está mais disfarçado. A bomba é apenas um mero MacGuffin.

Bane não é nada além de um proverbial líder comunista carismático. Ele tem um aspecto parrudo e bizarro, mas observe como Tom Hardy o compõe com uma elegância extraordinária. Seu sotaque é chamativo e sua retórica é fluída. Talvez o que mais chama a atenção para o que eu quero dizer seja sua postura característica, sua linguagem corporal. Ele caminha como se fosse uma mistura de competidor de luta livre com um homem de negócios (as mãos segurando aquela espécie de bandoleira evidenciam isso, e Nolan contribui gentilmente para a sua grandiosidade filmando-o constantemente em contra-plongée).

E então surge o Batman. Batman é alguém que ajudou a “salvar” Gotham com base não num gesto heroico, mas sim em mentiras. São mentiras sinceras, mas ainda são mentiras. Ele corroborou com a polícia para que mandassem todo tipo de criminoso para as celas sem direito a liberdade condicional durante oito anos.

Eu não duvido que existam lá pessoas que estão presas desde furtos (como é o caso da Mulher-Gato) até estupradores e pedófilos. Mas, neste caso, cito agora o Governador Mike Morris em Tudo pelo Poder (The Ides of March, 2011): “A sociedade tem de ser melhor que o indivíduo”.

Se bem que Christopher Nolan manda a sociedade pelos ares. Batman não é o Cavaleiro das Trevas, é o cavaleiro do Capitalismo e do Individualismo. Batman é o menos heroico de todos os heróis: Peter Parker e Clark Kent são proletários (fotógrafo e jornalista, respectivamente) cujos poderes foram recebidos por entidades superiores (Kent literalmente foi mandado dos céus). Bruce Wayne/Batman não: usou seu dinheiro para conquistar seus poderes, e eles podem ser muito bem quebrados com um murro poderoso (Bane o faz, aliás).

(Observe que nem a descartável, ainda que bonita de olhar, Selina Kyle, escapa do maquinário capitalista de Nolan. Ela rouba, mas não rouba para vender, mas sim para olhar para seus furtos — joias, casacos, colares, etc.).

Batman impede que a revolução ocorra em Gotham. Gotham é Nova York. Você imagina uma Nova York comunista? É ridículo pensar isso — o que leríamos na Times Square? Anúncios da Victoria’s Secret? Não, trechos d’O Manifesto Comunista ou exibiriam pedaços de O Encouraçado Potemkin e Outubro de Eisenstein.

Por isso mesmo, a tal da bomba que Bane incita à explosão é um simbolismo para a revolução filosófica em Gotham; é como se cada vez mais a filosofia da destruição do power that be fosse sendo comprada — o que acarreta a destruição da cidade atual, claro. A cidade seria reconstruída, mas com o “poder no povo”.

Mas o interessante é que Nolan evita mostrar Bane como um verdadeiro líder marxista, mas mais como um déspota centralizador como Stalin ou Mussolini (eu não vou citar o nome do Alemão porque não quero cair no lugar-comum). O controle da bomba está com alguém do povo? Claro que não. Nolan até nisso nega poder às massas — o libertador/déspota libera os oprimidos (os prisioneiros fazem papel do povo e a polícia é nada além dela mesma, o órgão opressor), mas imediatamente instaura pra si o poder maior, ele quem decide — e não o povo — quem vive e quem morre; quem passa fome ou quem come.

Então eu não preciso dizer mais que TDKR é um filme nojento em proporções homéricas e de duração inaceitável. É doloroso chegar ao final. Eu pensava que o público iria aplaudir tanta brutalidade (apesar de tudo, eu me lembro de que eles aplaudiram ao final de The Dark Knight), mas a plateia mesma estava enfadada. Eles estavam nervosos e estavam certos — aqui está um filme que não é baseado num romance de Nicholas Sparks, mas que assim mesmo consegue parar toda a ação, no alto do pico, para mostrar os heróis se beijando. Sim, o cinema foi inventado para mostrar gente se beijando e gente se matando, mas não ao mesmo tempo.

Que Joseph Gordon–Levitt é o Robin? Óbvio. Que Miranda é a filha de Ra’s Al Ghul, mais óbvio ainda. Que Alfred (Michael Caine) está olhando Bruce e Selina ao fim do filme? Isso é tão claro quanto a luz deste computador.

É por isso que eu prefiro os filmes Batman Eternamente*, de Joel Schumacher. Eles são histriônicos, mas têm swag; eles abraçam a natureza carnavalesca de uma história em quadrinhos. É isso — ou você consegue aceitar adultos andando com capas e batendo em bandidos megalomaníacos?

A única profundidade que podemos extrair de um filme de super-herói pretensioso como The Dark Knight Rises é aquela que nem o autor sabia que estava colocando: seus próprios preconceitos.

20:10. 21/08: Mudei “Prefiro os filmes de Joel Schumacher” por “Batman Eternamente, de Joel Schumacher”. Eu deveria ter deixado claro que estava falando enquanto estilo, não como forma. Ah, não, eu deixei claro; as pessoas que leram e reclamaram dessa parte em específico parecem ter problemas de interpretação de texto.

