Quem paga a conta do software livre?

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Outro dia, em uma palestra na Assembléia Legislativa sobre o uso de software livre na administração pública, eu ouvi, pela ducentésima vez, alguém perguntar de onde, afinal, vem o dinheiro para custear o desenvolvimento de tantos programas.

Não fiquei surpreso por ouvir a pergunta. Mas fiquei muito surpreso que as primeiras respostas não dessem conta de alguns fatos importantes. Me senti compelido a pedir o microfone à mesa e colocar, eu mesmo, por terra os temores do meu colega.

Esta é uma das perguntas clássicas que pessoas inocentes ou mal–intencionadas adoram fazer. Eu prefiro acreditar que este rapaz (devia ter mais ou menos a minha idade, logo, vou chamá–lo de rapaz) era do primeiro grupo, embora ele estivesse cercado de pessoas que faziam, evidentemente, parte do segundo.

Uma noção errada que muita gente ainda tem é de que software livre é feito nas horas vagas de profissionais que, depois de voltar pra casa do trabalho, fazer jantar, levar o cachorro passear e colocar os filhos para dormir, ainda encontra tempo para escrever software.

Bom… Não quero desmerecer estes heróis, mas eles não estão sozinhos.

Muita gente escreve software livre das 9 às 6. Alguns, inclusive, usam gravata. Mas que coisa feia… Essas pessoas, sendo pagas por seus empregadores, ficam brincando de fazer software que depois vão dar pros outros?

Não é bem isso. Para responder esta pergunta, eu vou citar alguns exemplos.

O produto que quase servia. Algum tempo atrás, trabalhando na empresa de um amigo, havia um cliente que tinha a necessidade de autenticar os usuários da sua intranet contra um domínio em um servidor Windows NT. É uma necessidade comum.

O cliente, um banco internacional, tinha optado por construir sua intranet com um servidor de aplicações chamado Zope (do qual eu gosto bastante, como evidencia o “powered by” que permeia meu site). Localizamos um componente para o Zope que permitiria fazer exatamente isto (e mais um monte de outros truques que não vêm ao caso agora). Mas havia um problema.

No primeiro teste na rede do banco, o componente não funcionou. Examinando o código–fonte dele, descobrimos que ele não funcionaria por motivos relacionados à arquitetura da própria rede do banco (e que não seria, de forma alguma, modificada). Conversamos e decidimos que o caminho mais fácil seria arrumá–lo. Algumas horas depois, conversando com o “dono” do projeto via IRC (ele vive na Austrália), dois de nós se tornaram colaboradores “oficiais” (nossos nomes estão na página do produto).

Poucos dias depois, não só o problema da autenticação estava resolvido, como o produto tinha tido melhoras muito expressivas em seu desempenho com a implementação de várias otimizações. E nós nem mesmo precisamos desvendar os becos escuros do Windows por onde é feita a autenticação.

Resumindo: Melhorar um produto de terceiros tornou possível entregar, rapidamente, uma solução que atendia as necessidades do cliente. Como um efeito colateral, outras empresas que criam soluções baseadas em Zope têm uma opção melhor para integrar suas aplicações às redes Windows dos seus clientes. Se ninguém tivesse precisado da funcionalidade, ela não teria sido implementada ou permaneceria minimamente funcional, exatamente como a encontramos. A necessidade, e não as forças do mercado, guiam a evolução do software livre.

Os outros exemplos não são em primeira mão, mas ilustram outras formas de se usar software livre.

Tenho caixas para vender. Lá por 2000, a IBM tomou conhecimento de três coisas. Primeiro: ela não tinha uma solução Unix muito boa em termos de preço/performance. Isso estava fazendo com que concorrentes, entre eles a Sun, levassem clientes embora.

Segundo: eles tinham servidores baratos, poderosos, baseados em hardware Intel, que poderiam reverter isso, se, ao menos, a IBM tivesse um sistema operacional Unix–like para colocar neles.

Terceiro: eles dependiam da Microsoft para fornecer o único sistema operacional disponível para toda a linha de servidores Intel. Isto é, eles dependiam da mesma empresa que era parceira no desenvolvimento do OS/2 e que lançou um produto, o Windows 3, para concorrer justamente com o OS/2. Que Deus o tenha.

