Sobre o excesso de trabalho nas agências de internet

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Raciocine comigo neste cenário:

Uma agência vende um projeto por R$ 100 mil de 1000 horas de trabalho, sendo que ela vende a hora de cada recurso por R$ 100. Durante o andar do projeto, as pessoas começam a trabalhar à noite pra entregá-lo e continuam nos finais de semana, totalizando, no final, cerca de 1200 horas. Projetos similares se repetem de forma constante ao longo do ano.

Afinal, quem ganha e quem perde com estas 200 horas de trabalho extra? Durante muito tempo eu refleti sobre este problema e cheguei a algumas conclusões, algumas muito polêmicas por sinal.

a) A agência paga hora extra

Se a sua agência paga hora extra, considere-se um privilegiado, pois eu nunca ouvi falar de uma que pagasse. É coisa mais normal do mundo esta violação da CLT nas agências. Nesta situação quem perde é a agência, pois gasta mais do que o planejado e tem prejuízo com o projeto. Um pouco de organização na gestão do projeto ajudaria muito em casos como este. Mas como pagar hora extra é algo muito raro, isso me leva a crer que elas nunca levam prejuízo por este motivo.

b) A agência possui banco de horas

Se a sua agência possui banco de horas, considere-se privilegiado em parte, pois é melhor do que não ter hora extra. É importante que você também tenha a chance de usar o banco de horas. Não adianta acumular 10 mil horas de trabalho se você não pode gastar. Mas mesmo assim quem perde é o recurso. Sabe por que? Simples, se a agência pagasse horas extras, ela teria que pagar o dobro das horas acumuladas, ou seja, para cada 1 hora trabalhada extra, teria que pagar 2 horas a mais. Com isso, ela normalmente paga as horas perdidas igualmente, mas lucra 1 hora comparando com a CLT, entende?

Além disso, as horas extras que você trabalhou roubaram o emprego de uma pessoa desempregada que está no mercado e poderia estar na agência te ajudando a terminar o trabalho (poderia ser você, se estivesse desempregado).

Um outro fator importante é que o horário de trabalho noturno normalmente é o tempo que você gastaria fazendo cursos ou cuidando da sua família e colheria frutos no longo prazo. É um tempo muito mais precioso e acabará sendo comprado por um valor muito baixo e só você tem a perder. Existem empresas que têm a cara-de-pau de pagar pizza e táxi para o indivíduo ir embora. Se já não bastasse ela matar o cara de trabalho, ainda mata de obesidade. Pense: quatro horas do seu trabalho valem “apenas” uma pizza e mais um táxi?

Estou excluindo aquelas pessoas fazem do trabalho a própria razão de viver ou que ganham salário muito acima da média do mercado. Imagino que sejam a exceção.

c) A agência não paga horas extras e nem possui banco de horas

Esta situação é a mais comum e todo mundo “ganha” no curto prazo mas perde no longo prazo.

O cliente ganha, pois compra um produto de R$ 120 mil e paga R$ 100 mil. Se não bastasse ele ser uma grande empresa que fatura milhões/bilhões anualmente, ainda tem que lucrar 20 mil reais em cima dos coitados que trabalham na agência.

A agência ganha por vários motivos:

  • O cliente fica muito satisfeito com o trabalho de baixo custo. O problema é que ele nem sempre tem consciência que foi de baixo custo, mas sim que saiu no preço combinado.
  • A agência está conseguindo manter a meta de faturamento no ano e com isso a diretoria fica toda feliz. O bônus no final do ano está garantido!
  • A agência se mantêm competitiva. Como ela vende um produto abaixo do preço de mercado, pode ter vencido uma concorrência ou mantido a competitividade. Na verdade, a competitividade fica mantida pelo baixo salário que paga ao recurso, na medida em que este fica diluído nas horas extras que não foram pagas.

    O recurso ganha, pois mantém o seu emprego. Imagine o que aconteceria se ele se recusasse a trabalhar até mais tarde ou exigisse o pagamento da hora extra? Seria mandado pro olho da rua sem perdão.

    O cliente também perde, pois provalmente paga por um produto com baixa qualidade na maioria das vezes. Transforma a agência numa verdadeira padaria. Já vi muitos projetos serem entregues com qualidade sofrível por causa das crises na entrega (para entender melhor, leia o meu artigo sobre crise.

A agência perde também por vários motivos:

  • Fideliza um cliente com base no preço. Melhor trocar o nome para Padaria Digital.
  • Desmotiva toda a agência no longo prazo. Com vários projetos assim, todo mundo fica desanimado, com vontade de sair, com impressão de que ganha salário baixo, que é desvalorizado, estressado etc…
  • Não retêm os talentos. A agência vai aumentar a rotatividade e, com isso, pessoas muito boas começarão a ir embora.
  • Perde a chance de melhorar o processo de produção. A empresa que não trabalha em prol da melhoria contínua, acaba repetindo este processo falho todas as vezes. Se acontecer uma vez tudo bem, mas acontecer sempre pode ser muito desgastante.
  • A agência joga o projeto na crise e coloca todo mundo sob pressão. É difícil entregar um projeto quando os recursos financeiros são escassos ou empresa economiza desde o início. Este é um dos maiores tiros no pé em projetos que eu já vi: economizar no início (planejamento e contratações). Contratar o famoso funcionário “Júnior”. Realmente dá vontade de chorar pelos inúmeros apertos que passei por causa de gente “Júnior”, estagiários e gente desmotivada.

    Se não reagir a tempo, esta situação só contribui para que gente incompetente se mantenha na gestão da agência e dos projetos.

A pessoa que trabalha em excesso é a que mais perde:

  • Perde a chance de aproveitar o tempo livre e melhorar a qualidade de vida.
  • Prova para a agência que pode ser explorado cada vez mais sem reclamar e isso só perpetuará a sua condição de explorado.
  • Contribuiu para que a “Padaria Digital” continue de pé e mantenha o seu status de “Padaria da Ano de acordo com a revista tal…?”
  • Desvaloriza o seu trabalho.
  • Perde competitividade no mercado de trabalho, pois os funcionários das outras agências conseguem investir na sua melhoria profissional, muitas vezes com o apoio da empresa.

A situação financeira da empresa pode influenciar muito nesta situação:

a) A agência está numa situação financeira boa

Neste caso, ou a empresa está com lucros exorbitantes ou tem um problema sério de organização e processo interno. Não tem desculpa – tem dinheiro e ainda faz mal feito? Basta um pouco de planejamento e contratar as pessoas certas para fazerem o trabalho direito. Se a agência paga mal às pessoas então.. aí tem coisa errada… melhor não comentar muito.

b) A agência está numa situação financeira média (no limite)

Neste caso, é só melhorar o processos internos. Investir no planejamento e ter pessoas experientes e cuidadosas gerindo o projeto pode ser a solução. Tem que tratar a demanda em excesso com inteligência e priorizar corretamente os projetos, evitando desperdícios e desgaste desnecessários.

c) A agência está numa situação financeira ruim

Neste caso, o excesso de trabalho acaba sendo justificável. Eu explico: como a empresa tende a economizar nos projetos para ficar no azul, este sacrifício acaba recaindo em cima de quem trabalha nos projetos em forma de trabalho extra. Existe uma tendência da agência demitir pessoas se isso se perpetuar no longo prazo e o correto é que demita as pessoas que contribuem menos para o resultado final ou que sejam menos competentes para o trabalho. Eu escrevi “correto”, pois na realidade, vai embora quem ganha mais ou quem o chefe não gosta.

