Máquinas ajudam a vender no varejo

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Segundo dados da Federação do Varejo dos EUA (National Retail Federation), as lojas norte-americanas gastam US$ 34,5 bilhões por ano com tecnologias criadas especificamente para o varejo. Este ano, com as substituições previstas de sistemas antigos, esse valor deve ser ainda maior.

Alguns funcionários vêem as novas tecnologias do varejo como uma ameaça aos seus empregos — como a grande variedade de sistemas de auto-pagamento nos caixas. Outros aparelhos parecem facilitar a vida dos vendedores, como localizadores eletrônicos de produtos e PDAs com tabelas de preços. Mas é fato que o número de empregos em alguns setores do varejo está diminuindo, e a alguns analistas apontam a evolução tecnológica como um dos fatores responsáveis.

Porém as empresas dizem que reduzir a força de trabalho não é o principal objetivo das inovações tecnológicas.

Na loja de rede Macy’s, em Arlington (estado da Virgínia), o gerente Paul Gassner diz que precisou contratar mais funcionários quando a loja implementou um sistema eletrônico de localização de sapatos no departamento de moda feminina. O sistema agilizou as vendas devido à economia de tempo na localização das mercadorias.

Um dos maiores sucessos na automatização do varejo é o auto-pagamento. Nos EUA, o setor varejista investiu US$ 380 milhões na implementação de unidades de pagamento self-service em 2006. A previsão era que esse investimento chegaria a US$ 457 milhões em 2007.

Porém, investir em sistemas de auto-pagamento não é sinônimo de retorno financeiro para o lojista. Nos EUA, o custo médio de cada máquina é de US$ 21.000, e o equipamento tem vida útil de 5 anos. Em comparação, uma máquina convencional de caixa custa US$ 4.000 e tem uma vida útil mais longa. Nos Estados Unidos, as máquinas de auto-pagamento costumam ficar reunidas em grupos de quatro, com um funcionário encarregado de supervisionar o funcionamento. Além do custo, há a preocupação com furtos. Em algumas lojas, o funcionário não apenas ajuda como também vigia os consumidores. Em alguns supermercados, os caixas self-service têm balanças para checar o peso das sacolas.

Os analistas do setor dizem que para as empresas, o maior apelo é a possibilidade de remanejar os funcionários da loja para outras tarefas, dando aos varejistas maior flexibilidade de usar a mão-de-obra onde ela for mais necessária.

Uma grande tendência são os sistemas que dão mais informações sobre produtos e preços, auxiliando os consumidores durante as compras.

Um bom exemplo é o quiosque interativo. Através de uma tela de toque, o cliente pode pedir informações a um especialista sobre os equipamentos necessários para montar um home-theater ou como criar uma rede sem fio de computadores em casa, ou qual a melhor barraca para três pessoas em um acampamento.

A NRF estima que no futuro próximo, os consumidores poderão pagar suas compras através de um único toque na tela, que associará a impressão digital a um cadastro da loja ou conta de débito.

Outra tecnologia que parece destinada ao sucesso são os “espelhos virtuais” em lojas de roupas. Combinando espelhos com computadores e projetores, o sistema permite que o consumidor veja uma imagem da roupa desejada projetada sobre seu reflexo no espelho. Assim, “experimentar” uma roupa será muito mais prático.

Um consenso entre os gurus de tecnologia e os especialistas em tecnologia do varejo é que todas essas inovações sempre vão depender da presença humana, de um vendedor ou lojista que auxilie no processo de compra, aliviando o temor que muitas pessoas sentem diante de novas tecnologias. O elemento humano é a chave para o sucesso da loja high-tech. [Webinsider]

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Sergio Kulpas (sergiokulpas@gmail.com) é jornalista e escritor.

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