Nas palavras da IBM (eu uma vez conversei com um VIP responsável pelos esforços de Linux da IBM – ainda estou procurando o cartão dele), em 2000, o Linux não estava bom o bastante para aplicações críticas. Foi quando eles decidiram que, em vez de portar novamente o AIX para Intel (existiu uma versão dele que rodava nos PS/2 mais parrudos), eles investiriam recursos para tornar o Linux “enterprise–ready”.

Trocando em miúdos, a IBM achou que o mercado de sistemas operacionais proprietários para PCs estava morto (a Microsoft consome todos os recursos desse “ecossistema”) e que não valeria a pena investir num AIX/x86 quando, por menos dinheiro, eles poderiam ajudar a deixar o Linux capaz de atender às demandas dos clientes.

Brigas judiciais à parte (a SCO, ex–Caldera, acha que a IBM roubou código e usou “métodos proprietários” dela para colocar no Linux), a IBM fez várias contribuições de código para o kernel e drivers do Linux em áreas importantes como escrita em discos e suporte a multi–processamento com acesso não–uniforme à memória (que tinha sido desenvolvido por uma empresa que a IBM comprou, a Sequent, especializada em computadores com dúzias de processadores).

A IBM também fez e bancou vários estudos sobre como o uso de servidores Intel rodando Linux é economicamente vantajoso em relação ao emprego de máquinas RISC rodando versões proprietárias de Unix (inclusive os pSeries da própria IBM). Debaixo da mesma bandeira, favoreceu o desenvolvimento de versões do Linux para seus mainframes.

Resumindo: ao investir (junto com outras empresas) no desenvolvimento do Linux, a IBM conseguiu várias vitórias importantes. Ela agora tem uma linha de servidores Linux de baixo custo competindo com enormes vantagens com soluções RISC dos seus concorrentes e mesmo com servidores baseados em Windows.

A IBM é o único produtor de mainframes reportando crescimento das vendas no segmento, com empresas consolidando dezenas de servidores menores em um único equipamento. Como um efeito colateral disso, o kernel do Linux deu um salto impressionante de qualidade.

Onde, anos atrás, eu teria que instalar um Windows, eu hoje posso usar um sistema operacional moderno e modular, que usa um kernel firme como uma rocha (minha máquina de desenvolvimento detém o meu recorde doméstico de 61 dias sem um boot – quebrado não por um crash, mas por uma falta de energia), com discos que não perdem dados quando a energia falha (graças ao journal), com excelente suporte a máquinas com mais de um processador (que, infelizmente, não é meu caso) e que não serve como meio de cultura para pragas digitais como o Blaster ou Slammer. E ela ainda encontra tempo para registrar pelo menos umas 30 tentativas de contágio por worms a cada dia.

Uma caixa nova. Na mesma linha de raciocínio, Intel e HP perceberam que lançar o processador Itanium no mercado sem um suporte expressivo de software aplicativo seria suicídio. Em vez de pedir gentilmente à Microsoft (na verdade, eles gastaram bastante dinheiro mandando programadores deles para ficarem dentro da Microsoft ajudando no trabalho) que portasse o Windows para o Itanium (lição de história: a falta de aplicativos e de suporte do Windows foi o último prego no caixão dos processadores MIPS, PowerPC – em PC–likes– e Alpha) e rezar para que ele estivesse pronto ao mesmo tempo em que o processador fosse lançado, a HP decidiu apostar em mais dois cavalos extras.

Um deles, o port do HP/UX (o Unix proprietário da HP) para o Itanium e, em outra, no port do Linux para o processador. Com um processador de 64 bits no mercado há algum tempo, a HP hoje pode vender suas soluções com uma escolha maior de sistemas operacionais em vários mercados que não estariam acessíveis não fosse essa decisão.

Hoje a HP vende os equipamentos HP/UX sobre Itanium aos seus clientes HP/UX tradicionais, vende máquinas Itanium rodando Windows para seus clientes Windows e vende máquinas Itanium rodando Linux para os clientes que preferem Linux. E, claro, vendem máquinas Intel também.

Debaixo do chão. Outro caso bem interessante é o do Metrô de São Paulo. O Metrô já tinha trocado um sistema de e–mail corporativo baseado em mainframe por um construído com software livre quando decidiu economizar dinheiro usando StarOffice (naquela época a Sun não cobrava por ele) em vez do Microsoft Office.

