Carreira: o inglês funcional versus a fluência no idioma

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De acordo com os critérios utilizados por exames internacionais de proficiência, aos quais estudantes do mundo inteiro são submetidos com o intuito de mensurar seus conhecimentos na língua inglesa no que se refere a falar, ouvir, escrever, ler e gramática, é considerado fluente aquele que consegue com desembaraço se comunicar em quaisquer circunstâncias utilizando vocabulário apropriado.

Adquirir fluência exige anos de estudo dentro e fora do ambiente de sala de aula. E é inegável que nem todos têm condições financeiras de pagar cursos de qualidade, mas com o desenvolvimento das tecnologias no ambiente da internet esse argumento perdeu força diante da disponibilidade de cursos de inglês online.

E aí é importante fazer a diferenciação entre o inglês funcional e a fluência.

Distinção entre inglês funcional e a fluência

O inglês funcional é aquele que se traduz na capacidade de se comunicar tecnicamente com um interlocutor mediante o uso de linguagem técnica da área específica de atuação (seja mediante a escrita ou a fala) – sem que a pessoa seja capaz de discorrer com profundidade sobre nenhum outro tema.

Ou o inglês técnico (como também costuma ser chamado no mundo corporativo) pode ser considerado a capacidade de leitura de textos com um nível mínimo de entendimento em decorrência de um vocabulário razoável e conhecimento regular da estrutura gramatical da língua inglesa.

Apesar das limitações, essa capacidade restrita abre horizontes para as pessoas: as universidades mais renomadas do mundo oferecem cursos gratuitos de reciclagens profissionais, que se tornam acessíveis àqueles que dominam razoavelmente o idioma inglês. E as possibilidades não param por aí.

Imaginem médicos em busca de textos a respeito de novas descobertas no tratamento de diversos tipos de doenças. O inglês funcional permite a compreensão básica do conteúdo e a busca pelo aprofundamento do conhecimento mediante outras fontes de leitura. O acesso às revistas científicas, em sua maioria na língua inglesa, é o ponto de partida.

O inglês funcional permite a inserção de pessoas com menores níveis de oportunidade e qualificação em um mundo extremamente interligado, que derrama sobre as pessoas um volume enorme de informações e conhecimento. Essa maior acessibilidade provoca não apenas a ascensão de pessoas a postos melhores no mercado de trabalho, mas especialmente um grau maior de cultura ou entendimento da realidade que os cerca.

Já a fluência, na maioria das vezes, é fruto de oportunidades de estudo de qualidade seguidas de uma experiência cultural complementar em um país de língua inglesa. Nesse patamar, a pessoa é capaz de, sem embaraço, se comunicar em inglês e opinar com profundidade a respeito de quaisquer temas. As portas, literalmente, se abrem.

As pessoas têm a oportunidade de trabalhar em empresas multinacionais sediadas no Brasil ou até no exterior, além da possibilidade de buscarem oportunidades educacionais nas mais prestigiadas universidades do mundo nos seus segmentos de atuação.

Vale ressaltar que, frente ao fraco desempenho geral da população brasileira no idioma inglês, que é tornado público com frequência pelos meios de comunicação, esses profissionais recebem remunerações muito acima da média do mercado.

Considerações finais

A possibilidade de estudar idiomas ou de fazer cursos de atualização profissional mediante a utilização de ferramentas de ensino presentes na Internet desempenha um papel crucial na democratização do conhecimento.

A abundância de informações disponíveis online (livros em formatos digitais a preços mais acessíveis, apostilas gratuitas elaboradas por professores de inglês, notícias de jornais prestigiados, etc.) vem permitindo que qualquer pessoa com o mínimo de determinação tenha acesso a um mar de dados que, se devidamente selecionados, pode se tornar conhecimento com efeito transformador bastante relevante.

As facilidades mencionadas, ocorrendo paralelamente a esforços das autoridades no sentido de promover parcerias entre escolas públicas e instituições de ensino de idiomas privadas, podem desaguar em uma população em geral caracterizada por índices de qualificação muito superiores aos atuais – com consequências substanciais no longo prazo na produtividade, renda per capita e no produto interno bruto do Brasil. [Webinsider]

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Artur Salles Lisboa de Oliveira é especialista em Escrita Criativa pela Universidade da California Berkeley. Twitter @artur_slo.

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