Existem alguns fatores extras que contribuem para isso pontualmente.

a) Orçamento feito no chute

Há pessoas realmente “sem noção” na hora de dar um preço para o projeto. São otimistas, não avaliam riscos, escopo e acabam por dar um preço muito baixo. E muita vezes um tempo curto. Com isso o pessoal interno quase se mata de trabalhar para manter o “sem noção” no cargo.

b) Orçamento político

É aquele orçamento “baratinho” que o diretor passa de forma “camarada” para o cliente. É para deixar o cliente (Deus Todo Poderoso) feliz com a agência. Faz barato e ferra todo mundo.

c) Desorganização interna

Falta de planejamento, normalmente. Processos burros e outras coisas mais. Neste caso não tem jeito. É pão fresquinho saindo toda hora.

d) Acidente de percurso

Isso pode acontecer esporadicamente; é uma coisa até normal desde que não se repita muito. Se for isso, é algo totalmente contornável.

“As pessoas da minha agência trabalham muito, mas recebem bem!”

Se você pensa assim, faça uma avaliação no nível de motivação das pessoas e surpreenda-se. Por melhor que seja o carro, se você acelerar muito uma hora ele desgasta e quebra. Cansei de conversar com pessoas desmotivadas por trabalharem muito e o salário que elas recebiam fez pouca ou nenhuma diferença nisso. Nem todo mundo está atrás de dinheiro; muitos só querem viver sua vidas tranqüilamente, sair com os amigos, ir às baladas e ficar com a família. Normalmente as agências são um ambiente onde predomina gente jovem, tem que entender esta gente.

Não prometa prazos sem envolver quem vai fazer

Se você se comprometer com algum prazo, certifique-se que se comprometeu também com as pessoas que vão fazer o que você precisa neste prazo. Eu cansei de ver pessoas trabalhando em excesso (eu mesmo fiz muito isso) para cumprir prazos impostos por outras pessoas que, além de não obterem o aval de todos, vão embora com aquele “Qualquer coisa, estou no celular, ok?”. Quem nunca ouviu uma dessas? Não tem coisa que desanima mais do que isso.

E lembre-se: Entre 18:00h de sexta-feira e 9:01h de segunda-feira, existe apenas 1 minuto de tempo para se fazer qualquer trabalho que não tenha sido previamente combinado. Cuidado ao contar para o seu chefe sobre isso, pode ser um choque para ele. [Webinsider]

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<strong>Marcelo Okano</strong> (okano@mandic.com.br) é Gerente de Tecnologia da Interativa | CDN.

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66 respostas

  1. Concordo que existem vários funcionários que não rendem durante as 8 horas de trabalho, e teoricamente precisam fazer várias horas extras. Mas acho que os diretores sabem quem são esses e é só tirar da equipe.

    Agora, se um profissional termina todos seus jobs em tempo, se ele sai todos os dias às 19h, vai ficar mal falado, com clima horrível tanto com chefes e colegas. E não adianta dizer que isso é bobagem,é isso que acontece, sim!

    E a questão é anterior a produtividade do funcionário, benefícios é um DIREITO. Conheço agências em Curitiba que pagam 800 de salário sem nenhum outro tipo de benefício. Veja o custo só com o almoço fora de casa.

    Acordem pra vida publicitários. Se vocês começarem a exigir o direito, nem que seja na justiça, a coisa começa a melhorar.

  2. Marcelo,
    Realmente o artigo é bom e reflete um mercado que é bastante competitivo, não apenas em agências de publicidade, mas no mundo capitalista como um todo.
    Recebi esse artigo por email de alguem que não quis se identificar e segue aqui a resposta para essa pessoa além de colocar minha opinião de quem coordena equipoes de criação e produção.
    No meu caso, como Diretor de Criacão, sempre procurei ser um gestor justo observando os limites de troca entre eu e minhas equipes no atendimento das necessidades dos funcionários assim como os objetivos das agências das quais trabalhei.
    Prestador de serviços acaba mesmo sendo penalizado pelos clientes que atende. A vellha história do “eu estou pagando…” Quantas vezes vc discutiu com o atendente de TMKT de uma empresa de telefonia? O atendente é o pobre coitado que representa o prestador de serviços e, que nós exigimos serem perfeitos.
    O mundo ficou muito intolerante com o outro que nem sempre cumpre com sua parte mas exige ainda de um outro prestador a perfeição. Isso acontece entre as agências e seus clientes.
    A minha experiência me ensina que existem também pelo lado de alguns profissionais, um descaso com os objetivos das empresas em que trabalham, que acabam não colaborando com sua parte no contrato quando passam horas em MSN, Twitter, facebook etc.
    Não que eu desaprove a utilização da web por funcionários, muito pelo contrário, o fato é que há realmente um excesso geral sobre o uso dos recursos que a empresa dispõe para o trabalho de seus profissionais.
    Por exemplo, você deve saber que o investimento em equipamento, rede, banda e etc ficam comprometidos com um fluxo excessivo quando, muitos funcionários estão fazendo upload ou download de filmes, fotos da festa da família ou da balada e que necessariamente não tem a ver com a entrega do job.
    Quantos dowloads das séries Lost e 24 horas, por exemplo, foram feitos de computadores corporativos… Isso sem falar que as pessoas assistiam os episódios na própria empresa.
    E vc sabe quanta gente utiliza a empresa para seu benefício próprio, assim como os profissionais que dão um jeito e fazem freelas durante o expediente normal para outra empresa. Isso tudo impacta no tempo de produção dos jobs do dia a dia e acabam consumindo tempo desses profissionais e não necessáriamente em benefício do job ou da empresa.
    Isto posto, imaginemos que as 10 horas de trabalho que um cara colocou no Time Sheet nem sempre correspondem a verdade. Se vc preencheu alguma vez corretamente o seu próprio Time Sheet você sabe disso.
    Isso sem falar que o horário na maioria das agências é bastante flexível e nem sempre as pessoas cumprem as 8 horas de trabalho. Muitas só começa a trabalhar depois das 10 horas da manhã.
    Uma loja de shopping, por exemplo, se não abrir no horário correto sofre multa.
    Sem hipocrisia, existem sempre dois lados em cada história. Olhe para o seu lado e se coloque no lugar do outro para tentar entender as razões dele e assim fazer o seu “meaculpa” e melhorar a sua performance para que sua atuação seja aprimorada e você se tornar um profissional cada vez melhor.
    Eu procuro fazer a minha parte. Entendo e atendo as necessidades das pessoas e trabalho para atingir as metas da empresa não só pra poder manter os salários das equipes assim como a manutenção dos cargos que eles ocupam tanto quanto o meu próprio pois acredito realmente em trabalho em equipe.

    Em retribuição ao envio do artigo, segue um outro que vale ser lido também – http://webinsider.uol.com.br/2003/07/31/a-incrivel-arte-de-produzir-salarios/ já publicado aqui pelo Lent.

