Internet ajuda a decidir a eleição norte-americana

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A poucos dias para o término da corrida à Casa Branca, a disputa entre democratas e republicanos entra em sua reta final.

Embora o candidato Barack Obama esteja ligeiramente à frente de John McCain em todas as pesquisas de intenção de voto, ainda é difícil apostar quem saíra vencedor. É pensando nisso que ambos os partidos apostam na internet a fim de atrair o eleitorado indeciso, um trunfo que pode decidir a eleição em um País onde 48% dos jovens registraram a intenção de ir às urnas no próximo dia 4 de novembro.

É bem verdade que nos EUA o uso da internet em campanhas não é nenhuma novidade. No entanto, nas eleições deste ano, a internet ganhou um ritmo e um impulso diferente com uso de recursos da web 2.0.

Obama, o precursor desse movimento, apostou forte na interatividade. E por isso venceu a disputa pelo eleitor internauta. Especialmente nas prévias, foram destaques os envios diários de e-mails personalizados, pedidos de ajuda financeira e conteúdos motivacionais para voluntários. Mas a onda Obama não seria nada se não tivesse dado aos internautas a chance de participar ativamente da campanha virtual, enviando vídeos, mantendo blogs, discutindo ações e mobilizando mais pessoas a favor do democrata.

O republicano McCain, por sua vez, demorou muito para investir na internet, permitindo que Obama tomasse à frente também na divulgação online. Por meio das ações interativas, ele conquistou um verdadeiro exército de eleitores jovens e de admiradores estrangeiros, todos empolgados em militar a favor de sua moderna campanha. Sem entrar no mérito do conteúdo, a forma de comunicação é realmente uma mudança que pode definir quem será o homem mais poderoso do mundo.

Não é à toa que a internet foi alvo dos candidatos. As eleições primárias registraram um crescimento de mais de 100% na participação de eleitores entre 18 e 29 anos, em comparação com o pleito de 2004.

Outro dado importante é que a cada quatro eleitores, um é jovem. E a realidade é que esse público passa a maior parte do dia conectado, assistindo vídeos online como os do Youtube, utilizando redes sociais como o Orkut e o Facebook, e lendo blogs e sites de notícias. Em um país onde a penetração dessa mídia atinge mais de 90% dos lares, não dava mesmo para deixar de lado a web.

Se levássemos em consideração apenas os votos da Geração.com, formada por pessoas com até 30 anos, Obama seria eleito por 61% dos votos, enquanto McCain ficaria com apenas 32% da preferência, de acordo com pesquisa divulgada no início de outubro pelo USA Today/MTV/Gallup. Caso Obama vença nas urnas, os EUA poderão ser a primeira nação da história a ter um presidente 2.0. [Webinsider]

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<strong>Moriael Paiva</strong> (moriael@talkinteractive.com.br) é publicitário e diretor executivo de criação da <strong><a href="http://www.talkinteractive.com.br" rel="externo">Talk Comunicação Interativa</a></strong>.

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2 respostas

  1. Pois é Moriel, primeiramente parabéns pelos dois post, referentes as eleições americanas. Um verdadeiro primor na informação e, certamente, uma bússula aos políticos para as futuras eleições.
    Infelismente, no Brasil, os políticos e seus assessores precisam quebrar a barreira da falta de conhecimento e menosprezo ao potencial desta facinante mídia. Como não bastasse, a Justiça Eleitoral carece de auxílio para melhor entender e definir as regras do uso da Internet para as campanhas.
    Guardadas as devidas proporções, a comparação das eleições americanas com as eleições municipais brasileira, deixou claro o atraso, que em tempos remotos era tecnológico, hoje se apresenta pela mentalidade e postura em privilegiar o status quo.
    O recado foi dado e não adianta remar contra a maré. A geração Web 2.0 (beta) está aí, ao se tornar alfa com futuras versões quem vai resistir?

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