Warner Bros. Pictures apresenta um filme de Christopher Nolan; Escrito por Christopher e Jonathan Nolan; Argumento de Christopher Nolan e David S. Goyer; Baseado nos quadrinhos criados por Bob Kane. The Dark Knight Rises, com Christian Bale, Tom Hardy, Anne Hathaway, Michael Caine, Gary Oldman, Marion Cotillard, Joseph Gordon–Levitt, Matthew Modine, Liam Neeson, Morgan Freeman, Alon Abutbul, Tony Amen e Uri Gavriel. Duração: 167 minutos. Censura: 12 anos.

[Webinsider]

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Victor Bruno (@victorfbruno) é editor do blog coletivo Ornitorrinco Cinéfilo.

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36 respostas

  1. Queridos, para começar, sei que estou muito atrasado nesta discussão, faz meses que ela foi encerrada, sei que poderei não ser respondido ou lido, mas mesmo assim me senti obrigado a comentar tanto esta resenha quando a alguns comentários (li todos).
    Primeiramente, eu gostaria de esclarecer que assisti ao “O Cavaleiro Das Trevas Ressurge” – TDKR como prefere o “crítico” – no cinema e confesso que não foi proveitoso, pois eu gosto de prestar mais atenção mais na fala que na legenda e no cinema isso era impossível, as pessoas estavam sempre falando e atrapalhando minha concentração, apesar dos buracos achei o filme interessante. Hoje, dia 17 de janeiro de 2013, eu resolvi assisti-lo novamente, desta vez com calma e paciência e para prestar mais atenção nos detalhes. Eu senti que o filme apresentava, de forma discreta e indireta, um paralelo com as ditaduras. Fiz uma busca no Google relacionando o filme com Comunismo e achei essa hilária resenha. Até ai, tudo bem, a internet é livre e qualquer um pode escrever qualquer coisa. Mas quando li os comentários, não tive escolha, tive que responder, pois fiquei consternado com a vaidade desse menino que escreveu o texto. Que garoto petulante! Minha gente, como ele é pretensioso, arrogante, e consequentemente, ignorante. Esse texto é uma tentativa grosseira de impor uma intelectualidade que é só aparente. A forma com a qual ele não aceita criticas e ignora os próprios erros (grosseiros) é de dar pena. Coitado! Mas vamos lá.
    O garoto já começa barbarizando (com a própria credibilidade) quando diz que NÃO gosta da franquia; que não reassistiu ao filme anterior, mas apenas ao Batman Begins; e que não gosta – nem um pouquinho – do Christopher Nolan e seu trabalho. Com isso, já podemos deduzir que há 99% de chance de ele ter escrito essa crítica apenas pra “acabar com a raça” do Nolan, ou seja, o negócio é pessoal. Agora me digam, se eu tenho a PRETENSÃO de atuar como crítico de cinema – uma vez que me digo “cinéfilo”- isso não significa que eu devo me expressar da forma mais imparcial possível – separando o meu ‘ego’ do objeto do meu trabalho – criando assim um crítica construtiva, ao invés de uma critica destrutiva e completamente orientada pelo meu emocional, que tem como finalidade apenas destruir aquilo que eu “não gosto” e inflamar a minha vaidade? Parece que o menino Victor só quer os fins e não os meios, ele quer ser crítico, mas não faz por onde. Podemos perceber que, o que ele sente pelo diretor e pela obra é ranço – e, às vezes aparecem sintomas de inveja, mas isso, eu não posso comprovar – um desgosto infundado, ele não gosta do sucesso do trabalho do diretor, e isso é o sustento de todo o discurso que ele tece, com suas analogias sempre “exageradas”. Ele pega os filmes antigos do Nolan, análoga com outros, de outros diretores, que não têm nada em comum, faz uma farofa e conclui seus raciocínios cheios de ácido. Ele chegou ao cúmulo de comparar “A Origem” com “2001, Uma Odisseia no Epaço”, dois filme completamente distintos, de épocas e contextos diversos. Mas eu não o culpo, esse é um comportamento juvenil, os jovens são muito impetuosos, se apressam e agem antes de pensar.
    O TDKR é uma sequência, faz parte de uma trilogia, ou seja, ele depende dos anteriores para ser “compreendido”, todo mundo sabe disso. Mas o rapaz, por incrível que pareça, acha que não. Ele acha que o filme não deve se vincular aos primeiros, com o que ele chama de “imagens reaproveitadas”, ele não se dá conta de que como ele, há pessoas que não assistiram a os anteriores e são necessários “ganchos” para tapar possíveis buracos e facilitar a compreensão. Isso fica evidente quando ele escreve sobre Harvey Dent:

