Semântica e relações agradam spiders de buscadores

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Quando você faz um site, sua intenção é que ele possa atrair o tipo de público para o qual ele foi idealizado. O que se espera de um site é que ele esteja tão conectado quanto possível na web com o público “nicho” de pessoas para o qual a informação que você fornece importa.A menos que você tenha alguns bilhões debaixo do colchão para gastar com publicidade na TV no horário nobre, mais rádio, outdoors e outras campanhas, o melhor a fazer é se esforçar para relacionar o seu site à informação que ele oferece.

Desenvolvimento para web significa também não ficar invisível na rede. E a base do desenvolvimento é um código fonte limpo e semântico. Vamos repassar algumas dessas informações.

Primeiro: desenvolver dentro dos padrões conhecidos como web standards é a melhor descrição de dados que existe. Lembre?se que quem manipula, armazena, relaciona, indexa e cria rankings na internet, não bebe água e nem dorme. São máquinas que fazem isso. Pessoas não interferem no que elas fazem. E o que eles lêem antes de mais nada é o “código” fonte do seu site. O que você vê no browser é metade do que um mecanismo de busca enxerga. E é dessa outra metade que eu estou falando aqui.

Spiders ou robôs de busca

Estas máquinas são conhecidas como “spiders” ou “robôs de busca”. Web em inglês é “teia” e estes robôs são chamados de “spiders” (aranhas) porque são eles que andam sobre a teia. E nenhuma outra tag do HTML poderia representar melhor esta “teia” do que o hyperlink. São os links que representam a porta de entrada para o seu site e permitem que os buscadores entrem lá para “ler” o conteúdo do seu site. Eles pulam de link em link, relacionando a informação da sua página de acordo com o algoritmo que obedecem. Ou seja, eles seguem regras como juízes perfeitos, que nunca erram em suas avaliações. Não adianta pedir para que sejam bons com você. Você vai ter que aprender o que eles “gostam” para então obter bons resultados na rede.

Dentro do ambiente criado com um código limpo e semântico, é preciso aprender a descrever a informação de forma eficiente e sincera. Falo sobre sinceridade aqui da forma mais pragmática possível e não moral. Não adianta relacionar falsas informações no seu site se ele é irrelevante dentro daquilo que se propõe a ser. Quanto mais você descrever e relacionar o conteúdo no seu site melhor. Esta “descrição de dados” (parte dela, é claro) é a combinação de title, urls, palavras chave e relevantes encontradas no texto, links internos, taxonomia, folksonomia e links, muitos links, mas sempre relevantes.

No seu site sobre bolinhos, não adianta fazer referências ao blog da sua mãe se ela nem sabe ligar o fogão. Explicando melhor: se lá no blog dela os spiders não encontrarem nenhuma referência a “bolinhos”, a relevância de seu site e do blog da sua mãe como “cozinheira” não será aumentada. Utilizar hyperlinks relevantes, relacionados ao assunto em questão, utilizar atributos de forma correta, com um tempero regado com pequenas pitadas de microformats aqui e ali no seu código é a receita ideal para não gastar dinheiro com adWords do Google.

SEO na prática

Acompanhe comigo um exemplo prático do meu site. O assunto microformatos começou a ser falado há um ano no mundo. Desde então existem algumas referências obrigatórias sobre o assunto. Há o site Microformats.org, que é o índice da bíblia sobre o assunto, há também o Wikipedia Microformats, o site do Tantek Çelik, um dos criadores do assunto, e alguns documentos da W3C que são obrigatórios. No site Microformats também existem links para todos estes documentos.

Quando a palavra “microformats” foi “indexada” pelo Google (antes ela nem existia), ele relacionou todos os documentos linkados nestes sites principais com a palavra microformats, mais termos, títulos e mais links. Sempre que fizer uma busca pela palavra “microformats” o Google vai retornar dezenas de documentos relacionados ao assunto. Ou seja, para o Google, algo muito relevante é aquilo que está relacionado a um conjunto de links encontrados lá dentro do site Microformats, que correspondem por sua vez a outros documentos muito relevantes relacionados ao assunto. Quanto mais links relevantes entre documentos apontados um para o outro melhor.

Quando eu escrevi meu artigo de introdução aos Microformats no Revolução Etc, eu coloquei nele hyperlinks para todas estas referências “clássicas” sobre o assunto, que se encontram em todos os sites citados acima. E coloquei mais uma combinação de temperos importantes.

Estes temperos são o que existe de melhor e mais eficiente em codificação de XHTML. Você se lembra quando eu falei do que os spiders gostam? Veja a receita: inclua na tag title, no h1, na url amigável, nos links com atributo title, mais uma categoria no meu site que possui as palavras do título ou do assunto em questão. Misture tudo dentro de um código semântico e bem estruturado, e está pronto. Esta combinação não falha: meu site já esteve na quarta posição no mundo inteiro sobre “microformats” na busca pelo Google em inglês. E em primeiro lugar na busca em português. Estas posições são variáveis. De qualquer forma, não foi preciso pagar ao Google para isso. Ele classificou meu site como “muito relevante” sobre o assunto.

Nos Estados Unidos e na Europa as empresas pagam alguns milhares de dólares e euros pela otimização de mecanismos de busca (SEO – Search Engine Optimization). No Brasil esta prática ainda parece um pouco travada pelo ego de grandes empresas e agências que fazem sites bonitinhos e mal desenvolvidos.

É preciso mudar a ideia relacionada à tecnologia no Brasil, de “saber fazer” para “saber fazer com muita qualidade”. Porque o seu site sobre qualquer coisa não vai concorrer somente com os sites brasileiros, vai concorrer com o mundo. [Webinsider]

Henrique C. Pereira é UX/UI na Zup, ficou zen, sumiu da internet e fotografa a vida passando nas horas vagas.

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3 respostas

  1. Sites bonitinhos e mal desenvolvidos.
    Este é o ponto chave no seu artigo Henrique, as grandes agências ainda caminham por uma estrada perigosa de Layout acima de tudo, flashs incontáveis, esquecendo-se da arquitetura da informação bem costruída, ou seja bens à curto prazo, impacto da beleza e não da consistência e qualidade.

    Um grande abraço.

    F.F.

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