Laboratório Intel-Unicamp visa soluções móveis

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A parceria entre o Instituto de Computação da Unicamp (IC) e a Intel possibilitou a implantação do laboratório WCN (Wireless Competence Network), onde hoje são desenvolvidos projetos de alta tecnologia com o objetivo de acelerar a adoção de soluções móveis no Brasil.

As linhas de pesquisa e desenvolvimento com projetos em andamento no laboratório são redes de acesso wireless (sem fio), otimização de códigos e aplicações de segurança.

O Instituto de Computação da Unicamp possui mais quatro laboratórios em parceria com as empresas Microsoft, IBM, C&T e Itautec e também desenvolve projetos em parceria com outras empresas como CNpQ, Palm e Compera. Já a Intel possui mais quatro laboratórios WCN em parceria com as seguintes universidades e centros de pesquisa: CESAR, USP, UNESP e UFMG.

O WCN na Unicamp trabalha com duas vertentes, a educacional e a que visa o desenvolvimento de novos negócios. Neste caso a Intel procura por empresas que tenham interesse em desenvolver soluções e produtos otimizados para a sua arquitetura, como a Délirus Entertainment, empresa de Campinas–SP, desenvolvedora de produtos e tecnologia em games, que através da utilização da infra–estrutura do laboratório desenvolveu uma ferramenta denominada game engine.

Apesar de poder ser utilizada em qualquer plataforma, a ferramenta terá suas funções potencializadas para smartphones, PCs e PDAs que tenham a tecnologia Intel. Esta game engine possibilitará a convergência destas plataformas através da rede sem fio.

O usuário poderá escolher se joga no celular, no PC, no console ou em todas as plataformas. “Ou seja, a convergência entre diferentes dispositivos possibilitará maior flexibilidade e conforto para o jogador, que, por exemplo, poderá começar o jogo no PC enquanto estiver em casa e continuar a pontuar e enfrentar missões enquanto vai para o trabalho, jogando no táxi a partir de seu celular”, afirma André Penha, diretor executivo da Délirus.

Outra possibilidade é a criação de fases específicas do mesmo jogo para as diferentes plataformas. A game engine ainda será responsável pela produção dos gráficos, efeitos de luz, movimentação e ambientação 3D do jogo eletrônico.

A ferramenta é considerada fundamental para a produção em alta escala de jogos, pois além do aspecto de inovação tecnológica, permitirá a redução no custo de produção dos games que serão adaptados para cada plataforma através da game engine.

Um dos objetivos do laboratório WCN, de acordo com Ricardo Dahab, livre–docente do IC e coordenador do laboratório de mobilidade da Intel na Unicamp, é dar suporte ao ensino e a pesquisa no IC nas áreas de interfaces, aplicações móveis e infra–estrutura de rede sem fio.

O IC ainda não possui disciplinas voltadas especificamente para essas áreas, mas devido às pesquisas desenvolvidas no laboratório e visando criar profissionais aptos a trabalhar com as mais novas tecnologias, os professores têm a intenção de incluir algumas matérias no currículo escolar. “Muitas vezes, conhecendo os laboratórios e as ferramentas ali disponibilizadas os alunos despertam para pesquisas”, afirma Dahab.

Além da infra–estrutura e da vantagem da criação de mão de obra qualificada, a parceria da Intel com a Unicamp possibilita que pequenas empresas locais também utilizem os laboratórios na universidade e tenham total acesso à tecnologia de ponta desenvolvida pela empresa, tudo sem custo e antes mesmo dos produtos estarem no mercado.

Outras iniciativas são os projetos desenvolvidos neste laboratório que são financiados por entidades de fomento à pesquisa, como a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), que co–patrocina a produção da game engine. Mas mesmo nestes casos, a Intel colabora com financiamentos, recursos humanos, equipamentos, informação e infra–estrutura. “E ainda, uma vez por ano um especialista da Intel promove três dias de treinamento para que as pessoas que trabalham no local aprendam a utilizar as ferramentas ali disponibilizadas de forma mais adequada”, afirma Rafael Nanya, responsável pelo desenvolvimento de aplicações móveis da Délirus.

Muitas vezes a universidade apresenta desenvolvedores para a Intel que tenham o objetivo de acelerar o desenvolvimento de tecnologias, mas a própria empresa pode disponibilizar funcionários para o laboratório. “Com a excelência das instituições envolvidas nos projetos no laboratório, teremos uma pesquisa acadêmica em mobilidade ligada às necessidades do mercado, o que vai gerar retorno para o país e para os desenvolvedores locais”, afirma Américo Tomé, gerente do laboratório da Intel WCN. As tecnologias desenvolvidas no laboratório são baseadas em padrões internacionais, aumentando as chances de crescimento das empresas e as possibilidades de inovação.

A Intel também conta com a consultoria dada pelos professores especializados do instituto para testes de utilização e avaliação dos protótipos e ferramentas da empresa. A propriedade intelectual dos projetos é negociada com cada convênio, apesar da preferência da universidade por compartilhar o conhecimento. [Webinsider]

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Alessandra de Falco (alessandrafalco@ufsj.edu.br) é professora de Jornalismo Online e Planejamento Visual Gráfico na Universidade Federal de São João del-Rei-UFSJ. Tem experiência profissional nas áreas de Jornalismo Científico e Tecnológico e Comunicação Organizacional. Faz parte da Rede de Pesquisa Jornalismo e Tecnologia (JorTec).

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