    “A verdade é que todo mundo sabe quem é Harvey Dent e porque morreu. Entretanto, Nolan não se detém em usar breves inserts que mostram a última cena do filme anterior. Ora, se Dent foi um personagem tão marcante, marcante o suficiente para ser lembrado neste filme, pra quê gastar tempo com imagens picotadas que mostram Gordon com a boca escancarada? E ainda se fosse somente momentos com Gordon com a boca escancarada, ainda assim saberíamos que ele está pensando no verdadeiro Harvey Dent — o psicótico Duas Caras — já que Nolan o enquadra ao centro de duas fotos do homenageado em trajes galantes (e, por tabela, falsos)…”.
    Se o Gordon está com a “boca escancarada” é para mostrar algum sentimento, talvez de remorso, eu entendi assim. E o Harvey Dent é um personagem que morreu no filme anterior, mas sua presença é fundamental para o enredo de TDKR. Será que ele acha que se não houvesse o “flashback” as pessoas “desavisadas” perceberiam essa importância?
    Ele diz que a introdução do Bane, segundo ele, é ridícula e uma “cópia” da introdução feita para o Coringa no filme anterior. Claro que é parecida, pois os dois são a mesma coisa: terroristas. O que o diretor quis mostrar foi que ao invés da loucura do Coringa, aqui há um homem articulado, engenhoso e com poder absoluto sobre seus subordinados – que são capazes de morrer se for preciso – diferente do Coringa que era desvairado assim como seus capangas, mas “cada um por si”, ele não tinha objetivos, era a barbaridade pela barbaridade. Pra mostrar esta diferença, que serviu a apresentação do personagem, caso contrário, se ele apresentasse o personagem durante o decorrer do filme, aí sim seria uma cópia do Coringa, pois foi assim que o Coringa foi desenvolvido no filme anterior.
    Sobre as personagens femininas, ele diz que o Diretor é machista, por motivos que não se justificam. Sobre a Mulher-Gato, eu concordo em parte – mas nunca chamaria de machismo – ela realmente não evolui no decorrer da história. Mas também não poderia. Uma coisa que eu acho estranha é que ele diz que a personagem é o clichê da “ladra/prostituta do coração de ouro”. Mas a Mulher-Gato sempre foi ladra, e tirou proveito de ser mulher pra atingir seus objetivos, isso desde o princípio do Batman, ele queria o que, que ela fosse uma senadora, uma professora, que fosse interpretada pela Suzanne Paglia? Ah, por favor! Se ela não fosse ladra/prostituta e não se envolvesse amorosamente com o Batman, ela não seria Mulher-Gato. Sobre a Miranda, só posso dizer que ela foi fundamental sim, e que a história dela estava traçada desde o início, só não percebeu quem não quis. Logo no primeiro diálogo, podemos perceber que há algum mistério por trás do interesse dela.
    Ele diz que a montagem do primeiro ato não foi elegante e meteu Gloria Kalil na história. Coitada da perua! Como se ela tivesse alguma coisa pra ensinar na produção de um filme. Aquela senhora é mais vazia que a cabeça dele.
    A “Teoria do Fascínio Pela Imagem” é o que há de mais bizarro entre todas as bizarrices que esse menino escreveu. A definição não bate com o título, é uma coisa louca! “… é aquele sentimento que nos é despertado quando sabemos que um diretor está amando o que está filmando”. O que uma coisa tem a ver com a outra? Acho que nada. Sobre as cenas de luta, ele não gostou de elas terem sido feitas em close, ele queria planos abertos, e na explicação dele, eu visualizei uma daquelas cenas de filmes orientais onde as pessoas são focadas em plano aberto, na frente do sol fazendo movimentos rápidos, cenas muito frequentes no Power Rangers, Jaspion, Rocky, Vingança Cega e O Tigre e O Dragão. Não me surpreenderia que ele exigisse que enquanto lutam, Batman e Bane começassem a voar e se apoiassem em bambus dando golpes de kung fu. No faltou isso.
    Agora, a parte mais vexaminosa do texto, quando ele se propõe a falar de filosofia. Fica evidente que ele nem sabe o que é isso. O que ele chama de “filosofia” é pura e simplesmente uma análise psicológica, que também podemos chamar de psicologia e uma tentativa de evidenciar comunismo e capitalismo no enredo. Esse menino mostra uma desfaçatez desmedida, eu fiquei imaginando, será que quando ele escreve esses textos e títulos e diz a si mesmo “agora eu vou brincar, vamos ver se alguém percebe que falo de coisas que não conheço”, sim, pois ele não conhece NADA, – não conhece (e assume) a história dos quadrinhos, o que mudou na adaptação – ele faz a crítica só pelo prazer de diminuir. O que é isso!! Ele misturou tantas coisas e fez um pirão, um nó que é até difícil desembolar. Primeiro os perfis psicológicos:
    1. O mordomo paternal: Na lógica dele o Alfred poderia ser malvado e trancar o Bruce no quarto e colocar a comida pela fresta da porta;
    2. O riquinho hedonista: A Bruce poderia ser totalmente desapegado e casto, doaria sua fortuna pro Greenpeace e para o PETA, e ao invés de virar Batman, iria fazer passeata na rua – e logo o filme não seria do Batman;
    3. A ladra de bom coração: Como eu disse a mulher gato sempre teve esse perfil dúbio, sem mais;
    4. O órfão cansado de esquentar banco: Melhor que o órfão que só chora;
    5. O “monstro” cheio de filosofismo: Essa parte me doeu, pelo “filosofismo”. Que garoto insolente. Ele queria o que? Que aquele golpe de estado fosse feito por um operário sindicalista semianalfabeto que não tem o dedo mínimo em uma das mãos? Não faz sentido.
    Ele expõe o Batman, como um cavaleiro do Capitalismo e o Bane como líder comunista. Mas em nenhum momento o filme se preocupou com essas nomenclaturas. E o que esse garotinho tem por Comunismo, é o que o cinema americano vende. Ele teve a audácia de falar do Karl Marx e do Manifesto Comunista, que ele nunca leu. Ele não sabe o que é Comunismo e Capitalismo. O Comunismo Marxista, NUNCA foi posto em prática, nem nunca será posto em prática levando em consideração a nossa sociedade e o nível de conhecimento que temos. O comunismo só seria posto em prática se fosse implantado em uma sociedade superior, isso que chamam de Comunismo e que está presente em Cuba e na Rússia, é só um governo oligárquico que usa elementos do discurso de Marx pra iludir a população, quando na prática é uma ditadura. E isso é justamente o que esse jovem não entendeu, o discurso do Bane, fala de democracia e liberdade, mas a prática dele não dá escolha e restringe o indivíduo, ou seja, o que acontece nas ditaduras, um “falso comunismo” em detrimento de um governo que já não atende às expectativas e só impõe força para manter-se governo. No filme o dito capitalismo não é capitalismo e o comunismo não é comunismo, não há uma definição pronta e acabada, ele não percebeu isso e falou merda. Eu o aconselho a ler as obras sobre comunismo pra saber que estas ideias são completamente diferentes da prática dos que se dizem comunistas nesse nosso mundo. E pra finalizar ele quer atribuir como finalidade de um filme comercial características didáticas que jamais seriam aceitas pela massa. Ele é um tolo.
    O que ele fala é puro senso comum – e ele gosta disso. Não lê, não pesquisa, mas se acha apto a falar sobre tudo com o nariz empinado e nenhuma humildade pra assumir que erra. O discurso dele é só floreio, forma e nenhum conteúdo, ele fala um quilo pra expressar uma grama. O que me deixou chateado é que ele acredita tanto no que diz que não aceita a opinião alheia, destrata as pessoas, se impõe da forma mais vergonhosa, não se toca que pra um crítico, a palavra dele só tem validade se ele tiver credibilidade e desdenhando os leitores desta forma ele não tem credibilidade alguma, isso ficou evidente nos comentários – dois elogios e trinta censuras. Ele poderia ter debatido, mas não, ele preferiu se impor, ele acredita muito em si, ele acha que porque assistiu um filme ou outro está acima de todos, tenho pena de gente assim. É um grande mal do homem ignorante, se preocupar apenas com a aparência e não com o conteúdo, ele é assim, superficial, não conhece nada a fundo, apenas as cascas, apenas o exterior, acha que com discursos rebuscados pode ser tido como “intelectual”. Pobre Garotinho!!

