O longo caminho entre o empreendedor e o investidor

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Talvez desde a época das lendas do Eldorado, pegadinha mitológica que inventou toda uma cidade feita a ouro no coração da América, o nosso continente não fazia brilhar tanto os olhos dos estrangeiros. Mas agora, nosso ouro é outro – o empreendedorismo.

A América Latina está vivendo um ótimo momento com diversas startups propondo modelos de negócios inovadores e conquistando novos mercados. Investidores do Vale do Silício, nos Estados Unidos, estão de olho nas iniciativas dos seus vizinhos latinos.

O Chile, como era de se esperar, criou um programa para atração de startups de nível mundial. A Colômbia tem se destacado com exemplos de startups para internet. E o Brasil não fica para trás.

Em agosto, o Governo Federal anunciou a criação de um fundo de investimento para startups que deve aplicar R$ 486 milhões em empresas de tecnologia até 2015. A medida é uma excelente notícia para milhares de empreendedores que possuem modelos de negócios promissores e que já alcançam destaque no mercado, mas que têm dificuldade em encontrar meios para firmarem parcerias com grandes investidores e expandirem o seu empreendimento.

Segundo a pesquisa Global Entrepreneurship Monitor 2011 (GEM), o Brasil possui 27 milhões de pessoas envolvidas em um negócio próprio ou na criação de um – fica atrás apenas da China e dos Estados Unidos. De acordo com o estudo, desses 27 milhões de empreendedores brasileiros, mais da metade, 14,4 milhões, têm entre 25 e 44 anos.

O que tenho percebido através da minha experiência na Endeavor, que é uma fomentadora para o empreendedorismo de alto impacto, é que muitas vezes, o que falta é alguém que apoie o empreendedor para potencializar as qualidades que o seu negócio já possui, além de colocá-lo em contato com outros empresários com os quais possam compartilhar conhecimentos sobre as possibilidades do mercado.

A receita para uma startup de sucesso é parecida à de um livro best-seller. Ter uma boa ideia é fundamental, mas sem alguém que queira levá-la adiante, uma editora que encare publicá-la, essa ideia pode morrer na gaveta e não chegar ao público – e uma das tarefas mais difíceis é fazer com que tal encontro aconteça.

No ramo de startups, empresas ainda em fase de desenvolvimento, a situação é bastante parecida. Ao contrário do que muitos pensam, existe um longo caminho entre o empreendedor, com seu modelo de negócio, e o grande investidor, que possui o capital para tornar o empreendimento um caso de sucesso.

Manter uma rede contatos aquecida é fundamental para startupers em busca de investidores. Diversas boas parcerias surgem através de encontros, seminários e rodadas de negócio para empreendedores. Além disso, mesmo que o grande investidor não apareça, esses eventos podem ser boas oportunidades para trocar experiências, erros e sucessos com outros empresários, além de conferir visibilidade ao seu projeto.

Afinal, não é só o investimento financeiro que vale para um empreendedor. Uma rede de contatos bem estruturada serve para dar destaque a projetos bem sucedidos, o que pode inclusive inspirar outros investidores e estimular novos negócios.

Atualmente, com o empreendedorismo em voga, são cada vez mais frequentes os encontros para estimular empreendedores e disseminar boas práticas em negócios. O núcleo das discussões também se ampliado para além do eixo Rio-São Paulo, e Minas Gerais, que é um celeiro para novas empresas, sobretudo para negócios digitais, vem conquistando mais espaço.

Para os mineiros, que carregam talvez injustamente o estereótipo de discretos, é hora de ousar e colocar na mesa projetos que há um bom tempo vêm conquistando o mercado e mostrando que há muitas ideias geniais esperando para alçar voos mais altos. [Webinsider]

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Rodolfo Zhouri é coordenador do escritório em Minas Gerais da Endeavor.

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