Moto G e Android: o primeiro mês

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Comecei a usar o Moto G no dia 24 de novembro de 2013, ali mesmo dentro da Fnac onde o adquiri. Já havia passado na Claro e alterado o meu SIM Card nano (do iPhone) para um mini. Nada de adaptadores! Queria uma experiência de usuário iniciante e sem possibilidade de migrar de volta para o iOS. É claro que a confusão se instaurou na minha mente entre o shopping, caminho feito de metrô e algumas horas depois — dias, eu diria! — na minha casa.

Se não tivesse optado por uma migração radical, acredito que nunca teria experimentado o Android de verdade. Era preciso uma imersão para ajustar meu livro à realidade deste sistema. Deu certo! A segunda edição do Organizando a vida com o Evernote® foi concluída e enviada para as lojas com muito mais material relativo ao Android.

E agora?

Continuarei usando o Moto G por mais algum tempo, pois falta ainda a atualização do Planejando viagens com o Evernote@. Confesso que quase me adaptei ao sistema depois de ter usado o aparelho por mais de um mês, incluindo os 17 dias no Equador, e ter sobrevivido sem maiores traumas. Não estou 100% satisfeito por uma série de pequenos detalhes que listarei abaixo.

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O Moto G

Apesar da carcaça feita de plástico, o aparelho passa a impressão de muito bem acabado e resistente. Tenho usado ele como veio ao mundo. Sem capa ou película e tem sobrevivido muito bem. A tela, aliás, é muito boa. Grande o suficiente sem ser um tablet.

No topo, ao lado do fone e dos sensores, há um led que adorei. Pisca discretamente sempre que há novos alertas. Imitação do que mais gostava na época do meu BlackBerry. Era, em minha opinião, o ponto forte daquele aparelho que sempre detestei em virtude das suas limitações.

O áudio do Moto G é horrível. A “caixa de som” fica na parte traseira do aparelho e seu máximo parece o mínimo do iPhone 5. O mesmo vale para a câmera. Apesar dos 5 megapixels, não tem qualidade comparável a muitos aparelhos com menos megapixels. O controle de cores, brilho e branco é péssimo.

Experimentei dezenas de aplicativos para fotografia tentando obter alguma qualidade nas imagens e o melhor que consegui foi o Instagram e seus filtros que escondem a imperícia do fotógrafo ou da câmera. Muita saudade do meu iPhone e lentes Olloclip! Já o fone de ouvido é tão camelô que nem precisaria ter vindo junto.

OK, chega de falar mal!

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As qualidades

Há sim itens interessantes nele. Se pudesse levar uma só coisa para o meu iPhone, seria a bateria.

Não tenho conhecimento técnico suficiente para entender o que acontece, mas mesmo com muito mais alertas ligados e abuso dos serviços de geolocalização, a bateria dura infinitamente mais.

O aparelho funciona tranquilamente de 7:00h às 23:00h ou 24:00h com uma só carga. Não é possível removê-la, mas com essa duração, quem precisa de duas?

Um detalhe sutil ao estilo Apple é a logo da Motorola na parte traseira do aparelho dentro de um espaço côncavo para onde sempre escorre um dos meus dedos.

O meu veio com a capa traseira preta e mais outras três: vermelha, amarela (verde?) e branca. A Motorola vem fazendo propaganda das tais capas Shell, pelas quais me interessei, mas até agora não encontrei em lugar algum para comprar.

O Android

Quando no metrô no caminho entre a Fnac e a minha casa no dia da compra, percebi que uma das coisas que detesto no Android é a versão modificada pela Samsung. Tenho um Galaxy Tab II e já testei alguns telefones da empresa e nunca me adaptei à confusão que aprontaram no Android.

O Moto G é limpo e com interface simples de usar e entender. Apesar disso instalei o Launcher Nova recomendado pelo Gordo Geek, que acredito vai durar só até o upgrade para o KitKat. Pelo que vi em vídeos e imagens pela Web, os recursos que gosto do Nova estão todos no Launcher do novo sistema Android. A propósito, onde está o KitKat?

Apps defasados

E por falar em sistema operacional, sinto falta de muita coisa. De detalhes básicos como tirar fotografias usando o botão de volume até aplicativos ausentes. Isso sem mencionar iCloud, PhotoStream, iTunes Match etc. Os Apps que mais uso estão todos lá, mas a maioria em versões defasadas em relação ao iOS.

O conjunto Evernote é um deles. No Android o carro chefe da empresa me lembra em recursos a versão que existia no sistema da Apple há alguns anos. Editar Notas formatadas, por exemplo, é muito complexo e ineficiente. O Hello está também atrasado enquanto o Food e Skitch estão mais próximos ao que se vê no iPhone. Mas de acordo com Phil Libin isso vai mudar em 2014. Por outro lado os Widgets da Evernote dão um show impossível de se reproduzir no iOS.

Gosto do sistema de alertas que me parece mais discreto e eficiente que o da Apple. Mas imagino que isso seja uma característica do Android usado no Moto G. Já o Google Now assusta mais que agrada. A ideia é interessante, mas acredito que venho de uma geração que não gosta muito de sistemas tentando adivinhar o que o usuário deseja.

Compartilhamento

Por fim, o tal sistema de compartilhamento de arquivos do Android tão elogiado por tanta gente, em minha opinião, é uma grande confusão. Um bom exemplo é o compartilhamento do Dropbox. Há uma lista gigante de aplicativos possíveis, mas não é permitido enviar fotos para muitos deles, inclusive, pasmem, o Instagram!

É preciso fazer o caminho inverso ao estilo iOS. Entrar no Instagram e de lá abrir as fotos que estão no Dropbox. E isso acontece com bastante frequência com outros aplicativos. A lista de compartilhamento aparece sempre como universal, mas não envia para todos os lugares.

E assim são vários detalhes do sistema operacional. Há muita coisa que funciona de um jeito em um lugar e de outro em outra parte. Não existe a consistência do iOS onde o que pode, pode em toda parte e o que não pode, não pode e pronto.

Assist

Outra característica do Android no Moto G que gostei foi o Assist. Imita recurso similar no iOS, mas com um detalhe interessante. Além de estipular um intervalo de horas para o “não perturbe” na madrugada é possível configurar o Assist para entrar neste modo no intervalo de tempo dedicado as reuniões que estão marcadas no calendário. Isso é muito interessante. Nunca preciso colocar o telefone no silencioso quando começa uma reunião. Nota 10!

Por enquanto é isso. Depois escrevo mais sobre esse experiência… [Webinsider]

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Vladimir Campos é escritor. Veja mais sobre ele.

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