  3. Marcelo,

    EXCELENTE TEXTO !!!

    Enquanto lia seu texto, revivi várias fases de minha vida profissional. Trabalho como autônoma, prestando serviços de desenvolvimento e manutenção de sistemas em ambiente Mainframe. Em uma das empresas que trabalhei (por mais de 8 anos) prestei serviços através de agência (consultoria). Acabei de recusar a proposta de 2 projetos pequenos, que me seriam MUITO bem pagos mas com a proposta insana de entrega em 2 meses impostos pelo cliente (tabalhando sozinha em análise e desenvolvimento). Recusei porque, ao fazer o levantamento do projeto, constatei que não conseguiria atender o prazo imposto e que minha qualidade de vida seria anulada.
    Nesta empresa em que trabalhei como prestadora de serviços, sacrifiquei VÁRIOS fins de semana de Sol, devido a responsabiliade de cumprimento de prazos. Em NENHUM momento, minha dedicação foi reconhecida !!! Passei por várias situações de stress devido a cobranças e pressões para cumprimento de prazos e um dia verifiquei que minha saúde estava comprometida: tive que me submeter a uma cirurgia para retirada da tireóide – minha médica disse que era por causa do stress da minha vida !!!
    Por isso, hoje, nenhum dinheiro paga minha saúde !!! Antes de aceitar um projeto, analiso muito bem qual será minha data para cumprimento do projeto e não aceito imposições da “agencia” ou do cliente. Não exploro ninguém, mas aprendí a não negligenciar minha qualidade de vida em prol de interesses de consultorias e empresas que não pensam nas pessoas.
    Espero as pessoas despertem para o que está acontecendo: muitos estão ganhando rios de dinheiro através da exploração do trabalho alheio !!!
    Pessoal, aprendam a lutar pelos seus direitos: vendam seus serviços valorizando a sua vida e sua saúde !!!
    Abraços a todos !!!

  4. Eu concordo plenamente com todo o texto. Trabalhei 10 anos em agências de publicidade (onde os moldes são exatamente iguais). Hoje em dia estou repensando toda minha vida profissional, saí da loucura para viver como free-lancer. E coloquei na justiça a última agência que nunca me deu férias, que, obviamente, não me pagou centenas de horas extras e que certamente usou e abusou até extinguir minha última gota de energia. Agora, fica a dúvida: pq mais gente não faz isso? Após a minha saída todos os funcionários dessa antiga agência passaram a ter carteira assinada e férias. Simples assim. É muito fácil reclamar e não fazer nada para mudar. Ou pior ainda, achar bonito virar noite e exibir isso como um troféu, como infelizmente ainda vejo muita gente fazer.
    Parabéns pelo texto.

  5. @Valdiney Victor Viçossi

    Bonitas suas palavras Valdiney, pena você não fazer uso disso né?
    Irregularidades, abusos e incoerência, infelizmente essa é a imagem da sua agência.

  6. Sobre o “júnior” que cita no texto: o que acontece, são agências que contratam legiões de estagiários e juniors para cobrirem os diretores de arte fazendo exatamente o seu trabalho.

    Não é esse o papel do Jr! Ele não é ainda um diretor de arte e, por mais que haja força de vontade em crescer, aprender e tornar-se um diretor de arte – ganhando 1/5 do salário – a motivação diminui e naturalmente o trabalho não será o mesmo de um profissional mais experiente.

  7. A coisa é essa ai… eu sempre digo, se você vende por qualquer coisa, o cliente não dará valor… e quem mais pechincha é o que mais cobra… e não custa nada fazer um planejamento para uma simples proposta.

  8. Impecável!
    Percebi isso quando ainda estagiário.
    Pulei fora desse universo das agências e hoje me sinto muito mais valorizado dentro de uma empresa de internet.

    Fuja da mão de obra.
    Lidar com audiência é infinitamente melhor que lidar com cliente.

  9. Bom Dia!

    Estou a procura,de uma oportunidade,mas está difícil de conseguir,por favor se vcs souberem me comuniquem,estou cursando técnico em informática.

    Att.
    Paula.

  10. É isso aí Marlo!!!

    trabalho na Avalon e só tomo ferro
    parece q vc escreveu pra mim este artigo….
    ou para nós! uahauahauhauah

  11. Artigo interessante.

    Muitos problemas ocorrendo neste nosso brasil.
    O investimento na formação de profissinais de web (desenvolvedores, arquitetos, analistas) é baixo, o mercado está sem mão de obra para atender a demanda da internet brasileira.

    Não se abre uma agencia da noite pro dia, da mesma forma que não se forma um desenvolvedor (nao importa a linguagem) da noite pro dia…

    Quem quer trabalhar por prazer e ter o retorno, certamente optará em trabalhar em empresas de desenvolvimento/multi q demandam de desenvolvedores onsite (várias tem vagas em aberto) com bons salarios…empresas da minha região q contratam como clt ja pensaram no horario do café.. no horario do networking e também no horario de fazer alongamento, horarios flexiveis de entrada e saida do escritorio, mesmo sendo clt, isto existe… porem exige responsabilidade, o que foi acordado deve ser entregue, vc pode trabalhar até mesmo de homeoffice, desde q entregue o esperado na data acordada.

    Dificil é para as agencias estimatirem que os recursos qualificados custam muitas vezes um valor mais alto q muitos publicitarios em inicio de carreira…. e também para as mesmas aplicarem treinamentos em metodologias de gerencia de projetos para seus lideres.

    Agencia digital e/ou de midia interativa não é só ter pessoas pessoas de marketing, elas precisam dos especialistas de internet, profissionais de TI e de gerentes de projetos….entrar no mercado de mídia digital para elas é na teoria muito simples, porém na prática a coisa fica se complica.

    O dia que os gerentes/donos das agencias de criação tiverem noção de um gerente de projetos e as escolas tiverem cursos tecnicos de formação de desenvolvedores/web designers e conseguirmos atrair os jovens para este mercado, a internet brasileira vai dar um salto….

    Bruno

  12. Tem gente que nunca vai mudar, pois nem a instrucao ajudou, continua com uma visão limitada, fazendo uns comentários desses. Se vc quer seguir a CLT, então siga, mas siga em todos os sentidos, ganhe por 8 horas, mas trabalhe de verdade as 8 horas, sem interrupções para café, cigarro, piadinhas, etc, etc, como todos fazem nas agências, pois a CLT não prevê nada disso, então trabalhe como um profissional de chão de fabrica, batendo cartão e como uma máquina, sem reclamar. Agora você quer o melhor dos dois mundos, o clima bom, horário flexivel, cafezinho e apenas 8 horas de segunda a sexta, com férias, 13o, clt, etc… Acho que vc queria ser CLT mas sem pagar IR também neh, porque ai iria dizer que 27,5% é um absurdo! Abre essa cabeça, e mude essa visão limitada, vendo os dois lados do negócio. Ninguem, investe dinheiro em empresas, se dedica, arrisca para não obter lucro. Tem inveja do chefe acha ele folgado entao entre para uma agência que possui remuneração variável e corra risco junto.

