24h online

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Antes da internet móvel, eu ficava em média oito horas por dia conectado. Agora, com o telefone celular, só não estou online enquanto durmo.

Tenho certeza que não acontece só comigo. Sei que o celular modificou o acesso à internet de muitas pessoas.

Diante do movimento gerado pela internet móvel, consigo visualizar dois perfis claros de usuários.

O primeiro, provavelmente pertencente à classe A e B, utiliza, assim como eu, a internet no celular como um complemento: acessa no carro durante o trânsito, esperando reuniões, em casa “durante a novela” etc.

Estamos falando de pessoas do meio corporativo, empresários, pessoas que gostam de tecnologia e que precisam ou querem estar conectados 24h por dia. Muito provavelmente esse cidadão possui um smartphone.

O segundo perfil tem a internet no celular como principal opção de acesso. Este usuário está disposto a navegar em uma interface “ruim”. Quer dizer, ruim para mim, mas para ele significa inclusão digital.

Afinal, há muitas pessoas que só possuem acesso à internet pelo computador em lan house, casas de amigos ou no trabalho. Para elas, o celular é a principal via de acesso, além de ser a única a que podem recorrer a qualquer momento.

Dia desses, ao chegar ao trabalho, pude observar o porteiro do edifício navegando no Orkut pelo celular. O aparelho não era dos melhores e a navegação, idem. Quer dizer… pergunte ao porteiro se ele concorda com a afirmação anterior.

Concordando ou não, a tendência é que essa interface “ruim” passe a fazer parte cada vez menos de nossas vidas. As projeções em relação às vendas de smartphones são bem animadoras, superando inclusive o número de computadores.

smartphones

Não precisamos ir muito longe para começar a sentir a mudança. Já podemos ver o lançamento de aparelhos cada vez mais amigáveis e (alguns deles) acessíveis.

Os aparelhos já nascem com esse propósito. O MotoCubo é um belo exemplo disso. Além de incentivar a compra por classes mais baixas, aparelhos como este também “convidam” os jovens a começarem a usar smartphones.

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É um movimento sem volta. Todo mundo sai ganhando com smartphones: usuários, operadoras e anunciantes.

Os usuários passam a ter um aparelho high-end a um preço mais acessível. As operadoras aumentam o seu ARPU. Prova disso são as diversas iniciativas que vêm realizando para incentivar a venda de smartphones.

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O crescimento nas vendas de smartphones tem como reflexo direto o crescimento do acesso à internet móvel. Chegará um momento em que todas as empresas, ou pelo menos aquelas que quiserem manter-se bem no mercado, serão obrigadas a investir na internet móvel.

Segundo especialistas entrevistados pelo Pew Internet, o celular será, em 2020, a forma primária de acesso à internet para a maioria das pessoas.

Os grandes portais já estão de olho. Todos eles estão presentes na internet móvel. E o mesmo acontece com alguns anunciantes.

Porém, ainda há muita gente e muitas empresas que precisa correr atrás. As construtoras, por exemplo, deveriam obrigatoriamente ter um site móvel, pois o seu “produto” tem tudo a ver com localização. E localização tem tudo a ver com o celular.

O futuro da internet móvel é promissor e seu presente já é bem interessante. Quem conseguir enxergar isso antes já terá vantagens competitivas. [Webinsider]

Marcelo Castelo (twitter.com/mcastelo) é sócio da F.biz e editor-chefe do blog Mobilepedia.

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3 respostas

  1. Olá Marcelo!
    Meu nome é Edson e estou no 4º período de um curso de Graduação Tecnológica em Gestão.
    Gostaria da sua opinião acerca da tendência de se usar o celular como meio de pagamento de contas e compras em geral em mercados, farmácias etc. Isso poderia consolidar o aquecimento das vendas de aparelhos mais sofisticados ou simplesmente beneficiaria o fornecedor/comerciante do comércio varejista?
    Grato!

  2. Oi Rafael, ainda é muito caro mesmo o custo de navegação. Mas este custo vem caindo, e não deve demorar muito, para que as pessoas tenham planos com valores fixo para navegar a vontade (assim como acontece na banda larga tradicional)

    Existem operadoras fora do país, onde o consumidor paga um valor fixo (alguns dólares) e pode navegar, falar e enviar SMS a vontade.

    Abraços,

  3. Parabéns Marcelo.

    Gostei do artigo por ser claro e objetivo. Esse movimento realmente é sem volta e muito novo, abrindo um leque enorme na área de web/mobile services.

    O único impasse que vejo, e que foi até alvo em cima de um projeto final de mobile onde dou aula, é que os custos de uma conexão de pacote de dados ainda são muito altos para uma classe C ou D. Não sei como o porteiro do seu artigo estava online mas acho que as operadoras precisam melhorar os preços ou criar pacotes mais acessíveis.

    Não sei qual a projeção do mercado ou estudos mas acho que essa inclusão digital mobile pode durar um pouco mais, principalmente para smartphones que não tenham wifi ou bluetooth para conexão.

    Você tem alguma informação sobre isso?

    Abraços

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