Importante iniciativa reúne dados sobre os diversos filtros em todo mundo, mostrando quão “livre” é a rede em quatro mapas distintos.
Interessante observar que alguns são indesejáveis, como o filtro sobre política.
Afinal, a liberdade de expressão ganhou outro tom, cor e voz com o advento da grande rede, desbancando ou no mínimo abalando a supremacia das grandes corporações de mídia em todo o mundo.
O filtro político
Mas há outros muito desejáveis, como os filtros contra pornografia infantil, por exemplo.
São quatro tipo de mapas que dão um extenso número de variáveis a serem interpretadas. Há textos acompanhando os dados por continente.
E ainda muitos dados a serem coletados.
Aferir a liberdade da grande rede é fundamental, pois expõe, por exemplo, casos como os da situação atual do Irã, onde o Twitter se tornou ferramenta de questionamento e pressão internacional através da comunicação oficial do candidato derrotado às eleições.
Outro exemplo de boa análise é a auto-censura que acaba sendo imposta por perseguições a manifestações dissidentes, caso de Cuba, segundo a pesquisa. Vale ressaltar que a conectividade de Cuba só não é maior também pelo embargo mantido criminosamente pelos EUA desde a revolução popular – que se tornou comunista justamente devido ao embargo.
O que eu não vi contemplado na pesquisa é a manipulação da mídia digital pelas grandes corporações e os choques através das notícias da emergente mídia social.
E como os anunciantes, antes grandes influenciadores das pautas, lidam com este novo cenário.
Algo a ser debatido por quem se interessa pela comunicação de hoje e amanhã. [Webinsider].
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Klaus Denecke-Rabello
Klaus Denecke-Rabello (twitter.com/klaus2tag ) é consultor da 2tag.net, diretor de comunicação da AMIpanema, professor de comunicação digital da ESPM-Rio e consultor da campanha nacional de acessibilidade. Escreve blogs sobre desenvolvimento sustentável e filosofia e acredita no papel transformador das marcas.