  13. Marcelo, aspectos interessantes que você aborda, uma visão abrangente de um dos lados, de tantos outros que existem.
    Então peço a oportunidade de apresentar um deles:
    As Agências Digitais são uma modalidade relativamente nova de negócios, ainda tem muita gente aprendendo, para não dizer todo mundo, já que o aprendizado faz parte da Vida de cada um, o importante é não estagnar, é avançar!!!
    O ritmo frenético de trabalho, sem respeito a horários, nos grandes centros abrange boa parte dos setores da economia mundial, tirando a turma do ´?chão de fábrica? e outros poucos setores das empresas.
    Quem não recebe e-mails emitidos nos horários e dias mais absurdos e de pessoas que trabalham nas mais conceituadas organizações mundiais e nacionais?
    Parece estar instalada uma EMERGÊNCIA TOTAL, e que nem sempre é verdadeira, e gera aquele efeito dominó, e aqueles que mais correm tendem a ser o elo mais fraco (se assim aceitar) que para este assunto são as Agências Digitais, que também buscam seu espaço dentro da economia, para que também se tornem, para as que ainda não são: lucrativas, com boas políticas de RH, etc.
    Muitas das Agências Digitais foram e são montadas sem nenhuma estrutura, com amadorismo, como a maioria das empresas existentes um dia foram, basta ler a história de empresas de destaque de qualquer setor, mas a taxa de mortalidade empresarial fica dentro das estatísticas conhecidas e podem ser acessadas nos órgãos competentes.
    Quantos conhecidos, amigos, pessoas importantes da economia montaram negócios que não resistiram nem o primeiro ano, para não dizer meses?
    E antes de fecharem, passaram por fortes dificuldades, assim como tantas outras passaram por fortes dificuldades, resistiram e hoje são destaque, estas em um menor número.
    Por que com as Agências Digitais seria diferente?
    O importante é manter a motivação e a crença que serão vencedoras, mas isto é para quem ACREDITA, e ninguém faz isto sozinho, precisa de equipe, precisa de colaboradores motivados, precisa de clientes, precisa de metodologia, precisa de avaliação de desempenho, precisa de plano carreira, e resumindo, as empresas precisam de compromissos e responsabilidades internos e externos.
    E com estes compromissos e responsabilidades em um processo de participação ativa de todos dentro da empresa, que se realizam grandes conquistas a nível empresarial e pessoal, cada vez mais, teremos menos ?padeiros? e que eles se transformem em profissionais competentes, bem remunerados, CLT, dignos de um bom pacote de benefícios, …, processo já acelerado em um bom número de Agências Digitais.
    É um processo contínuo, e a opção de fazer parte é de cada um, e ainda tem a opção de escolher em qual posição do time quer jogar, treinar, montar o seu próprio sozinho ou com mais alguém. Basta ter objetivos e ter ações correspondentes a eles.
    É processo contínuo, difícil, mas se fosse fácil, que graça teria?
    Fico muito satisfeito quando vejo no nosso quadro de colaboradores, muitos deles atingindo rapidamente seus objetivos pessoais de curto prazo : se formar, fazer cursos de especialização, comprar o carro, alguns que passam a ajudar mais a família, …, conseguindo posições hierárquicas de destaque, e um dia lá atrás, não necessariamente muito distante talvez também tenham passado por momentos de padeiro digital, ou também ainda passem,em uma escala muito menor, e com regras bem definidas.
    Como disse no início, o importante é não estagnar, é avançar!!!
    E de quem depende? De cada um de nós e escolhendo o lugar e de como participar.

  14. Olha concordo com tudo o que foi passado no artigo e gostaria de parabenizá-lo.

    Também não concordo que os funcionários sejam explorados, sempre, pelas agências.

    Muitas vezes os projetos não seguem de maneira correta porque foram mal estruturados e analisados pelos líderes e responsáveis, mas também não podemos deixar de falar que muitas vezes os próprios explorados são os grandes culpados por não conseguirem fazer com o que projeto fique em dia, não sendo necessário a exploração deles mesmo. Muitos funcionários ainda fazem corpo mole, sobrecarregando outros funcionários e as vezes montando em outros funcionários, ou então, algumas vezes acontece do funcionário não entender, ou dominar, o suficiente para desenvolver o projeto. Isso tudo acaba atrasando o projeto, que talvez tenha sido bem planejado, mas não tão bem executado talvez por culpa do próprio funcionário que será explorado.

    Como disse não concordo com exploração, mas também acho que os funcionários não devem deixar o projeto chegar em um ponto que haverá exploração dele mesmo, por corpo mole talvez. Não quero generalizar, mas isso acontece.

    Ótimo artigo, isso contribui e muito para abrir os olhos e acordar muitas pessoas, que trabalham corretamente e dão seu sangue no dia a dia, mas mesmo assim acabam sendo exploradas pelas agências, e não só pelas agências.

    Abraços

  15. Sinto saudade da descontração das agências, porém está realidade me mantem longe delas.
    Quem sabe espalhando está verdade, a situação reverta e um dia volte.
    Ótimo artigo!

  16. Nossa realidade estruturada em um ótimo texto! PERFEITO!

    Não sou designer, sou programador. Trabalho em uma empresa de desenvolvimento de portais, intranets e extranets. Passo muito por isso.

    A questão do junior então foi a melhor. ADORO quando eles contratam um cortador de html de chamam de designer junior. Após a estruturação do visual do projeto, me vem aquelas coisas cortadas pelo designer junior que nem sabe a diferença entre um HTML e um ASPX. Aí tenho que fazer TUDO novamente, só aproveitando as imagens que ele fez no Photoshop, que ainda vem com uns nomes TOTAL estranhos :S

    Parabéns pelo artigo hehehehe 🙂

  17. Concordo com o amigo WILSON FRANCISCO EUGENIO. Acho que o profissional deve sempre buscar horizontes procurando entender todo o processo e saber onde ele realmente está se metendo. Assim poderá saber a hora certa onde pode opinar de forma construtiva com a equipe.

    Um profissional que fecha os olhos para as outras questões relacionadas ao projeto pode estar no lugar errado sendo explorado muitas vezes por incompetência de outros, como abordado já aqui.

    O artigo é de muita valia. Não é a toa que está sendo muito comentado.

    Parabéns Marcelo Okano.

  18. Isso tudo é pura realidade…
    Para quem gosta de stress, correria e dinheiro… é prato feito…essas empresas são maravilhosas!
    Mas para quem trabalha só para também poder curtir a família, amigos,… acaba se desgastando cada vez mais e se sentindo mais infeliz apesar do dinheiro envolvido…
    Parabéns pela matéria!

    [ ] s,

  19. Por isso hoje eu fico no mínimo a cem metros de distância das agências de publicidade.

    Chefes, burros, formados em qualquer coisa menos TI que só pensam em dinheiro e pagam qualquer 500,00 para um cara bom achando que é muito e que ele tem que ficar feliz da vida.

    Agência só em caso de desespero!

  20. Este artigo retrata a realidade de muitos, já ouvi muitos comentários de colegas que passam por situações chatas como algumas relatadas ai. Mas é necessário tem em mente que gerenciar um empresa é dificil e pessoas é ainda mais.

