O Google não encontra meu site em Flash

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Tempos atrás, a maior preocupação ao desenvolver um site em Flash era que pouca gente tinha o plug–in instalado. Você fazia o site, colocava no ar, mas o amigo do amigo do seu cliente não conseguia ver. O cliente vinha te cobrar, pois você prometeu fazer um site acessível para todo mundo.

Hoje em dia, segundo a NPD Research, 98,3% dos usuários têm Flash instalado (veja artigo “Verdades e mentiras sobre o Flash”, ao lado), mas a situação não mudou muito. Você faz o site, coloca no ar, mas o amigo do amigo do seu cliente não consegue encontrá–lo no Google. Lá vem reclamação.

Se o Google se dá muito bem com HTML, inclusive quando se usa frames e pop–ups, será mesmo que ele não faz buscas sites em Flash?

Na realidade ele faz, porém ele só encontra textos em arquivos SWF exportados até a versão 5 ou arquivos da versão 6 em diante com a opção de compressão desmarcada. Na prática, basta você abrir um arquivo SWF no Notepad. O que você conseguir ler ali será o que os robôs do Google também conseguirão indexar.

Isso significa que a partir de agora teremos que fazer sites usando o SWF em versões antigas ou sem compressão?

Mesmo em versões antigas, o Google pode ter dificuldades para indexar sites em Flash.
Vamos partir do ponto que não podemos limitar a tecnologia de um site simplesmente porque um sistema de busca não pode encontrá–lo. Os sites de busca é que precisarão se adaptar futuramente. Porém podemos criar alternativas para que o Google e outros sites de busca façam a indexação da melhor maneira possível.

Fiz uma pesquisa detalhada nas dicas que o Google dá para nós, desenvolvedores. Vale a pena dar uma olhada lá antes de fazer qualquer outro site. Os links estão no final deste artigo.

Com base nesta pesquisa, desenvolvi algumas soluções para a incompatibilidade do Google com o Flash. Veja a seguir:

O site em Flash nem aparece nos resultados da busca. O Google demora alguns dias para indexar seu site. Se você o colocou no ar hoje, tente fazer a busca na semana que vem. Criar meta tags eficientes pode ser um bom começo. Selecione cuidadosamente palavras–chave que tenham a ver com o site. Use a ética e o bom senso, ou seja, não coloque a palavra “sexo” se seu site fala de gastronomia.

O Google não encontra o texto que está dentro do Flash. Em raras ocasiões ele pode encontrar, porém ele não faz leitura de SWF comprimido. Para burlar o problema, o próprio Flash, ao publicar em HTML, cria tags invisíveis (hidden tags ou comments). Mas o Google foi treinado para ignorá–las. A melhor solução é criar uma DIV invisível com tags H1, H2, H3. Esta DIV deve possuir um texto muito resumido do conteúdo do site. Na prática isso só funciona com sites pequenos e sem muita informação.

conteúdo aqui

O site em Flash tem page rank muito baixo. Diz a lenda que o Google utiliza as tags H1 para dar alguns PageRanks (pontos) a mais para cada site. Você pode usar as tags invisíveis H1 para os itens principais, as H2 para secundários e assim por diante.

O Google não encontra nenhuma página interna do site. Sites com apenas a abertura em Flash podem fazer com que o Google não consiga acessar as páginas internas. Este problema pode ser resolvido facilmente criando um link em HTML para uma página interna com o nome de “pular abertura”.

O Google não entende menus em Flash. O Google faz a indexação de sites pulando de link em link, portanto ele não consegue identificar links dentro de SWF. Para resolver o problema é necessário criar um caminho para os robôs do Google navegarem.

Se você tem um site híbrido, no qual apenas os menus são em Flash e o conteúdo em HTML, basta inserir um menu em HTML minúsculo e discreto no rodapé de todas as páginas. Seria útil ter também um mapa do site em HTML para facilitar ainda mais as buscas. Tente usar o Google Sitemaps (beta).

De quebra, você vai acabar criando uma alternativa de navegação para os 2% de usuários que não tem o plugin do Flash instalados no computador. Também facilitará o acesso por outras plataformas como celulares e PDAs e a vida de quem não tem paciência ou conexão suficientes para esperar o Flash carregar.

Se você for um desenvolvedor avançado, existem ainda alternativas complexas como usar um javascript no HTML para controlar o Flash. Assim ao clicar em um link do Google para o seu site, o javascript levaria até o frame de interesse do visitante. Mas talvez isso complique muito mais as coisas.

Uma coisa interessante: você pode usar a incapacidade de leitura do SWF comprimido para esconder endereços de e–mail em um Flash e impedir que programinhas que caçam e–mails na internet enviem spam para você. Veja um exemplo. Este site utiliza todas as soluções apresentadas acima com sucesso. Ele está entre os primeiros do Google quando se faz uma busca por “tradução juramentada” ou “tradução livre”, os principais serviços da empresa.

Links úteis

Google Suporte

Google Webmasters


Google Sitemaps

[Webinsider]


Eduardo Suarez é desenvolvedor e tem este site.

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7 respostas

  1. Parabéns pelo comentário. Muito instrutivo e esclarecedor.
    É um grande problema (espero por enquanto) o não reconhecimento ideal dos sites em Flash pelos SearthSites.
    Vamos pressionar!!!

    Um abraço.

  2. O Google consegue sim ler arquivos em Flash. Basta fazer uma busca por filetype:swf que você verá resultados que começam com [FLASH] (Formato do arquivo: Shockwave Flash).

    Esses resultados mostram textos e actionscripts (como getUrl ou loadMovie) que estão dentro de arquivos SWF e que foram lidos e indexados pelo Google.

    Veja o Google em ação mostrando os SWFs que ele indexou do seu site:
    http://www.google.com.br/search?q=site%3Aangracostaverde.com.br+filetype%3Aswf&btnG=Pesquisar&hl=pt-BR&rls=GGGL%2CGGGL%3A2006-34%2CGGGL%3Apt-BR

    Agora ele encontrando uma palavra que só está num SWF (sem usar o filetype!):
    http://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&rls=GGGL%2CGGGL%3A2006-34%2CGGGL%3Apt-BR&q=site%3Aangracostaverde.com.br+%22sabi%C3%A1s%22&btnG=Pesquisar&meta=

    Fique esperto!

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