Reter um cliente antigo custa menos do que conquistar um novo. Vale a pena investir esforço nisso, pois são eles, os clientes que estão na casa, que ajudam a formar e fortalecer a percepção da marca lá fora, sustentados naquela que é a mais poderosa ferramenta de comunicação: a reação espontânea da satisfação com o produto ou o serviço adquiridos.
Regra válida também para a insatisfação: como humanos, reagimos e compartilhamos mais nossas experiências ruins do que as boas, e isso com muito mais pessoas. Frequentemente passamos adiante mais o que nos incomoda do que o que nos dá prazer, satisfação e plenitude. Somos assim, como humanos. Não seríamos diferentes como consumidores.
Diante disso, é espantoso ver a quantidade de empresas que, focando apenas na conquista do novo cliente, esquecem-se de cuidar dos que já atendem. Esforçam-se na abertura de novas torneiras, porém esquecem-se de fechar o ralo. O resultado? Equipes de vendas saturadas, angustiadas pelo esforço hercúleo que precisam empenhar a cada mês para repor a quantidade de dinheiro que mantém a empresa.
E naturalmente, uma alta rotatividade, que não raro zera a informação de relacionamento da empresa, já que poucas são aquelas que levam a sério, e com sucesso, programas que preservem informações do cliente além do dia do vencimento da sua fatura ou do seu contrato.
Quando o vendedor vai embora, com ele vai a informação. Não raro, a carteira. Vender é um processo de relacionamento. Estruturas físicas inquestionáveis representam apenas o hardware nessa história. É preciso cuidar do software: as pessoas e a forma como a informação é preservada.
Vender, hoje, vai muito além das batidas etapas de obtenção da atenção do cliente, da identificação dos seus interesses, da apresentação do produto, da criação de desejo e da efetivação.
Recordar-se do cliente apenas no dia do vencimento da fatura ou do contrato mostra que o foco não está nele, mas apenas no caixa. Porém é a existência de clientes – novos ou antigos – que mantém o caixa cheio. Manter a comunicação ativa durante os outros períodos é a base do processo de relacionamento, que bem conduzido, preserva o encantamento. Afinal, quem é que gosta de ser lembrado apenas na hora de pagar a conta? [Webinsider]
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Eduardo Zugaib
Eduardo Zugaib (falecom at eduardozugaib.com.br) é profissional de comunicação, escritor e palestrante motivacional. Sócio-diretor da Z/Training - Treinamento e Desenvolvimento.
Uma resposta
Espanto-me frequentemente quando leio ou ouço promoções de empresas com as quais tenho algum vínculo, com o intuito de angariar novos clientes. Os planos ofertados são melhores do que a continuidade do meu, ou mantêm a promoção que “era válida apenas por uma ano”. O que me leva a perguntar: por que continuar? Não é melhor encerrar o meu e começar outro? Afinal, qual o incentivo à “fidelidade”? Por isso, acho o tema do artigo muito pertinente. As empresas deveriam refletir sobre isso e mudar de postura.