A parte mais evidente da web 2.0 são os sites de conteúdo gerado pelo usuário, como Youtube e Flickr. No entanto, sabemos por definição que web 2.0 aproveita a inteligência coletiva, mesmo sem a participação implicita do usuário.
Mas e a participação não-explícita do usuário, como podemos aproveitá-la?
Como podemos aproveitar a participação de 100% dos usuários de um site, e não apenas daqueles que estão entre os 1% que colaboram explicitamente?
É mais ou menos isso que pretende ensinar o novo livro de Toby Segaran, Programming Collective Intelligence, publicado pela O?Reilly Media, apresentado por Tim O?Reilly.
O Google aproveita a contribuição implícita que há em cada página que indexa, sendo cada link para outra página um voto que contribui para definir a relevância daquele conteúdo. Os desenvolvedores não precisam contribuir explicitamente com o Google, basta cada um fazer seu site naturalmente, linkando para as páginas que considera relevantes para seus leitores, que o algoritmo saberá aproveitar a contribuição.
A Amazon aproveita a contribuição implícita de cada compra, através do mecanismo que descobre que “quem compra isso, compra também”. O Flickr também tem seu algoritmo que descobre quais fotos são “mais interessantes” através da contribuição implícita dos usuários.
Já o Digg utiliza a contribuição explícita dos usuários (votos) para definir qual link deve aparecer na primeira página (e também um algoritmo para evitar fraudes).
Web 2.0 é muito mais que UGC
É interessante como o termo Web 2.0 envelheceu mas ainda não é clara a percepção da diferença entre “aproveitar a inteligência coletiva” e conteúdo gerado pelo usuário, o UGC, de User Generated Content.
Quando a revista Time escolheu “você” como personalidade do ano, mostrou claramente a contribuição explícita dos usuários que fazem a web 2.0, mas não mostrou os tantos sites que tiveram a genialidade de extrair significado dos dados gerados de maneira passiva pelo usuário para tornar o software cada vez melhor quanto mais é utilizado.
Veja o o índice do livro para perceber o quanto há de assunto interessante do ponto de vista de programação de sites web 2.0, muito além de UGC e Ajax.[Webinsider]
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Gilberto Alves Jr.
Gilberto Jr (gilbertojr@gmail.com) tem experiência no mercado digital como designer de produtos, fundador de duas startups, gerente de projetos em agências digitais e gerente de produto no Scup. Agora procura um novo desafio. Veja mais no Linkedin.
2 respostas
Muito boa dica Gilberto!
Acho que é mais ou menos uma convergência entre Web Analytics e Gestão On-line.
Definindo regras de negócios baseadas em behaviorals, o site, a loja, o formulário, ganha vida, quase que como se tivesse funcionários trabalhando.
Inteligência pura… só que automatizada. 😀
Já estou procurando o livro pra comprar….
Abraço!
Precisamos descobrir, assim como Youtube, Digg e Google descobriram, a forma implícita de utilizar a inteligência coletiva do usuários.
Analisar, estudar gráficos e estatísticas podem contribuir para que o caminho que os usuários podem percorer sejam descobertos e aproveitados.
Cada nicho tem sua tem seu público e cada público tem sua forma de interagir e também colaborar.