Eles tinham dois problemas: O primeiro deles era que não existia documentação, material didático ou tutoriais em português para o produto. Para resolver isto, o Metrô contratou uma empresa para ajudar na preparação da documentação e dos treinamentos.

O segundo problema era o do idioma: Existia uma versão do StarOffice/OpenOffice em português, mas era o português de Portugal.

A solução, no entanto, não veio do Metrô. Um engenheiro químico de Rondonópolis, Cláudio Ferreira Filho, decidiu coordenar a tradução do OpenOffice, que acabou, inclusive, sendo concluída antes que a Sun conseguisse lançar o StarOffice 6 em português.

No final das contas, mesmo investindo dinheiro para modificar e complementar uma oferta existente, a economia feita em licenças não compradas de Microsoft Office mais do que cobriu os investimentos no produto livre. Pode não ser muito vantajoso se você tem um escritório com cinco pessoas, mas para eles, com mais de 1000 desktops por toda a companhia, a decisão foi acertadíssima.

E o resto, de onde vem tudo isso?. Você pode imaginar que, sem uma estrutura de investimentos pesada, nenhum produto de software tem condições de se desenvolver. Todos os exemplos que eu citei envolvem empresas enormes.

Nós vimos o passo de lesma com que o software tem evoluído nos últimos 30 anos. Janelas, mouse, display bit–mapped e letras pretas em fundo branco foram transformados na GUI moderna que ainda nos serve, no centro de pesquisas de Palo Alto, da Xerox, no meio da década de 70. Hoje eu tenho mais cores e mais botões no mouse. E não muito mais do que isso.

Meu micro desktop continua travando de vez em quando. Em semanas eu devo reformatar a máquina e deixá–la limpa outra vez – com seis meses na minha mão, qualquer Windows precisa ser reinstalado do zero.

O que o software livre tem que o software proprietário não tem e que pode resolver isso? Na verdade é o contrário. O software livre não tem uma coisa.

Duplicação de esforço. Quando uma empresa de software proprietário desenvolve, digamos, um editor de textos, ela guarda segredo sobre tudo o que descobriu no processo. Seja um algoritmo novo, seja uma forma de otimizar código, seja uma modificação feita no sistema operacional para que o programa se inicie mais rápido, ou uma que faça seus concorrentes rodarem mais devagar. Essas coisas são as jóias da coroa de uma empresa de software tradicional. São guardadas a sete chaves.

Quando uma segunda empresa quiser escrever, digamos, um editor de textos, vai ter que redescobrir algoritmos de hifenação, formatação, projetar estruturas de dados que comportem as informações necessárias e vai, com toda possibilidade, repetir vários erros pelos quais a primeira empresa já passou. Eventualmente chegará em uma forma totalmente diferente e secreta de armazenar os textos no disco. E talvez tenha que inventar um jeito de ler os textos que o primeiro programa salvou. Terão que investir tempo em conviver com o inimigo.

O mesmo para a terceira, a quarta e todas as outras. Nenhuma avisará as que a seguem de onde estão os buracos. Algumas nem sairão deles.

O desenvolvimento de software livre é eficiente exatamente por isso. Ele não precisa ser mais eficiente do que os processos internos das empresas de software proprietário, porque o mercado que elas geram, como um todo, é grotescamente ineficiente, um festival de rodas re–inventadas. Eu não repito seus erros. Os outros não precisam repetir os meus. Eu não preciso reinventar a roda – posso escolher uma de várias. Posso precisar pegar essa roda e acrescentar algo a ela. E todos nós teremos um novo tipo de roda. Se eu faço algo estúpido, você vem e me corrige. Eu aprendo. E depois posso ensinar alguém. Todos ganhamos.

Software livre é imune a outros vícios também.

Não há pressão por datas: eu não preciso liberar uma versão do meu capturador de tiras do Dilbert todo ano. A versão atual tem um ano desde sua última modificação e ainda funciona perfeitamente. Enquanto eu não precisar que ela faça nada de diferente, ela fica como está. Não vamos desperdiçar recursos com isso.