    Parabéns pelo artigo Marcelo Okano!

  21. Pior é quando a agência não consegue definir o valor da hora técnica, prevendo melhorias, crescimento.

    Em algumas agências isso reflete na ausência de capacitação profissional contínua, qualidade de vida e melhoria de equipamento.

    Este último é uma realidade pra mim agora e, influi diretamente na minha produtividade e satisfação profissional. Triste.

  22. O fonte dos problemas neste caso, na minha opinião, pelo menos nas empresas que conheço é o seguinte:

    Na maioria das vezes os vendedores (leia-se pessoal do depto comercial ou ainda contatos) são pessoas que tem pouca ou nenhuma noção técnica de como deverá ser executado o projeto, e quando eles discutem com o pessoal técnico, eles tendem a pensar o seguinte: ah esses caras ficam valorizando demais., e tendem a espremer as coisas para que o orçamento se ajuste ao cliente.

    Mesmo que sejam pessoas que tem uma noção técnica e não façam o descrito acima, elas ainda encorrem na maioria das vezes no erro de tentar fechar o negócio rapidamente e acabam furando algumas etapas de análise, pois nem todos os clientes são capazes de atender a contento, postergando demais a entrega de informações e dificultando o fechamento dos negócios.

    Mas não pensem que eu quero crucificar os responsáveis pelas vendas não pois são eles que garantem que o fluxo de trabalhos continue e que os nossos salários sejam pagos. além do mais eles também sofrem com uma carga de responsabilidades e pressão bem alta por conta de serem a ligação entre cliente e empresa, logo a pressão vem de todos os lados.

    Seria mais fácil evitar esses problemas com uma análise e estruturação dos projetos bem mais detalhada, junto ao cliente estudando todas as suas necessidades e recolhendo todo o material necessário somente depois seria entregue um orçamento final, pois aí seria possível mensurar os prazos com precisão milimétrica.

    Se alguem encontrar um cliente e uma empresa assim me avise por favor

  23. Resposta para Lineu Drummond
    É importante não citar nome de agências, ok?

    Resposta para Cintia Camarotto
    Limitada dever ser a motivação das pessoas que trabalham na sua empresa. Continue assim que em breve você vira presidente. Abs.

    Resposta para Rodrigo Webler
    Valeu pela indicação do conteúdo, isso enriquece muito esta discussão.

    Resposta para Proletario
    Quando citei a Toyota, falei como modelo de processos e qualidade atualmente. Fordismo e Taylorismo fazem parte do passado (início do século).

    Resposta para Pedro
    Você falou algo que eu ia citar, a competição e complexidade da empresa explicam, mas NÃO justificam a exploração. Boa resposta.

    Resposta para Ronaldo Silva
    Excelente resposta. Complementou bem o texto. Parabéns.

    Resposta para Francisco Lima
    Não acho que precisamos causar uma revolução, mas se conseguirmos acordar o colega do lado, já será uma grande vitória. Estou acordando várias pessoas, faça o mesmo. abs.

  24. Cara Cintia Camarotto 28°,

    Eu acredito que vc deve ser uma empregadora e não se conforma como a realidade te afronta… sinceramente, procure analisar no amago de sua alma as coisas que vc disse, os funcionários que vc explorou e se coloque no lugar deles uma vez. Isso é uma falta de respeito… falta de consideração pelo profissional e ser humano… e pensar que a escravidão foi abolida… foi nada…

    Profissionais da Area UNI-VOS… abaixo a comentários como da Cintia que realmente nos deixam para baixo… isso é o que nossos chefes querem que nós pensemos… é um desrespeito a nós como profissionais…

    Dona Cintia vc já virou 3 noites perdendo fins-de-semana ou uma viagem planeja na sua vida??? fazendo projetos para os donos ou ficou espantada com o qualquer coisa liga no meu celular. Por favor vamos nos unir pessoal… nós teremos força perante a esses escravizadores que usam a porca situação de nosso país para nos explorar!!!

    Não podemos mais deixar isso acontecer… não mesmo…

    A revolução já começou e só depende de nós…

    Artigos como esse servem para nós acordarmos e pensarmos numa maneira de mudar este quadro…

  25. Este artigo realmente ilustra uma
    realidade que está presente na vida de
    muitos profissionais da nossa área.

    É verdade que temos N fatores que
    contribuem com isso, que vem desde o
    cliente não mandar o material no prazo
    combinado, passa pelo orçamento
    competitivo, chega no planejamento
    furado, e passa pela criação/produção
    frustrados.

    Temos casos e casos, mas pra aqueles que
    ficaram indignados com o artigo, eu digo
    que não são todas as profissões que atuam
    nesse esquema, mas o mercado publicitário. (me referindo a quem comentou aqui que não existe séria no país, empregado ou empregador).

    E na boa, acho que se quisermos colocar
    ordem na casa, temos que começar pela cozinha. Querendo ou não a parcela interessada na regulamentação e no respeito pela categoria, somos nós! Então se a atitude não partir de nós, não

    partirá dos chefes, pode ter certeza disso.

    Agora, que exitem MUITAS empresas exploradoras no mercado, ah.. isso existe e de sobra! Eu já trabalhei em 5!! E nenhuma respeitava a CLT, o relógio e nem o funcionário! Além de atrasar os

    honorários todo mês! E não eram agências pequenas não.. eram conhecidas!

    O que deve ser feito? O profissional deve começar a se dar o respeito! Devemos nos organizar e criar um sindicato ou uma associação ATIVA de verdade..

    Chefe vem trabalhar de final de semana?
    Chefe atrasa o próprio pagamento? Chefe passa madrugadas trabalhando e comendo porcaria? Chefe fica sem ver a família ou fica sem sair? Eu digo.. NÃO! (tá bom, tá bom.. temos casos e casos.. mas antes que fique indignado com isso, eu estou
    ilustrando o quadro geral, ok?)

    Agora olhem a situação, nos vendemos por pouco na maioria das vezes, não nos respeitamos, não critiacamos e aceitamos essas condições sem pestanejar. Agora pergunto, somos o que? Somos prostitutos!

    E é isso que o mercado publicitário/web está vivendo, uma grande prostituição em prol do carinha de paletó e gravata, que tem os prêmios sobre sua mesa, que chega de Audi ou Cherokee na agência.

    Vale a pena?

    A consciência, autoconfiança e respeito próprio resolve isso, agora, é todo mundo que tem coragem
    de peitar o Chairman? Com o risco de ser mandado embora? Esse medo não existiria se o mercado não estivesse CHEIO de gente que se vende por pouco, gente que QUER ser explorada..

    É colegas… eu sei que todo mundo tem que sobreviver, tem que buscar um nicho no mercado e se submeter à exploração pra poder ter uma chance..

    Mas acho que se o PAÍS quiser ser levado mais a sério lá fora, deve começar a tratar os NOSSOS com mais seriedade.. pois o buraco é mais embaixo.. além do que muitos imaginam.

    Ainda bem que hoje não passo por isso, mas fica aqui minha indignação e consideração por aqules que passam por tudo o que eu já passei.

    E a todos os donos de empresas que desrespeitam a CLT.. muito obrigado! Vocês contribuem muito pra nossa vida! =)

    Abraços!

