Como vimos nos artigos anteriores (ao lado), a tecnologia webservices foi criada há cerca de três anos por um consórcio de empresas, com o objetivo de desenvolver uma solução flexível e multiplataforma que permitisse a aplicação dos conceitos da Arquitetura Orientada a Serviços, ou SOA.
O conceito base da Arquitetura Orientada a Serviços é o desenvolvimento de sistemas e aplicações que reflitam os processos de negócio da empresa, de modo que cada etapa esteja encapsulada de forma independente e os componentes se comuniquem através de controladores de disponibilidade, de requisição e de entrega.
Apesar das idéias do SOA estarem bem definidas desde o início dos anos 90, as premissas da Arquitetura Orientada a Serviços vinham sendo adotados apenas parcialmente, focando apenas no âmbito interno das organizações devido à dificuldade de implementação dos conceitos de independência de localização e de flexibilidade dos dados.
Por esse motivo, havia grandes dificuldades para desenhar arquiteturas de sistemas simples que adotassem o SOA. A tecnologia dos webservices é a primeira com potencial para catalizar a implementação do SOA em ambientes de múltiplas organizações.
Enquanto o SOA tem como fim realizar uma tecnologia neutra (independência de plataforma, linguagem de programação e framework), com independência de localização, informações interoperáveis e distribuídas de forma flexível através do ecossistema das organizações, os webservices são definidos como um conjunto de padrões (SOAP, UDDI, XML, …) integrados para atingir tal fim.
Web Services e SOA se encaixam perfeitamente. A habilidade de encapsulamento de regras de negócio de qualquer granularidade e a natureza dos webservices formam o cenário tecnológico ideal para os criadores do SOA.
Em uma situação ideal do SOA, os webservices podem predefinir e normatizar funções de negócio em um único servidor de aplicações, permitindo fácil acesso para qualquer outro webservice autorizado componente de aplicações de clientes e fornecedores.
Webservices podem também suportar efetivamente os processos de SOA, nos quais os serviços são o resultado em tempo de execução, de uma composição de interações entre os diversos componentes/aplicações existentes.
O principal benefício é o reaproveitamento dos sistemas legados da empresa, sem a necessidade de reescrever uma única linha de código já existente. Ficam disponíveis para a empresa as informações existentes nos legados, a um custo inimaginável alguns anos atrás. [Webinsider]
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Tarcila Steter, autora deste artigo, complementa o workshop Webservices: integração como palavra–chave no dia 15 de novembro, dentro da programação dos Cursos Webinsider.
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