Há uma enorme pressão para se fazer as coisas direito: Como todo o código é aberto, se você escrever código porco, alguém vai chamá–lo de porco. Em público. Decisões estruturais costumam ser debatidas e validadas pela comunidade de desenvolvedores e usuários. Em último caso, se alguém acreditar mesmo que aquele não é o caminho certo, pode “fazer um fork”, isto é, pegar o código e tudo o que foi desenvolvido até aquele ponto e começar um novo projeto que seguirá, a partir dali, caminhos independentes do primeiro.

Não há a pressão por recursos desnecessários: Todos os sinos e apitos estão lá porque alguém precisava deles (ou, no mínimo, queria muito e conseguiu convencer bastante gente). Não porque alguém achava que eles iriam ajudar a vender este produto ou, muito pior, fazer com que você precisasse de outro produto.

Mas afinal quem paga?. A resposta é simples e, para muitos, chocante: software livre não é de graça.

Vou repetir: Software livre não é de graça.

Eu pago (em meu tempo, quando faço eu mesmo, em dinheiro, quando alguém faz por mim), quando corrijo um erro na documentação, quando extendo alguma funcionalidade ou quando porto alguma coisa para uma plataforma nova.

Pago em divulgação, quando peço para um aluno usar o Eclipse em vez do Borland J–Builder que ele comprou no camelô da porta da faculdade, ou ainda quando escrevo este artigo. Você paga do mesmo jeito. Ou paga escrevendo um manual, ou preenchendo um bug–report, ou arrumando uma página para que usuários do Konqueror ou Mozilla consigam vê–la. Montes de graduandos de Ciência da Computação pagam, expandindo e criando software livre.

Meus clientes pagam quando me contratam para construir alguma coisa usando software livre. No final das contas, continuamos pagando pelo software.

Isso é importante: Quando você paga, você paga pelo software. Você vira dono dele. Em vez de pagar caro (ou não) apenas pelo direito de usar uma cópia de uma coisa que continua pertencendo a outra pessoa. E ai de você se esquecer que aquilo nunca foi seu.

Pela primeira vez na história, o software é seu, de verdade. Você pode levar pra casa tudo, mas tudo mesmo, o que comprou. [Webinsider]

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Ricardo Bánffy (ricardo@dieblinkenlights.com) é engenheiro, desenvolvedor, palestrante e consultor.

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22 respostas

  1. Olha meu caro. Software Livre não dá dinheiro a ninguém, não fomenta negócio, não paga impostos, não produz fonte de riquezas, enfim, não tem nenhuma utilidade no mundo capitalista em que vivemos.

    Eu acho que esta onda livre apenas usa o esforço de pessoas que não têm ideologias para fazer o trabalho de grandes empresas como IBM.

    O que eu vejo é grandes empresas usando mão de obra gratuita para fazer o trabalho deles, e estão ganhando rios de dinheiro às custas de programadores recém formados que não tem bandeira nem religião, que acabam abraçando uma idéia mentirosa como esta filosofia open-source.

    Resumindo: estão usando força de trabalho de pessoas ignorantes para atingir seus objetivos comerciais. E é uma pena que muita gente cai nessa.

    Se software livre fosse o futuro o Linux não estaria na casa dos 1% dos monopolizadores dos desktops.

  2. Eu adorei este artigo.
    Tudo que você faz com vontade e sem pensar no retorno e faz por prazer, lá na frente vem o resultado.
    Eu compartilho conhecimento com meus colegas no site http://www.comunidadeweb.com.br no qual somos parceiros do webinsider.
    Começou do nada com ajuda dos colegas.
    3 anos depois começou a gerar frutos sem esperar por isso.
    Faz 5 anos que estamos ai e hoje é uma empresa.
    Continuamos compartilhando conhecimento e ganhando em cima do site.
    Acabou virando um negócio.

    Abraços

  3. Parabéns pelo artigo…
    O soft livre é opção, quem quer desenvolver desenvolve e pronto, quem quer usar usa e fim de papo… não sou contra o soft proprietário, tenho quatro computadores dois com Windows e dois com GNU/Linux. Gosto dos dois sistemas, mas realmente eu gosto muito mais do GNU/Linux. 😉 Abraço!!!