  26. Caro Marcelo,
    O artigo é ótimo e as contribuições dos comentários, de todos, foram excelentes. Só uma coisa não foi abordada: este sistema de sugar todo o sangue do profissional, seja ele de que área for, é uma prática comum no capitalismo e além de ser uma prática isso se transformou ao longo do tempo em uma política de gestão empresarial com as mais variadas formas de aplicação (muitas vezes camufladas). É difícil tocar uma empresa (seja ela do que for) mas isso não justifica a exploração das pessoas. Contrata-se mal, o serviço não rende… aí paga-se mal para justificar a baixa produtividade, profissionais são colocados em funções para as quais não estão qualificados, os subordinados a ele não vão respeitá-lo… voltamos ao serviço não rende, o projeto atrasa, horas extras e tudo mais e vai por aí… e então nos resta, como frisou o Wilson de Londrina, aproveitar tudo de bom que a empresa pode oferecer (aprendizado, tecnologias, contatos, etc)e planejar a nossa saída, para outra empresa melhor, antes que o o processo de trabalho nos engula e acabe com a nossa vida particular. E mais… se você quer sair dessa ciranda, junte-se a outros e crie a sua empresa e não se esqueça de NÃO PRATICAR tudo isto que foi descrito por todos.

  27. Como já vivi os dois lados da história, posso afirmar que a análise feita nesse artigo é extremamente limitada… e lamentável. Parece até que nesse país não existe gente séria, nem empregado nem empregador. Duvido.

  28. As situações colocadas retratam a realidade da maioria das empresas de desenvolvimento de software. Resolver, ou amenizar, tais proplemas seria possível aplicando as técnicas de gerenciamento de projetos que as empresas relutam em não utilizar devido ao custo de treinamentos e ao custo de contratação de funcionarios capacitados com estes conhecimentos.

  29. Aos incomodados (profissionais de TI), porque não dizer também, aos acomodados, vale a dica;

    Procure sugar a empresa que suga vc, ao máximo.

    Como assim? Simples.
    Nunca perca seu tempo, esteja sempre estudando novas formas de resolver (desenvolver – se) os problemas de sua agência de forma inteligente.
    Seja estudando, como o programador faz aquilo, caso vc seja designer;
    Seja analisando como designer constroem suas idéias, caso vc seja programador;

    Análise de projeto e execução é o básico, todos envolvidos precisam saber.

    Ah, mas eu não tenho a moral das vendas, não sei abordar um cliente, o que eu faço?

    Engano seu, vc já se vende no seu currículo, se vc conseguiu este emprego é porque alguém comprou a sua imagem e seu potencial. Agora aprenda fazer um projeto vendável.

    Acorde e coloque os dois pés no chão. Saiba que pessoas com menos estudo (informação, cultura etc) que vc, ganha muito mais dinheiro (que vc) na feira convencendo o cliente que o tomate dele é melhor que o vendido ao lado.

    Portanto, se a agência é dependente de vc hoje e vc custa X, amanhã se aparecer um Junior que aceita ganhar x (metade) para oferecer o mesmo que vc, a empresa que lhe venerava e elogiava, vai lhe dar um pé na bunda.

    E vc poderá virar um feirante num shopping, numa concessionária enfim, (caso não aceite ganhar o x que o mercado está pagando pra quem está desempregado) e terá que aprender na raça a vender o seu produto ou vender a sua imagem novamente.

    Abra bem os olhos e veja que existe um horizonte pra vc.

    Seja independente, aprenda tudo que estiver ao seu alcance e procure ir além (pois estes sobrevivem) trabalhe por conta, em sua casa mesmo.

    Seja competitivo e mantenha uma rede de relacionamentos saudáveis e profissionais.

    O sol nasce pra todos, e vc também tem direito a sua fatia da pizza : )

    E tenha fé meu(inha) querido(a), pois sem Deus vc não vai muito longe, será sempre um frustrado na vida.

    No final vc vai ver que é possível, que lá na agência quem trabalhava mesmo era vc, pois em todo lugar tem um morcegão que leva o mérito pelo trabalho dos outros.

    E o mais IMPORTANTE(seja lá qual for a sua formação).
    Seja um profissional completo, do UML a execução do projeto.

    Ah claro, mas isso dá muito trabalho…

    Agora lhe pergunto, vc já viu alguém ganhar dinheiro (de verdade) sem trabalhar e muito?

    A Lei da Abolição está aí pra qualquer um ler.

  30. Olá Pessoal,

    Pela quantidade de comentários é rápido notar como o artigo expressa uma realidade e como poderiamos todos crescer e melhorar essa situação com a troca de idéias e experiências.

    Esta área virou praticamente um fórum de discussão, e por isso fica a sugestão da criação de uma lista de discussão em algum site para que todos possamos compartilhar idéias.

    Abraços a todos!

  31. Só tem uma palavra que reflete meu sentimento quando a isso: Espelho
    Acabei de sair do trampo (hoje é feriado) e li isso aqui… parece que voltei pra lá quando comecei a ler o que está acima!
    Ótimo texto rapaz!

  32. Colega Michel,

    Certamente não é fácil tocar nenhuma empresa no cenário que temos atualmente, mas sob nenhuma hipótese podemos moldar nosso trablalho sobre as premissas que o Okano expôs.

    Esconder-se atrás das dificuldades é muito mais simples do que executar o serviço de forma adequada com as avaliações pertinentes sobre como / onde / o que / quando.

    Compreendo perfeitamente que a visãoq ue queres expôr é salutar para a discussão, mas tenho de deixar o alerta.

  33. Excelente artigo-desabafo;)

    Acho que fui um pouco ingênuo – eu realmente imaginava que as agências de Internet conseguiriam propor um modelo inovador em vários aspectos, mas principalmente nesse, o do dia-a-dia do trabalho.

    Sempre trabalhei em agências offline, e agora trabalho também para as online. Posso dizer que quase não existe diferença – seu artigo só confirma um processo que tenho notado nos últimos anos, e os cometários do Santiago e da Fabiana também: em última análise, é a concorrência que gera estas situações, e, portanto – sim, é uma visão aparentemente pessimista, mas é melhor enfrentar a realidade do que fugir dela, não? – como aconteceu na Publicidade e no Jornalismo ,as padarias vão ganhar a guerra;)

  34. Parabéns pelo artigo. Porém, essa é a mais pura realidade do mundo da web/publicidade/criação e derivativos.

    Antes de ter minha empresa, trabalhava em um agência muito boa; entrava às 09:00hs e saia às 22:30hs. Era fogo! A grana era muito boa, mas, começei a ficar louco, pois não tinha tempo para nada. Parecia gravação de novela.

    Novamente, parabéns pelo artigo.

    Abraços, ike

  35. Muito bom artigo!

    Bem, eu sou o famoso ?Junior?, faço oq os não ?Junior? fazem e mais um pouco. Rola exploração, mas sendo sincero, pelas dificuldades de emprego vejo que onde estou agora é uma escada na minha área profissional. Aleluia, estou na minha área!

  36. Muitas verdades foram colocadas no artigo sim.

    Mas onde está a lista das agências Web com lucros exorbitantes e margens fabulosas?