    Obs: Não sou fã do Batman nem do Nolan, mas admiro o que ele fez com essa franquia, que não pode ser comparada, nunca, com o Batman Eternamente, aquele vexame, pelo amor de deus!

  2. O filme anterior era realmente um filme forte, tenso e com um personagem espetacular, O Coringa, feito pelo Heat Ledger. Assisti no cinema e três vezes em Blu-ray.
    Este último, só vi uma vez, ontem,em Blu-ray.
    O personagem Bane não tem, nem de longe, a anarquia/terrorismo como modo de se divertir. Bane tenta se mostrar um terrorista e se leva a sério. Isto é que mata o filme. Nolan tentou fazer política explícita e acho que se deu mal. Embolou tudo.
    Mas vou rever.

  3. Ufa, achei que só eu e minha irmã tínhamos saído do cinema com sensação de ter visto o filme mais reacionário do ano.

    Batman, cavaleiro do capitalismo, ficou perfeito hahaha.

    Eu senti inclusive uma releitura às avessas da Revolução Francesa. É como se no final alguém aparecesse pra salvar a Maria Antonieta (que seria a mocinha). Com direito a tomada da Bastilha e tudo mais. Só que na história do Nolan aquele pessoal do terceiro estado, que passava fome e eram presos aleatoriamente em pró de um regime estritamente excludente são os vilões, né?

    Também achei interessante que no filme o grande problema da Lei Dent não é o fato de permitir prisões indiscriminadamente, mas sim que “foi baseada numa mentira, ó!”. Não fossem por esses malucos revolucionários que estragam as coisas boas, prender pessoas indiscriminadamente seria a solução ideal pra uma sociedade melhor. E olha, vamos prender uma mulher na cela masculina, não vai ser problema nenhum pra ela (e, oi, não foi mesmo, affe…)

    E fato, praticamente todas as grandes surpresas davam pra ser antecipadas com razoável antecedência. Fato II, surpresas inúteis…

    E o final… faltou só o Batman dizer “E houve boatos de que eu estava na pior…” ficaria perfeito heheheeh

    Crítica apoiadíssima! Viva o homem-aranha!