  4. Poxa, muito bom este teu artigo Ricardo. Sabes, sempre tenho dificuldade em fazer meus alunos entenderem isso. Sempre pensam: Quem ganha com isso? e esquecem-se que quem ganha são eles mesmos e todos que aceitam a empreitada e que ganham também. Porém é natural -pelo menos para os brasileiros- não verem a diferença, pois copiam enquanto poderiam criar, usam softwares proprietários porque não pagam por ele (ou gastariam R$ 500,00 pelo Windows e R$ 1.500,00 pelo Office PRO), enfim é o jeitinho brasileiro que muitos se orgulham mas felizmente alguns se envergonham. Parafraseando Martin Luther King, Não é o grito dos maus que me assusta, mas o silêncio dos bons.

    Boa empreitada a todos!

  5. Uma solução tão específica como CRM, REP, dentre outras, não devem ser comparadas ao sistema operacional livre. É óbvio que existem soluções CRM livres, mas caso deseje implementá-las, deverá pagar o preço para tal customização. Se não quiser pagar, aprenda a programar e faça você é mesmo, pois você É LIVRE PARA EDITAR O PROGRAMA. Ninguém faz nada de graça, muito menos uma solução CRM completa. Mas que existem ótimas soluções para micro empresas, livres, existem, tanto pra Windows quanto pra Linux. O Compiere é um exemplo de software MRP que administra a Produção, de maneira muito eficaz. O melhor: você compra, e ele é seu. Se quiser assistência, você paga, se quiser customizar, você pode, se quiser paga p/ alguém customizar, você pode. Podemos ainda suar Linux e adotar uma solução privada, como softwares roteirizadores, ou gerenciadores de produção ou de clientes. Ou podemos comprar o Windows e adotar pacotes livres (e excelentes por sinal) como o OpenOffice.org! Enfim, não vejo o porquê de você xingarem quem usa ou desenvolver o código livre. Vocês precisam ler mais, estudar mais, usar mais, pra depois criticar. vocês não conhecem todos os modelos de negocios do mundo, pra afirmar com veemencia se o soft livre é ou nao um modelo valido. O que ja esta mais do que provado que é. Agora, povo, ignorante brasileiro. Paga pelo menos o seu windows, pra depois falar mal de software livre. Hipocritas!

  6. Parabéns pelo artigo. Realmente muito claro e bem colocado. Vou marcar ele e enviar a várias pessoas.

    Para nosso amigo Antonio:
    Se está a procura de um bom software de CRM, talvez o Compiere resolva. Não fiz os testes com ele, mas parece interessante:

    http://www.compiere.com.br/

    Aproveita e pergunta pra eles se estão fazendo dinheiro com Software Livre.

  7. Ricardo,
    Artigo muito bem escrito e preciso. Além das empresas que você já citou, tem a Apple que precisou de um novo browser depois que a Microsoft anunciou que descontinuaria o Internet Explorer para Mac, encontraram no Konqueror uma excelente base de código para construir o Safari que uso no meu notebook. Graças a colaboração da Apple, hoje o Konqueror é um browser que continua leve, rápido, com suporte a java e a flash, e que posso rodar sem dificuldade nos terminais diskless pentium mmx com 16 Mb que tenho na empresa. A fundação Mozilla recebe diretamente do google adsense uma considerável quantia para dar continuidade ao desenvolvimento do seu Browser, quem paga? Os anuncios do Google, ou seja todos nós que utilizamos a Internet e o Google. Os comentários sobre as desvantagens de compartilhar o conhecimento por uma questão de dividendos uso o seu exemplo: boa parte do software desenvolvido sob a bandeira GPL é originada em Universidades européias, americanas e até mesmo nas Universidades Federais Brasileiras por alunos que não pagam NADA pelos seus cursos ou são fortemente subsidiados. Compartilhar seu conhecimento é uma forma de devolver parte do que a sociedade lhes proporcionou.

  8. Parabéns pelas sábias palavras! A comunidade realmente precisa de pessoas como você, conscientes e elegantes ao afirmar todas as verdades acima descritas. Agradeço por mais esta contribuição a todos nós, mentes abertas ou não.