    Os erros dos patrões não são obrigatoriamente propositais nem mal-intencionados. Simplesmente não é tão fácil assim se tocar uma empresa neste mercado…

  37. Resposta para: inanimed
    Amigão, mude de emprego já. Sua situação não tem jeito. abs.

    Resposta para: Daniel
    Cara, isso também me revolta muito. Está na hora de mudar isso, despertar a consciências das pessoas, provocar um movimento. Acorde este seu amigo do lado que está sendo explorado ou o amigo de outra agência. Mande este artigo para ele. abs.

    Resposta para: Filipe
    Isso aí que você reportou eu já vi muitas vezes. Pessoas que voltaram a viver e a ter perspectiva depois de sairem da exploração. Comigo mesmo aconteceu algo parecido. Continue assim, parabéns.

    Resposta para: Fernando Aquino
    O texto realmente é um pouco paternalista mesmo, concordo contigo, mas as maioria das situações de exploração não é motivada pelo comodismo, tem gente que realmente tem dificuldades de arrumar outro emprego, tem dívidas, está precisando de uma oportunidade e é iludido pela empresa para sustentar gente incompetente em cargos de gestão. Atitute na carreira é sempre bom mas se a pessoa só trabalha, não consegue estudar, cuidar da família, investir em si mesmo, acaba não tendo motivação (ou visão) para sair desta.

    Resposta para: Gilber Machado
    Adorei da atitude da sua empresa. Depois que você gerou o ambiente para estimular a valorizar as pessoas, tá na hora de cobrar resultados. Se a pessoa não se enquadra, ou ela muda ou está fora. Não vai resolver o problema de motivação em 100%, mas acho que vocês estão fazendo a sua parte. Com relação à produtividade e rentabilidade, a graça da coisa está em não saber a fórmula correta. Mercado é isso aí. Veja o exemplo da Toyota: http://www.amazon.com/Toyota-Way-Management-Principles-Manufacturer/dp/0071392319 cujos processos têm como premissa a melhoria contínua e respeito pelas pessoas.

    Resposta para: Tatiana
    Tatiana, eu entendo o seu ponto de vista e concordo contigo. Conheço as forças de porter, gestão estratégia, balanced scorecard etc…, no entanto, o problema é quando exatamente as decisões estratégicas da empresa levam à uma situação direta de exploração. Já vi inúmeras agências aqui em São Paulo que não tem problemas de clientes, atendem multinacionais, cobram 200 paus/hora do profissional e mete o ferro no estagiário que é vendido como sênior. Entende o que quero dizer? Decisões estratégicas que têm apenas um foco financeiro e não levam em consideração questões simples como respeito pelo profissional. Eu cansei de ver isso aqui. A culpa é de quem? É do chefe sim! O cara pode contratar, demitir, mudar etc.. e quando a coisa fica feia, quer tirar o corpo fora? Tem que assumir a responsabilidade pela empresa quem dirige a empresa. Este é o problema de ser chefe, assumir a culpa por erros e atitudes dos subordinados, mas não somos pagos para isso mesmo? A visão de time é muito legal mas tem que ser no amor de na dor! Ou seja, o cara é do time na hora de entregar o projeto, lutar pela empresa, salvar o projeto, mas é recurso na hora de ser remunerado, comissionado ou ter seus interesses defendidos? Quantos às sacanagens do mercado, bem vinda ao mundo competitivo. abs.

    Resposta para: Fabiana
    Amiga, exploração e cara-de-pau tem em qualquer lugar, até na padaria da sua esquina. Serve para muitas empresas isso. abs.

  38. O texto se encaixa perfeitamente à realidade das editoras de jornais e revistas também.

    Cansei de ver a velha história do cara cobrar uma miséria pelo trabalho para fidelizar o cliente e deixar os peões se matando até de madrugada pelo projeto falido.

    Cansei de ver gente prometendo prazos impossíveis ao cliente e se despedindo às quatro da tarde com a velha qualquer coisa estou no celular.

    Banco de horas? Conheço gente com meses de banco de horas pra tirar…um dia desses, quem sabe.

    Valeu pela aula de realidade (triste, mas realidade)!

    Abs,

  39. Concordo com diversas ponderações, Marcelo. Penso e faço muitas coisas pelas pessoas, sejam colegas ou clientes (quem convive comigo pode atestar isso, sem falsa modéstia) e prezo bastante por ter vida fora da agência. Entretanto, é ingênuo desconsiderar algumas outras perspectivas. Avaliemos também as pressões do mercado, os novos entrantes (já viu a matriz de Porter, um clássico em estratégia?), agências iniciantes ou autônomos que puxam preços de mercado para baixo. Alguém já pensou que às vezes tem que pegar projetos por menos do que valem para simplesmente manter a máquina funcionando até fechar aqueles mega-projetos bacanas? É a história do pote de vidro que só fica cheio mesmo com pedras grandes, médias, pequenas e punhados de grãos de areia. O que você faz para manter sua equipe nos próximos meses? Nem precisa ser criativo pra responder, é uma equação matemática simples: você precisa continuar vendendo, buscando sempre um valor compatível com o número de horas requerido, mas nem sempre consegue aprovar os valores mais adequados, apesar de insistir até o limite de perder o negócio. Certo, então devo fazer um excelente plano antes de fechar negócio. Quem conseguir fazer isso 90% (100% seria um sonho dourado) das vezes no mercado, me avise como. Quem nunca teve seu super-plano copiado por um concorrente, porque o cliente enviou o seu para o cara que cobrou 1/10 do seu valor, levante a mão. Pense ainda que a equipe pode nem sempre render o que deveria, mesmo se os desafios cotidianos são motivadores, se o ambiente de trabalho é bom, se a agência respeita direitos trabalhistas e se o projeto está absolutamente impecável em planejamento. Os clientes ou os chefes são culpados por tudo de errado que acontece na agência? Uh-lá-lá. É a postura mais fácil e cômoda atribuir responsabilidade a uma galáxia distante sem sequer se perguntar se há algo que poderia estar fazendo de outra forma. Aliás, essa reflexão vale para qualquer coisa na vida. É como você ir a um boteco e perguntar ao garçom sobre um ingrediente do petisco que parece delicioso no cardápio. E ele responde ah, não sei, isso é com o cozinheiro, eu sou só garçom. Pra você não importa o papel dele na equipe, nesta hora ele é o próprio boteco na sua frente, ele é tão parte da coisa quanto o cozinheiro, o caixa ou o proprietário. Que cada um na agência seja sincero e imparcial, avaliando de fato o que poderia ser melhor no seu desempenho para evitar trabalho em horário extra. Que sugira, reflita, proponha, faça, fale e escute (afinal temos uma só boca, mas dois ouvidos…). Eu disse CADA UM, não importa se é estagiário, auxiliar, gerente, analista, programador, designer, arquiteto, financeiro ou vendas. Que cada um entenda de uma vez por todas que está no mesmo barco, que juntos formam um time que tem tudo para ser vencedor. Mais do que isso, tem tudo pra sair de cada partida satisfeito.

  40. De qualquer maneira, sob qualquer ótica, temos a CLT que são Leis criadas pra regulamentar o trabalho.

    Se foi criada, é porque houve necessidade.