  4. Nunca falei nada sobre vc se dedicar a fundo quanto ao histórico do personagem…mas que ao menos procurasse saber o básico…e no seu texto acima fica evidente que não o fez.

    Não vou me dá ao mérito de avaliar suas pretensões ao postar esse texto, mas da forma como vez o fez, é impossível não pensar que foi meramente um apelo desesperado por atenção.

    Rapaz, críticar é coisa que poucos sabem fazer bem e de forma construtiva.
    Agora atacar só por atacar, ou por problemas e cismas pessoais, isso qualquer um pode fazer e é muito fácil.

    Não é por que me desagrado de um filme que foi sair por aí o desmerecendo totalmente (dados os devido contextos) e inventando coisas sobre o próprio.

    Sem mais comentários!
    Adios!

  5. Seus comentários sobre o filme só me lembraram um texto imaturo de uma blogueira que também reclamava do filme…chiou desde a música de fundo do TDKR a até acusar o garoto que canta o hino dos EUA no filme de ser desafinado).

    Mas a música do Zimmer é atroz.

  6. Joab, acho que você não interpretou (ou não quis interpretar) o que eu disse direito. Eu não falei que não pesquisei sobre o filme. Sobre o filme eu pesquisei (seja lá como você acha que meu método deva ser). Agora, se você quer que eu me debruce sobre as origens do Batman lá nas HQs, taí uma coisa que eu não vou fazer. Do meu ponto de vista, eu acho que o que você quer que eu faça é comparar as histórias com o filme, como se eu as conhecesse eu fosse gostar mais. Ora, eu sou fã do livro Ragtime, mas nada me impediu de achar o filme de Milos Forman um exemplar de cinema terrível.

    Eu não quis atenção. Incrível perceber não apenas aqui, mas em textos de outros colegas, o comentário é sempre igual – e não é de hoje. Não sei se quem discorda (e não consegue o fazer de maneira civilizada) e diz isso ficou, na verdade, assustado com o texto.

    Aliás, vale deixar registrado este comentário que deixaram num texto do crítico A. D. Jameson:

    I think you are an stupid, arrogant and pretentious. I completely disagree with almost everything you’ve said, and this is coming from somebody who’s seen at least half of that list of ‘superior’ films. The one thing that pisses me off is how you insult and make fun of the creators of the movie, rather than just criticising it (I have no problem with people expressing their opinions). It is especially insulting seeing how your arguments are full of holes and largely flawed. I truly believe that you have been brainwashed into a ‘classic-movies-are-the-best-I’m-so indie’ mindset, which explains for almost every point you make. I’m sure if Inception was made 100 years ago by Luis Bunuel it would be at the top of your favourite movies list. What I also find funny is that I applied your reasoning for determining a bad film to a number of your recommended films, and found that they had the same so called flaws as Inception. Start thinking smart

    A diferença entre você, Joab, e essa figura do comentário é que ele escreve em inglês.

    E eu não ataquei gratuitamente o filme. Eu…

    Ah, vá. Cansei de falar com as paredes.

  7. Quando é um filme de um tema de que vc goste ou ame tenho certeza de que procuraria saber ainda mais sobre o filme e o tal tema (mesmo já sabendo muito do assunto).
    E, conhecer o básico de um tema nem de longe significa conhecê-lo a fundo ou perder infidáveis horas e horas em pesquisas, porém, seria o prioritário para qualquer crítica séria (Coisa que vc acabou de confidenciar que não o fez).

    Não consigo considerar seu texto uma crítica nem se me pagassem.
    Seu texto tem as principais características de um ataque ‘gratuíto’ e fútil…daqueles tipos que pseudoscríticos fazem por aí só pra posar de “Sou do contra”, “Olhem pra mim”, “Vejam como tenho ‘bom-gosto'” e “mimimim” e tals….e suas respostas nos cometários abaixo só reforçam essa triste impressão
    (Seus comentários sobre o filme só me lembraram um texto imaturo de uma blogueira que também reclamava do filme…chiou desde a música de fundo do TDKR a até acusar o garoto que canta o hino dos EUA no filme de ser desafinado).

    Atacar gratuitamente um filme é o que você fez acima; críticar de verdade é totalmente diferente disso.

    TDKR chamou muita atenção do público, então se já devia estar preparado pra retalhações, meu caro.

    Para ser levado a sério, primeiro trabalhe a sério.

  8. Victor, conhecer ao menos um básicão de um personagem que tem tanto conteúdo já publicado (em mais de 70 anos de existência) seria o mínimo esperado se você deseja apreciar ao máximo filmes dele.

    O filme não é um remédio e os quadrinhos de “mais de 70 anos de existência” não a bula.

    Agora, sinceramente: Se eu tivesse escrito um texto positivo, não importa se eu “conhecesse” o Batman ou não (porque, convenhamos, isso é irrelevante), não haveria esse backlash ridículo.

    http://bigother.com/2010/08/08/seventeen-ways-of-criticizing-inception/
    http://blogs.suntimes.com/scanners/2012/07/good_bad_or_mediocre_theres_st.html#more

  9. Sua réplica ao comentário do Juliano (pra não falar de outras) foi resposta de ignorante (em especial no item 4).

    Victor, conhecer ao menos um básicão de um personagem que tem tanto conteúdo já publicado (em mais de 70 anos de existência) seria o mínimo esperado se você deseja apreciar ao máximo filmes dele.