  9. Tá certo Antonio. Vacilei ao criticar o rapaz. Mas o fato de ele soltar o verbo contra as pessoas e não contra a idéia em si, é revoltante. ( desculpas ao Felipe )
    Acredito que a ideologia do Software livre tem eficácia comprovada. Exemplo?! Veja o Santos Dumont – o inventor brasileiro criou um aparelho mais pesado que o ar, voou centenas de metros em plena Paris do sec. XX, frente a várias testemunhas. E ele cobrou alguma coisa?! Contrariando tudo, ele dava o projeto para quem quisesse construir um modelo próprio do Demoiselle! Resumindo, os aviões e ultraleves existem hoje por conta da ideologia livre. Por que não aplicar o mesmo ao software? Como disse o autor, SL não é diletantismo. É sim uma forma de negócio.
    Se o teu programa CRM não existe em versão livre, paciência, ele vai chegar =). E você não vai se arrepender por esperar. 😉

  10. Camarada Tercio, antes de postar um texto com criticas sobre alguem q nao soube escrever, aconselho-te uma revisao para q nao haja erros como os ocorrido no comentario acima!

    Realmente software livre eh coisa de mercenario mesmo, vcs nao amarram o soft, mas amarram solucoes!

    Tem mais, to precisando de um Soft CRM, caso tenha algum completinho e testado, eu aceito de coracao, mas nao pago nada!

  11. Primeiro: Você tem é preguiça mental;
    Segundo: Precia aprender a escrever ou digitar usando a concordância correta;
    Terceiro: Se és um desenvolvedor, Deus me livre dos teus softwares, por que sem pensar e sem escrever direito um programa teu é que não vai prestar.
    E finalmente: software livre é uma forma de negócio. É mais que comprovada o retorno financeiro com a metodologia livre. Você que não entendeu o texto.

  12. Primeiramente voces sao pobres
    Segundo voces nao entendem de negocios
    Terceiro nao se vive sem dinheiro
    ****************************************
    Tao lindo né soft livre, nao pagar!
    Ah tive uma ideia vou implementar no codigo livre
    essa nova ideia e publicar pra toda comunidade pra vir um VAGABUNDO pega minha ideia e vende ela como servico para uma empresa.. gastei muitas horas de sono e quem ganhou foi o fulano e o ciclano sabe o que ganhhei? creditos no final do codigo
    ## feito por felipe
    certo né? sim eu preciso comer, pagar meu onibus a internet .. devia ser livre né onibus intenet energia né? ja pensou tu discobrir a cura da aids coloca ela FREE GPL de gratis ai tu ganha so um tapinha nas costa VALEU voce é demais.. deixa aqui com os laboratorios que agente aganga sdinheiro por voce. Valeu FALOU.
    ##
    Voces nao entendem nada de negocio, Quero ver voce dar sua coisas de graca, alugar um quarto de graca, dar sua ideias de graca. SEU TOLO.
    ##
    TAO lindo softlivre.
    Nao tem data, nao podem ser cobrados , tem que esperar algum maluco ou uma comunidade de malucos
    resolver o problema ou criar uma solucao. Ja que é de graça entao o problema nao tem dono so tem que esperar né alguem MATAR o tempo do trabalho ou deixar de transar com a esposa em casa pra escrever uma solucao para um porcaria LIVRE.
    VOCES sao é liso, querem se escorar , acham ruim pagar, mas pagam impostos a vida inteira, pagam ate pra morrer e pra ser enterrado. .
    #
    #

  13. Parabéns Ricardo pelas linhas…
    acredito que você é quem deveria ter ido dar aquela entrevista para o Jô Soares, afinal os que foram não souberam explicar de forma rascível para leigos o que é software livre e deixaram o Jô tirar onda deles e falar mal do software livre, contribuindo para a doutrina do soft proprietário…

    abraço

  14. o software livre parece uma caridade,mas não é.Se o dersenvolvedor fizer com o o bill gates,ele viverá noite e dia entrando dinheiro por maquinas.O que vale é o que vem no futuro,ou seja,programas pagos,atualizações pagas,comercio,software auxiliares pagos,sites pagos QUER MAIS??????.

  15. Ricardo Bánffy, gostei pra caramba do teu artigo. Uso software livre e adoro a filosofia de desenvolvimento em comunidade, com o intercâmbio de informações diversas. O software evolui milhões de anos em pouco dias – coisa que o software proprietário tem enorme dificuldade em fazer, se é que o faz de fato.
    E a amostra de mercado que foi passada no artigo deixou evidente que a liberdade e emergência do software livre não é utopia; ao contrário, pode ser trabalhada.
    Sendo um graduando em TI, preciso é aprender mais sobre tudo da liberdade em software.
    Ótimo artigo!

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