Quero um site igual ao da concorrência…

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Um novo cliente entra em contato e passa para você várias referências e links dos sites dos maiores concorrentes dele.

Você, como um bom e experiente profissional, logo percebe que são praticamente inúteis. Sites elaborados sem nenhum conhecimento em design, sem noção de interatividade, usabilidade. E o conteúdo, que lástima. Textos mal estruturados, mal revisados.

São sites que não passam nenhuma credibilidade. Colocam uma “máscara feia” em tudo que a empresa pode oferecer de bom, de inovador. Jogam o dinheiro do investidor no lixo.

Mas você prossegue lendo o e–mail do cliente e vê a bomba cair:

“- Gostaria que analisasse os sites de nossos maiores concorrentes, pois gostaríamos de utilizar o que há de melhor neles, e logicamente, inovar…”.

Aí você pensa: “Inovar o quê? Isso tudo tem que ser jogado fora, nada aqui pode ser considerado útil…”

Mas calma, não é bem assim. São importantes as referências desse tipo, pois temos uma ótima arma para defender nossas belas idéias, além de analisar as falhas e os acertos ocorridos. Sempre com ética e respeito ao trabalho de outros profissionais.

Mas como explicar isso para o cliente que teima em seguir pelo mesmo caminho? Quais os argumentos que um bom profissional deve ter para não ser “obrigado” a desenvolver algo desse tipo?

Bom, já percebemos alguma coisa errada. A empresa claramente não obtém retorno pelo investimento. Porque nenhum investimento é feito sem pensar em retorno, seja financeiro ou de outra espécie.

Portanto, este é um ponto importante a ser focado. O cliente precisa perceber que não se trata apenas de um “site”, mas de uma extensão da empresa, aberta 24 horas, todos os dias da semana, feriados inclusive. É a face da empresa exposta o tempo todo para quem quiser ver. Assim ele entende que é preciso passar uma boa imagem.

– Boa imagem? Olha esse site, por exemplo, é nosso maior concorrente: limpo visualmente, mas com muita informação: tem um formulário de contato, importante para a comunicação entre o visitante e a empresa, uma vinheta em Flash quando entra que fortalece a marca da empresa etc.

Você respira e conta até dez. Com muita calma, cita alguns senões e o que tem em mente para que sejam solucionados:

1. Site limpo não quer dizer que seja vazio. Desde que as informações estejam bem dispostas, qualquer interface bem estruturada pode ser considerada limpa;

2. O formulário de contato é apenas mais um meio de obtenção de informação e não pode ser considerado o único. E as informações disponíveis no site – os serviços da empresa, a área de atuação – necessitam estar bem dispostas para que não gerem dúvidas que poderiam ser evitadas. Assim, o formulário de contato não precisa ser um “canal de dúvidas” e sim um meio efetivo de contato.

3. Vinheta em Flash. Ela está realmente fortalecendo a marca da empresa? É realmente funcional ou será que está lá somente aporrinhando a pessoa que está atrás de informação?

Informação é tudo. É como isso que devemos nos preocupar inicialmente. Certa vez Percival Caropreso, da criação da Mccann–Erickson, esteve aqui em Piracicaba. Mesmo sendo designer, concordo plenamente com o que disse: “Se for preciso disponibilizar o número de telefone e endereço de uma empresa, gigantes num outdoor, por exemplo, e com isso ser funcional, não podemos nos apegar ao design, tratemos primeiramente da informação”.

Sábias palavras. Trate com muito carinho as informações do seu cliente. Estude cada caso, pois nenhuma informação é igual, nenhum público é igual, nenhuma empresa é igual. Cada uma precisa ser tratada de forma diferente.

Proponha um site dinâmico e apresente uma maneira simplificada de atualização. Contrate um bom redator para web (ou webwriter). Ele saberá dispor as idéias de forma simples e eficaz.

Mostre para o seu cliente que a informação deve ser bem tratada. A sua experiência de prestador de serviço tem peso e deve ser valorizada. É seu papel oferecer o que há de melhor para ele. [Webinsider]

.

Evandro Temperini é estrategista em inovação, intra/empreendedorismo, advisor/mentor de negócios.

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8 respostas

  1. Oi Anderson, tubo bom? Terceirizar realmente é uma saída. Você se livra de algumas dores de cabeça mas pode contrair outras, dependendo do perfil do seu fornecedor e até do seu, como divergências em suas formas de trabalho, exigências relacionadas a cobrança, emissão de NF, qualidade, planejamento, briefing, manutenção, entre outros.

    Não é a toa que muitas das grandes empresas preferem ter equipes internas alocadas exclusivamente para esse tipo de trabalho e outras, até maiores, terceirizam.

    O que eu penso é que você tem de pesar… se está te valendo a pena, te trazendo mais tranquilidade, rentabilidade e atende às suas expectativas, além das do cliente, porque não?

  2. Na verdade, estou farto de tanto profissional amador cobrando R$ 500,00 ou 600,00 para fazer um site, o mercado de hoje esta muito concorrido para o designer(tudo bem, para o bom profissional sempre tem serviço, mas, infelismente, clientes grandes e bons ja estão em alguma agencia tambem grande e boa, com grandes equipes), tenho 15 anos de experiencia e desde o inicio do ano me voltei a programação, se voce organizar o seu tempo tira isso em um dia bem aproveitado, inclusive, trabalhando para uma agencia grande e boa. O Design? Terecerizei com uma empresa que cobra barato e faz um trabalho sensacional (por incrivel que pareça, ou não) e cobro 10% sobre ele. Sem demora, sem encheção de saco, sem ficar ouvindo o cliente dizer que quer amarelo em vez de azul ou lhe enviar aquele link do template monster de um site cheio de menus em flash fazendo barulhinho. Para mim foi a melhor coisa que fiz nos ultimos anos. Pode falar o que quiser, não volto a colocar a mão no layout tão cedo.

  3. Ah, confesso que já perdi tempo com isso. Hoje, uso meu tempo para pessoas que têm bala na agulha. existem muitos serviços amadores. deixei de me preocupar com pouca coisa e clientes sem bala na arma. Ontem mesmo, peguei um portal profissional em http://www.portopress.com e mudei a cor. O cliente faltou me dar um beijo… na verdade, é A cliente… minha sorte haha. se fosse homem eu tava perdido…

  4. Sr. Mane, obrigado pela crítica. Muito construtiva.
    Prometo melhorar nas próximas, OK?

    Lembrando que o artigo em questão é de Maio de 2004, ou seja, tem mais de 6 anos e que é mais do que comum que as coisas mudem. E com a evolução, a tendência é que as boas práticas acabem sendo absorvidas naturalmente.

    Tá certo que, infelizmente, tem gente que não enxerga isso até hoje… mas esse tipo de contratante/contratado tem 2 fins: continuam insignificantes para o mercado ou vivem-se dependendo uns dos outros, sobrevivendo como dá, as custas do “achismo” e produzindo trabalhos, no máximo, medianos.

  5. Que a verdade seja dita, a própria empresa deveria tratar melhor sua imagem e seu conteúdo, acham que site é como esses panfletos distribídos por aí, mal se dá uma olhadinha e logo vão pra sarjeta…
    Por isso os webdesigners tem a nobre (e fodástica) função de valorizar ( em linguagem corporativa -agregar valores- BLÉGH! a)o que os próprios donos parecem não enxergar.

  6. Para quem leu isso e quiser um site pode ligar 9161-1179 ou 2202-8995…
    Sites baratos e ao seu gosto.

    (rapidez na entrega)

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