    Se não deseja fazer isso se arrisca a agir feito um “carinha querendo achar chifre em cabeça de cavalo”.

    E Nolan faz filme ‘mastigado’?…Só na perspectiva de quem acredita mesmo que não tem mais de pensar além do que é mostrado nos filmes dele.

  10. “É por isso que eu prefiro os filmes de Joel Schumacher. ”

    Otimo texto, sempre adorei comedia..

    so pode ser isso mesmo.

  11. meu caro comunistão cinefilo, que critica mais sem pé, nem cabeça, o filme é Filé, é que a ideologia é muito maior que seu conhecimento cinematográfico, recomendo que você vá para a Coreia do Norte, ver os filmes de torturas com os prisioneiros dissidentes, não é baseado em fatos reais, são fatos reais…

  12. Legal cara, sei que se trata da sua opinião. Mas não vejo como concordar com uma virgula do que vc escreveu.

    Em primeiro lugar, acho que vc esqueceu que a película em si é um filme de super-héroi, feito primeiramente pra entreter.

    Em segundo, os comentários sobre o filme “A Origem” foram extremamente infelizes. Queimados em praça pública? Acha mesmo isso? Então é assim, não gosto de um filme, de um livro, de qualquer coisa, vamos queimar em praça pública. Menos né.

    E ai vem a comparação de Nolan com Kubrick, de Uma Odisseia no Espaço com A Origem, juro que quase parei de ler ai, ainda mais da forma com a qual vc colocou essa comparação, afirmando que quem gosta de um despreza o outro. Vc acredita mesmo nisso? Não acha possível alguém gostar dos dois diretores? Tá bom então.

    Tem muitas outras coisas escritas com as quais não concordo, mas vou finalizar com este trecho:
    Em última análise, TDKR é um filme essencialmente vazio, e estou muito longe de que convençam do contrário. É uma história banal de (1) um mordomo com complexo de paternidade; (2) um riquinho hedonista; (3) uma ladra de bom coração; (4) um órfão cansado de esquentar banco; (5) um monstro cheio de filosofismos.

    Você conhece mesmo a história do Batman? Pois o que vc diz ser banal é A história do próprio. (1) Então vc preferiria que o mordomo colocasse veneno na sopinha do jovem patrão pra ficar com a herança? (2) Ao invés do rico hedonista, seria melhor um pobretão sem recursos que ira lutar contra o crime. (3)Uma ladra que na primeira oportunidade mata o personagem principal. (4) Um órfão acomodado que fica chorando. (5) Essa a melhor, acho que vc prefere o Bane do Joel Schumacher, um ogro estabanado e sem cérebro.

    O que vc não entendeu é que o filme é fiel (na medida do possível) a mitologia do herói.

    1. Oi, Juliano.

      (1) É um filme feito para entreter? Qual filme não foi feito para entreter? Todo filme, seja do Béla Tarr ou do Michael Bay tem como primeira prioridade fazer o espectador esquecer a vida real e mergulhar na obra.

      (2) Quando eu digo que TDKR deveria ser queimado em praça pública, por mais atraente que essa ideia possa ser, é CLARO que eu não estou falando sério. Na verdade, eu peguei essa expressão do teórico Slavoj Žižek – mas, quando ele disse isso, ele estava se referindo a A Noviça Rebelde.

      (3) Você deve ter um problema de interpretação de texto severo. Eu não disse que quem gosta de A Origem despreza 2001. Eu disse que quem prefere A Origem a 2001 é bebê. Parece agressivo demais? Que bom, porque era exatamente esse efeito que eu queria passar.

      (4) Eu não preciso saber da história do Batman para criticá-lo. Não preciso ter lido os quadrinhos para analisar o filme – e você sabe por quê? É por que filme não é bula de remédio e não interessa de forma alguma ao que eu escrevi – e mais: Eu não quis falar da história, de qualquer maneira. Ela poderia ter recebido MILHÕES de tratamentos diferentes. E Nolan, me desculpe, escolheu o mais errado deles.

  13. Ah, só uma observação: Já que o público-alvo desse tipo de filme é uma galera mais jovem, meu Batman hipotético teria um tom mais jovial. Não bobo, mas com coisas que realmente toquem nessa galera. Seria parecido com Serenity – A Luta pelo Amanhã, eu acho.

