Branding: de volta à taba, mas de outra maneira

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Paulo Alexandre Ignácio

Desde o início das civilizações os homens se organizam em grupos para garantir sua existência. Nestas organizações, a divisão de tarefas possibilita a construção de abrigos seguros, facilita a obtenção de alimentos e também melhora a capacidade de defesa em relação às ameaças dos animais e até de grupos inimigos. Podemos chamar de tribos a este tipo de organização, que segue os mesmos critérios de organização dos povos indígenas brasileiros.



Com a evolução das sociedades e, por fim, a disseminação da televisão – maior canal de mídia de massa do mundo – a sociedade perdeu um pouco esta característica de organização regional e passou a compartilhar conceitos e idéias disseminadas num raio de ação muito grande. Acontecimentos, idéias e até marcas e produtos passaram a ser mundialmente famosos e conhecidos. É a famosa sociedade de massa.



A década de noventa e o início do século XXI – com a evolução dos meios de transportes e de comunicação interativos – estão mudando esta realidade. É possível conhecer pessoas de qualquer lugar do mundo com certa facilidade e com isso se organizam pequenos grupos. Tribos, como no início dos tempos.



Estas tribos de agora não se organizam da mesma forma. Não há mais a necessidade de reunir povos em habitações próximas, com o objetivo de prover alimentos e defesa em conjunto. O que está em questão agora é a afinidade, o estilo de vida, as crenças e os valores de cada um.



Vemos hoje pessoas que nem sequer cumprimentam seus vizinhos, mas falam diariamente – e até se encontram com certa freqüência – com amigos ao redor do mundo.



Podemos até ir além. Pessoas dos mais diversos pontos do planeta chegam a manter contato constante e se sentirem íntimas, mesmo sem nunca se encontrarem no mundo real.



Esta nova forma de convivência altera o cenário cultural e comercial do mundo. Com esta transformação mudam as estratégias de marketing e, conseqüentemente, as estratégias de construção de marcas das empresas. Principalmente as de alcance mundial.



No futuro não veremos mais marcas mundialmente conhecidas, como Coca–Cola e McDonalds. Teremos marcas com extremo valor dentro do seu segmento de atuação (sua tribo) – como Quicksilver para os surfistas e Reef para skatistas – e totalmente ignoradas para quem não faz parte da respectiva tribo.



Não que Coca–cola deixará de existir (de maneira nenhuma quis afirmar isso), mas disseminará seus produtos de forma diferente para cada tipo de público identificado e não mais com campanhas que têm o objetivo de alcançar 100% da audiência.



Os novos tempos nos incentivam a ser mais inteligentes e ágeis. É um desafio que devemos aceitar e encarar como um privilégio poder participar deste processo de mudança.



Quanto mais tivermos a facilidade de enxergar este tipo de mudança, maior será a possibilidade de construir o sucesso de nossas empresas e mesmo aproveitar a vida de uma forma geral, pois estaremos sempre à frente de nosso tempo e com chances de tirar da vida o melhor que ela pode nos proporcionar. [Webinsider]



Artigos de autores diversos.

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