Business Intelligence: quem é o verdadeiro gestor?

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A inteligência de negócio através do gerenciamento da informação ainda não é algo tão usual nas operações das empresas. Os modelos de gestão ainda não estão consolidados para que a empresa possa ampliar a eficiência e extrair o máximo de conclusões úteis para o negócio através da análise das informações.

As empresas são organizadas internamente levando em consideração seus processos, culturas de gestão e necessidades do setor em que competem. No entanto, é comum que cada área seja responsável pela geração, consolidação e análise das informações que são relativas e exclusivas da sua atividade.

Uma empresa com estas características normalmente é incapaz de utilizar da melhor forma as informações internas para aumentar sua competitividade no setor (seja pelo aperfeiçoamento de processos internos, ou pela melhor compreensão do ambiente externo).

Neste cenário, surge a pergunta: quem deve ser o verdadeiro responsável pela gerência e análise das informações?

Em razão do uso da tecnologia estar diretamente ligado ao business intelligence, em muitos casos é comum eleger a área de TI como a responsável. Ou então indicar áreas com maior ?visão empresarial?, como administração, marketing, controladoria, entre outras, para exercer tal atividade.

Ambas estratégias descritas anteriormente possuem grandes chances de fracassar.

Que áreas escolher?

A área de TI pode possuir as melhores qualificações técnicas para gestão da informação, contudo pode não possuir uma visão abrangente do negócio e das atividades de cada área da empresa. Por outro lado, qualquer outra área, além de geralmente não possuir qualificações técnicas para o uso avançado dos sistemas de tecnologia da informação e ferramentas de tratamento de dados, também pode apresentar uma visão restrita das operações empresariais.

Portanto, a decisão sobre quem deve ser o gestor interno das atividades de business intelligence deve seguir os mesmos pressupostos que levam as empresas a realizar outsourcing: especialização e qualificação.

Independente da nomenclatura da área, ou mesmo da criação de uma área exclusiva para exercer esta função, é essencial que os recursos humanos que a compõe possuam tanto a qualificação técnica para operar e gerenciar as informações (banco de dados, ERP, CRM, etc.), quanto noções teóricas de todas vertentes administrativas (recursos humanos, marketing, logística, financeiro, etc.) e inteligência competitiva.

Deste modo, quando os conhecimentos técnicos e teóricos descritos acima estão apoiados nos processos e necessidades particulares de cada área da empresa, além de inserida na dinâmica competitiva do setor (fornecedores, clientes, concorrência, entre outros); o gerenciamento das informações irá dar suporte às decisões estratégicas, táticas e operacionais de forma precisa e útil. [Webinsider]

<strong>Leonardo Costa di Clemente</strong> (leonardocdc@terra.com.br) é analista de marketing estratégico da <strong><a href="http://www.impsat.com.br" rel="externo">Impsat</a></strong>

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10 respostas

  1. Parabéns Leonardo, o artigo é ótimo.

    Já implementei diversas soluções de BI por uma empresa de consultoria chamada Lissan do Brasil. No meu ponto de vista o que faz um BI ser realmente importante para o negocio e o BI ser desenhado e construído de forma correta onde possua ótimas métricas que possam ser utilizadas pelas áreas de negócios de forma efetiva.

    Trabalhei em um projeto BI para uma grande empresa aérea que aumentou seus resultados de campanhas em 48% com base nas campanhas realizadas antes do BI implementado, sendo que o escopo foi bem definido, estruturado e bem implementado obtendo ótimos resultados.

    Para quem tem interesse em conhecer a empresa segue o site:

    http://www.lissan.com.br ? Lissan do Brasil – Consultoria :: Desenvolvimento de Software :: Outsourcing :: Cursos :: Hardware :: Impressões Especializadas

    Atualmente trabalho na Accenture do Brasil também com implementações de BI.

    Filipe Ferreira

  2. Parabéns Leonardo, pelo artigo.

    O mercado cada vez mais requer um profissional híbrido, que mescle tecnologia com visão de negócio para trabalhar estratégicamente as informações e fornecer tomadas de decisão acertadas aos gestores desse mercado tão competitivo e esse artigo fomenta mais ainda essa necessidade desse recurso humano. Que abra-se as portas para os Administradores Habilitados em Sistemas de Informações !

  3. Leonardo, parabéns pelo artigo. Sou estudante de Ciência da Informação na PUC Minas e aqui é o único curso superior no Estado que trata desse e outros temas inerentes à gestão da informação. Realmente há um grande caminho a ser percorrido até que se consolide uma profissão que venha ao encontro dessa demanda cada vez mais crescente.
    Todavia, é preciso somarmos esforços, trocarmos experiências, na perspectiva de desenvolvermos uma área profissional nova, arrojada, proativa e que possibilite soluções para questões como as que você levantou.

    Um abraço,

    Carlos Ligeiro – BH – Minas Gerais

  4. Caro Leonardo,
    Parabéns pelo artigo, a equipe gestora do BI deve realmente possuir todas essas qualifições.
    Devido a essas qualificações é realmente difícil encontrar profissionais adequados.
    Quanto ao comentário do colega Fernando DAquino, creio que quando falamos em conhecimento em todas as área da empresa, estamos falando de experiência e vivência além de conhecimento técnico.
    Quem tem algum tempo de mercado sabe que cada organização possui características únicas que nenhum curso de graduação do mundo é capaz de ensinar.
    Fica a dica… se for fácil demais encontrar alguém para gerenciar todas as informações da empresa, desconfie… você pode estar sendo enganado…
    Um abraço,
    e até a próxima.

    Bruce.

  5. Realmente o Gestor de informação tem que ser uma pessoa que conhece um pouco de cada area. E geralmente que assume essa caracteristica são os Analistas e gerentes de TI, afinal a informatica e tecnologia esta presente em todos os setores, sendo assim qualificam os bons profissionais de TI para serem gestores de informação.

  6. A PUC Minas foi pioneira a desenvolver o curso de graduação em Ciência da Informação.
    Graduei nele, muito bom, atende exatamente as demandas citadas no texto.

  7. Acho que encontrar um bom profissional na área de gestão da informação não é uma missão tão difícil. Fica como dica a Universidade Federal do Paraná, lá pode-se encontrar muitas pessoas qualificadas para lidar com informações, já que possui um curso de graduação apenas para isso!

  8. Leonardo, primeiramente parabéns pelo excelente artigo.

    Trabalhei na implementação de uma solução de BI e tivemos em determinadas etapas, a dúvida sobre quem seria o gestor da informação contida no sistema.

    Encontrar profissionais que reúnam uma variedade de conhecimentos que os permita interagir como gestor da informação não é tarefa fácil e outros fatores influenciam essa decisão, entre eles a confidencialidade de certos dados expostos no BI.

    A dificuldade de encontrar profissionais que pudessem corresponder a espectativa dos gestores da empresa levou-nos a definir não somente um gestor, mas vários, dentro da visão que cada um administraria sua porção do BI… resumindo, cada um administraria seu Data-Mart; reportariam a um Sponsor e esses por sua vez atuavam como consolidadores da informação definindo visualizações, análises, comparações, formatações de relatórios e exposição para a alta administração.

    Até que ponto essa estrutura poderia ser considerada funcional do seu ponto de vista?

    No longo prazo, você visualiza problemas?

    Obrigado!

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