  14. Oi, Marcella!

    Bom, não acho que seja minha função dizer como o filme deveria ser, mas analisá-lo como é. Mas, já que comentou com tanta educação, lá vai:

    Eu provavelmente não faria um filme como Batman, EXATAMENTE por não me interessar nesse tipo de história (não me interprete mal; não é que eu não goste de filmes de super-heróis, mas sim porque, numa hipotética visão autoral). Se fosse pra fazer (digamos, pra ganhar créditos na Warner Bros. para fazer meu filme de 4 horas sobre a classe-média, hehehe), eu seguiria mais ou menos o tom do Tim Burton: Alegórico e histérico, mas não carnavalesca, refletindo os medos e anseios da sociedade naquela Gotham gótica. (Só que no lugar de sombras, inseriria cores. Nada é mais temeroso do que um ambiente dark com cores, como aprendemos dos filmes de Ken Russell e Dario Argento).

    Abraço!

  15. oi, victor! tudo joia? vou te perguntar uma coisa que, por favor, não é para ser interpretada como cutucada, nem ironia, nem nada desse tipo. é uma curiosidade/interesse que me bateu depois de ler seu texto: se você fosse o diretor dessa franquia, como faria o filme? digo, na sua visão, qual seria a interpretação ideal da obra do Batman? isso dentro de todas as limitações que podemos imaginar (pressão da produtora, expectativa mundial do público, etc)?

    eu entendi tudo o que você não gostou, aí queria saber o que vc pensa como alternativa.

    abração!

  16. Vaick, meu velho, não conheço Nolan e nem quero conhecer; tudo que sei é que talvez os próprios preconceitos (ideologicamente, ao menos) podem passar despercebidos até por ele mesmo.

    E é ÓBVIO que isso tudo é, pura e simplesmente NA MINHA OPINIÃO. Eu não posso (sinto muito se isso ofende sua visão de crítica) iniciar cada frase e cada assertiva com “Eu acho…”, “Talvez…”, etc. Eu estudei, pesquisei e refleti bastante antes de escrever cada um dos meus textos – e isso é muito para ficar me prendendo a uma humildade boba e hipócrita. (E é claro que eu não estou tentando impor verdades. A discussão – ao menos sobre cinema, no caso – acontece no exato momento em que meus argumentos são discordados. Meu próximo texto provavelmente será sobre o trabalho de montagem em Ivan, o Terrível, de Sergei Eisenstein. O filme é bom, mas eu critico algumas escolhas do diretor na hora de decupar e montar o filme. Como Ivan é um clássico do cinema, não espero que todos – especialmente acadêmicos, se por ventura lerem o texto – concordem, mas eu espero que ao menos aconteça uma discussão saudável – exatamente o oposto do que rola aqui e agora).

    E não existe isso de “Este filme é pra pensar, esse é pra se divertir”. As duas coisas são as mesmas. Se não fosse verdade, Sr. Vaick, não estaríamos aqui discutindo.

    Abração.

  17. Eu sou da opinião de que um filme nunca é pra ser o que você quer que ele seja, ele é aquilo lá e pronto. Todo mundo é sujeito a não gostar de qualquer filme, isso fica a cargo do indivíduo, mas seu papel como crítico não deveria ser tentar ensinar alguém a fazer cinema (até porque não existe o jeito certo ou errado, existe apenas o jeito que foi feito).

    Você é jovem e escreve bem, só acho que precisa largar um pouco essa atitude arrogante. O papel da crítica é levantar a discussão e movimentar o assunto “cinema”, não é sobrepondo uma opinião taxativa que se consegue isso.

    Abraço.

  18. Você deveria ler um livro chamado Freakonomics. Ai você entenderia o que eu quis dizer. A sua verdade nem sempre é a minha verdade e jamais será a única verdade.

    Se no final do texto você tivesse dito que a sua NA SUA OPINIÃO o Nolan é preconceituoso e o filme é ruim, ai sim eu não falaria nada. Mas do modo que o texto foi escrito você tenta impor que o que você diz está certo e ponto final. Até mesmo seus comentários são tão preconceituosos quanto você diz que o Nolan é.

    Eu não sei se ele é o não preconceituoso, nem me importo, como eu disse eu fui ver o filme para me distrair. Para mim a trilogia do Batman, Os Vingadores, A Origem, Senhor do Anéis, Matrix, Piratas do Caribe, Avatar, Transformers… São filmes que vejo e gosto porque me divertem, só isso, não quero nem saber o que o diretor quis dizer com o filme ou o que ele quis passar, até porque isso não passa de balela, já que é mais do que óbvio que são filmes puramente comerciais. Quem vai assistir filmes assim sabe que está indo para uma montanha-russa e não para uma aula/museu/palestra, se foi com a ideia de ver uma obra de arte cinematográfica já foi errado e isso atrapalha o ato de ver o filme como aquilo para o qual foi feito, entreterimento.

    Se quero ver um filme para pensar eu assisto A Árvore da Vida, Uma Odisseia no Espaço, Donnie Darko, O Labirinto do Fauno…

    Eu nunca disse que desprezava 2001, eu gosto muito, apenas disse que você foi preconceituoso ao afirmar que quem não gosta é um bebê. Eu também não disse que TDKR é um grande filme, disse apenas que serviu para o que eu queria, me divertir, relaxar um pouco, “andar de montanha-russa”.

  19. A aura de intelectualidade que esse texto emana é incrivelmente pretensiosa. Qualquer apreciador de cinema deveria se manter longe de crítcas como esta, onde o autor claramente procura mais se auto-afirmar do que escrever argumentos concisos. Ridicularizar é uma forma mais elegante de mostrar ódio.

