Livro: Gestão de conteúdo
Autor: Eduardo Lapa
Editora: Brasport
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Vicente Tardin

Ao seguir um caminho já trilhado por organizações de comunicação, que têm no conteúdo seu maior valor, as empresas enfrentam problemas para lidar com a quantidade de informações que publicam em seus sites e intranets.

Processos manuais aliados a fluxos de trabalho poucos definidos representam ineficiência e custos altos.

As empresas hoje necessitam ter seus sites atualizados com freqüência porque utilizam os recursos da internet para obtenção de vantagem competitiva e para seus trabalhos mais operacionais.

A descentralização pode ser a resolução para a necessidade de funcionários sem conhecimentos técnicos publicarem conteúdo. Neste momento, a área de tecnologia deixa de ser responsável por publicar o conteúdo referente ao negócio da empresa e este trabalho passa para as mãos de quem detém a informação.

Esta passagem é crítica para as empresas, para dizer o mínimo. Além de publicar, é preciso transformar informação em conhecimento.

O livro de Eduardo Lapa foi produzido justamente para as pessoas que compreendem e são encarregadas de desatar este nó. Conversamos com ele.

– Por que você sentiu a necessidade de escrever esse livro?

– Estudamos gestão do conhecimento há alguns anos e sentimos nas organizações uma dificuldade muito grande de organizar, capturar, categorizar e disseminar conteúdo relevante para a empresa. Somado à isso, verificamos que existem poucas bibliografias que tratam a gestão de conteúdo como tema central. Então, veio a necessidade de criar uma obra brasileira sobre esse tema.

– Em que estágio você avalia estão as empresas brasileiras (pequenas, médias e grandes) em relação a sistemas de gestão de conteúdo?

– Atualmente consigo enxergar claramente três níveis de maturidade com relação à gerenciamento de conteúdo. Se pudéssemos encarar isso como gerações, existe a primeira geração de gerenciamento de conteúdo, onde os departamentos criam websites e as pessoas dependem da área de tecnologia de informação para publicação. Geralmente existem links e documentos pendurados em páginas web.

Numa segunda geração, já existe uma centralização e tentativa de organização de conteúdo, com mecanismos mais fáceis de publicação de informações.

A terceira geração já está mais próxima da solução de portais corporativos, onde já existem facilidades imensas de publicação de conteúdo, já existem mecanismos de personalização e distribuição seletiva de informações e principalmente suporte a comunidades de prática.

– O livro fala em gestão do conhecimento. Você diria que os sistemas de gestão de conteúdo são ferramentas que se encaminham para a GC?

– Podemos enxergar a gestão de conteúdo como um alicerce para a gestão do conhecimento. Se pensarmos na abordagem que o livro segue, a gestão do conhecimento deve se preocupar com conteúdo, contexto e narrativa. Este livro trata uma das vertentes da gestão do conhecimento, que é a questão de gerenciar conteúdo e suas variantes.

– Quem é o leitor que se beneficia deste livro?

– Não é um livro técnico, o que possibilita sua leitura para gestores departamentais, profissionais de marketing, profissionais de GC e inteligência competitiva. Todavia, mesmo sem ser um livro técnico, existe um capítulo dedicado à tecnologia de informação, o que traz consigo todo o aparato necessário para a boa escolha de um sistema de gestão de conteúdo. Para os profissionais da internet, considero leitura obrigatória. [Webinsider]

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