    Se tem reclamação de trabalho extra sem remuneração até os dias de hoje, é porque estamos revivendo problemas antigos sem resolvê-los.

    Não foi pra isso que criaram as Leis trabalhistas? Pra reduzir a exploração? Pra garantir os direitos básicos?

    Não estamos reinventando a roda. Estamos apenas clamando direitos que se foram com o esquema selvagem de nota comprada para reduzir custos trabalhistas em favor da empresa – sempre a favorecida – onde escravizam sua alma e seu sossego por um lucro maior.

    Se baixasse a PF nas agências pra ver esse esquema de nota fria, quero ver se não iam pensar rapidinho em respeitar as 8h e transformar todos em CLT.

  41. Recebi o artigo através de um de nossos colaboradores, serviu como uma luva para criar uma agenda interna para evoluir nossa operação.

    Além de pagar hora extra e manter um banco de horas, temos um programa de bônus anual sobre o resultado da empresa, que leva em consideração principalmente a produtividade de cada pessoa, além de alguns outros fatores como satisfação do cliente, rentabilidade do projeto, prazo e qualidade.

    Será isso suficiente para manter um clima de satisfação interna, alta produtividade e rentabilidade da empresa? Nossa experiência mostra que não.

    Sobre estouro de orçamento, vou escrever um artigo, não dá pra somente comentar. Mas adianto que numa operação tão complexa como a nossa, esse é um dos fatores decisivos para definir vantagem competitiva, tão decisivo quanto a capacidade de ser inovador. Não basta gerar valor para o cliente se sua operação em não gera resultados.

  42. Que é isso gente!! Vamos vestir a camisa da empresa!! Pq nosso chefe é incompetente e não quer pagar horas-extra?

    E sobre paternalismo, é pra isso que existem sindicatos, organizações de classes e discussões deste tipo, para proteger o interesse de quem trabalha.

    Uma classe desunida, sem pai nem mãe, vai ficar sujeita à exploração dos urubus.

    Abraços

  43. Concordo com o Fernando Aquino em parte. Se a situação está ruim podemos procurar outro emprego, remodelar objetivos profissionais, etc.

    Mas se a situação descrita no artigo é praticamente generalizada (quem não conhece um amigo ou amiga que reclama do excesso de trabalho) fica complicado arriscar essa mudança, ainda mais se pensarmos a longo prazo, onde mudanças constantes de emprego podem prejudicar a carreira profissional.

  44. Muito boa a matéria, simplesmente porque trouxe á tona toda a realidade das agências Brasileiras. Trabalhei em grandes e pequenas agências e absolutamente TODOS os erros acontecem em todas. E é muito difícil permanecer em lugares aonde a vida social limita-se a chegar em casa as 4hs da manhã e estar pronto as 10hs da manhã para mais uma rotina de processos criativos.

  45. Como sujeito que comeu o pão que o diabo amassou por alguns anos, posso dizer que o texto contém um bocado de verdades que precisavam ser ditas.

    Ao mesmo tempo que em alguns momentos, o texto soa um pouco paternalista demais. Ao mesmo tempo que as agências precisam se organizar, o profissional que tá desconfortável achar meios de se movimentar no mercado para sair do sofrimento. O texto tá ótimo, mas coloca o profissional em uma posição muito passiva.

    Se tá ruim, muda de emprego, abaixa a renda, remodela os objetivos profissionais. Ou busque a disciplina e o aprimoramento para fazer a sua hora de trabalho render mais do que a hora mediana.

    No blog do Michel Lent tem uma pesquisa do perfil médio do profissional web brasileiro (http://www.lent.com.br/viu/archives/2006/10/como_e_o_profis.html). Talvez os números que foram levantados possam explicar os motivos que, mesmo sob condições degradantes, as pessoas ainda se dispõem a trabalhar em regimes mais puxados de trabalho.

    No mais, parabéns ao autor pela coragem de tocar num assunto tão delicado. =) Abraços…

  46. O artigo retrata perfeitamente a situação de uma agência onde trabalhei alguns meses… minha vida fora da empresa era um fiasco (pessoal e financeira). Me mantive lá apenas devido ao ambiente, o pessoal jovem é realmente muito otimista e cria um clima de trabalho perfeito.

    Fui para uma empresa maior, com quase o dobro do salário (não que eu tenha passado a ganhar bem, eu ganhava muito mal), onde os gerentes de projetos defendem seus programadores / designers / analistas, e em pouquíssimo tempo, apesar de ter me distanciado de grandes amigos, minha vida pessoal, financeira e profissional melhorou em todos os aspectos que posso imaginar, e voltei a ter perspectiva de sucesso.

  47. Olá Marcelo,

    Concordo em número, gênero e grau! Fico revoltado com essa exploração tão freqüente em nossa área. Hora extra virou uma cultura.

    A meu ver, os funcionários são os grandes culpados pela situação. Submetem-se a cargas horárias enormes em troca de promessas vazias.

    Analisando de uma perspectiva holística, essa história de recompensas futuras abstratas tem que ser erradicada de nossa cultura. Quando você vai ao banco obter informações sobre investimentos, primeiramente visa saber qual a rentabilidade. Por que no trabalho não fazemos o mesmo? Se faremos horas extras, qual o benefício real que elas nos proporcionarão?

    Desculpem a franqueza, entendo que as vezes é necessário se sujeitar, eu mesmo já fiz muito disso, mas trabalhar horas extras sem benefício é ser feito de otário.

    Atitude galera!
    Abraços a todos
    Daniel R. Bastreghi

  48. Muito bom! Tenho um amigo que trabalhava numa grande empresa de TI dentro de um projeto que atrasou uns 8 meses.

    O erro foi de uma consultoria externa que fez um projeto cheio de erros de análise. A equipe estava desmotivada porque havia muita pressão e desvalorização por parte do cliente dizendo que eles não trabalhavam! E lá se foram alguns sábados e alguns pós-18 horas!

    Infelizmente, isso mesmo, infelizmente, ainda não conheci este mundo dos projetos. Mas um artigo deste nos ajuda em muito a pensarmos sobre como todo um projeto bem analisado pode nos ajudar a economizar tempo futuro. Pena que nem todo mundo vê a análise como um ganha-tempo!

  49. é engraçado como algumas coisas nos servem como luvas!

    e quando os incopetêntes são seus chefes?
    o que fazer?

    eu tô é cansando, sabe?

  50. Velho eu to abismado… eu to numa correria aqui.. mas bati o olho no titulo… não consegui desgrudar… achei ótimo.. e ainda vc q escreveu o artigo sobre crises.. q aconteceu a mesma coisa… caralho não é td mundo q me prende assim.. se vc lançar um livro sobre qq coisa eu compro.. abraços

  51. Muito interessante realmente, olhar o planejamento de um escritório desse jeito. Realmente, existem coisas até piores em centros menores.

    Eu só discordo na parte em que O cliente ganha, pois compra um produto de R$ 120 mil e paga R$ 100 mil. Na verdade, o cliente compra um produto de R$ 100 mil, como ele quis, o problema dos 20 mil a mais é da falta de organização do trabalho, e isso custa, as vezes muito.

    Muito bom.
    =]

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