    Eu sou viajado, eu sou cult, eu sou do contra. Nunca li a obra do Frank Miller, mas prefiro o Batman cartunesco de antigamente porque eu sou adulto e quadrinhos não são coisas pra adultos. Cinema pra mim tem de ser arte, subjetividade.

    Que TDKR não é uma obra prima todo mundo sabe.

    1. Oi, Vinicius,

      Nunca li a obra do Frank Miller, verdade, mas pra quê?. Não, não prefiro o Batman de antigamente (apesar de gostar da série com o Adam West e Burt Ward, mesmo sem acompanhá-la).

  20. Esses críticos não fazem nada alem de falar mau do trabalho dos outros. Não é a toa que Ja virou moda achar um filme ruim se o critico falasse bem a respeito dele!

  21. Você despreza Uma Odisseia no Espaço e ama A Origem. Você é um bebê.

    Você escreve isso e depois diz que o Nolan é que é preconceituoso?

    Sinceramente, gostei muito do filme, e também gostei de A Origem. Não me importo com o que o diretor quis dizer com o filme, quem se importa? Fui no cinema para relaxar, me distrair, me divertir, esquecer do mundo após um longo dia de trabalho.

    Assistir um filme e depois criticá-lo com base no que o diretor supostamente quis dizer e no que você acha que entendeu é como andar de montanha-russo e criticar o brinquedo com base no que o engenheiro supostamente quis que as pessoas sentissem e no que você acha que sentiu. As pessoas sentem de diferentes maneiras e chamar alguém de bebê só porque esse alguém não sente o mesmo que você é preconceito em sua forma mais pura.

    Só porque eu vomitei na montanha-russa, enquanto os outros riram, choraram ou gritaram, quer dizer que esses outros não entenderam o brinquedo e que a montanha-russa é um lixo e seu engenheiro/projetista é um incompetente?

    1. 1. Sim, escrevo isso e digo que ele é preconceituoso.
      2. Incrível como o senso de interpretação de texto de quem escolhe ESSA parte do texto só pode ser de uma criança de 2a série. Quem gosta de um filme “complexo” como A Origem e despreza um filme complexo de verdade como 2001 só pode ser um bebê. Uma coisa é você ter um filme mentalmente estimulante, como 2001; outra — totalmente diferente — é montar uma farsa (A Origem) e dizer que tem um filme mentalmente estimulante.
      3. Eu não estava numa montanha-russa, eu estava num filme. Mas já que é pra usar essa metáfora, eu não vomitei na montanha-russa, mas o engenheiro elaborou uma parte em que o carrinho entra num ambiente cheio de objetos cortantes e um deles arrancou um pedaço da minha orelha — não gostei.
      4. Quem ama cinema de verdade se importa. Não é o seu caso, obviamente.
      5. Aposto que se fosse um texto positivo, você se importaria.

      Abração!

  22. Cara, é óbvio que vc não entendeu o filme, claro que a filosofia, não só do filme, mas do próprio Nolan não foi feita pra pessoas preconceituosas, de mente fechada, evidemente um filme que foi feito não somente pra entreter , mas também pra se refletir, dificilmente agradará alguém que gosta do cinema de Schumacher.

  23. Bom, eu não duvido que você parou de ler, Pedro. Mas enfim, achei que deixei bem claro, no texto, que A Origem é um filme óbvio, bobo, covarde (sim, tem certa coragem e créditos por ao menos fingir que é inteligente para os espectadores do verão dos EUA). Se alguém gosta de A Origem mas não gosta de 2001, então esse alguém só pode ser uma pessoa bem boba. (E desculpa se eu usei um tom forte demais, mas estou cada vez mais certo – e os comentários abaixo ratificam – de que não vale a pena uma discussão com fãs de Nolan, todos eles são agressivos. Então, realmente, como poder ser razoável se é assim que somos respondidos?).

    Mas, de qualquer modo, obrigado pelo comentário =)

  24. Me deu vontade de parar de ler quando li “Você despreza Uma Odisseia no Espaço e ama A Origem. Você é um bebê”. O que uma coisa tem a ver com a outra? Não força a barra. E o pior, com isso você fez uma dura a crítica a qualquer leitor que tenha gostado de A Origem (que não são poucos, e obviamente me incluo entre eles).

  25. Você só está querendo causar. Escreveu tanta bobagem, que deixou transparecer uma certa criancice, só isso explica sua predileção por Joel Schumacher. Quando quiser falar de preconceito, olhe-se no espelho.

  26. Oi, Nilton!

    Então, blockbusters são filmes como qualquer todos os outros, e estão aí para serem discutidos, preconizados e rejeitados. Acho que, como disse, num filme que anseia tanto em ser algo MAIS que um simples filme de ação, nada mais natural que discorrer e discorrer…

    Abraços!

  27. Meu Deus quanto absurdo…
    Como pode alguém gastar tanto tempo para falar essas coisas?
    Victo? É apenas um filme feito para diversão e nada mais…

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