E lá se foi mais um ano

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Sem dúvida 2008 ficará marcado como um ano histórico para a publicidade online no Brasil: pela primeira vez os investimentos em internet ultrapassaram os de TV por assinatura, o mercado continua batendo recordes de crescimento a cada mês e mais e mais a web firma-se como fundamental dentro de um plano de comunicação.

Agora, ela enfrenta seu maior desafio, ao ter pela frente sua primeira grande crise financeira após o estouro da Bolha.

Mas quem foram os grandes vencedores e perdedores de 2008? Quais os destaques desse mercado, o que ficou gravado em nossa memória e o que cairá no mais absoluto esquecimento?

TV digital

O quê? Quando? Onde? Sem dúvida o grande fiasco do ano. A Gradiente, que esperava vender sozinha mais de 500 mil conversores em 2008 chegou a 70 mil apenas. Sem o apoio do governo e o comprometimento das emissoras, o que poderia dar início a uma revolução foi na verdade um grande fiasco.

Mobile marketing

Vem se firmando como uma opção para anunciantes de vanguarda, em busca muito mais de mídia espontânea do que efetivamamente atingir uma massa significativa de clientes. Afinal, apesar dos mais de 140 milhões de aparelhos vendidos no Brasil, mais de 81% deles ainda são pré-pagos e apenas 3% da base são de smartphones.

O desafio para o ano que vem é a auto-regulamentação e a chegada da Mobile Marketing Association ao país, junto com a criação do comitê de Mobile Marketing do IAB Brasil, sinaliza um futuro brilhante ao celular como mídia.

Banners

Lá se vão 14 anos e ele ainda não morreu, contrariando todas as previsões…

Métricas

Um ano bastante positivo, com a chegada ao Brasil de novas soluções tanto de ad server quanto de web analytics. 2008 marca também a volta do IVC à mensuração de internet, num modelo diferente de sua primeira tentativa nos idos de 2002.

Agora está focado apenas nas edições digitais de seus membros e não mais de todo e qualquer site. O IVC é uma marca reconhecida e respeitada pelos anunciantes e agências e, sem dúvida, pode agregar muito ao meio interativo. Resta agora acompanhar a expansão do serviço e o interesse de mais veículos digitais (leia-se portais) de aderirem ao esforço.

Outro destaque é que tudo indica que em 2009 finalmente teremos o famoso Painel de Trabalho do Ibope, um clamor de todos os veículos desde sempre. Em 2008 também tivemos o lançamento do conceito de Engagement Mapping, uma nova forma de se medir e avaliar os resultados de campanhas digitais indo além do último clique. Minha expectativa é quem em 2009 a idéia se solidifique e mostre na prática o que parece tão bom na teoria.

Spam

Assim como os banners, não acabaram e não há sinal que isso vá ocorrer num futuro próximo. O mercado brasileiro de marketing direto tradicional insiste em defender a teoria do opt-out, onde o primeiro envio de mensagem é permitido, em vez do opt-in (ter a autorização dos consumidores antes de enviar qualquer mensagem). Esta é uma postura retrógrada e mostra o conservadorismo em defesa de padrões estabelecidos há anos, sem levar em conta que o consumidor mudou.

Redes sociais

As maiores audiências da internet ainda são um desafio aos marketeiros de plantão: como participar das conversas? Como acompanhar o que é dito sobre uma marca na web?

Do lado dos proprietários dessas redes, como transformar audiência em receita? Apesar de diversas tentativas, ainda estamos longe do modelo ideal ? tanto para anunciantes, quanto para os sites.

Search Engine Marketing (SEM)

Após a adoção das campanhas de links patrocinados, finalmente em 2008 o Brasil começou a abrir os olhos para a importância da otimização de sites (SEO ? Search Engine Optimization).

Em um mercado onde mais de 80% das pessoas que usam internet passam por um site de busca, estar bem posicionado na página de resultados é fundamental. Em um momento de crise, poder ter mais de 40% do seu tráfego oriundo de sites de busca, sem ter que pagar por esse clique, é um benefício que nenhuma empresa pode abrir mão.

O único revés ao segmento de SEM é em relação ao Projeto Intermeios, que continua sem medir os investimentos em links patrocinados. Se esses números fossem contabilizados, não haveria mais dúvidas de que a fatia do bolo publicitário destinada a internet é muito maior do que se diz.

Enfim, 2008 foi (mais) um grande ano e a crise financeira que nos cerca trará grandes desafios em 2009, mas também grandes oportunidades: mais do que nunca os anunciantes estarão de olho na rentabilidade e a mídia interativa pode ter sua grande (talvez maior) chance de provar seu valor e conquistar de uma vez a fatia que lhe é devida em investimentos publicitários, justificada pelos mais de 50 milhões de brasileiros que estão online todos os dias.

Feliz 2009! [Webinsider]

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Marcelo Sant'Iago (mbreak@gmail.com) é colunista do Webinsider desde 2003. No Twitter é @msant_iago.

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4 respostas

  1. Acho que a crise financeira atual é um desafio muito menor do que foi o estouro da bolha, quando o mercado de internet ainda era muito imaturo. Na verdade, acredito que a web pode se sair como a grande beneficiária e vencedora desse crise, já que muitas empresas tem buscado nela a resposta para melhoria de eficiência e novas oportunidades de negócio.

  2. Sim Sant?Iago, mas sempre quando vemos um viral (pelos menos o que fala a revista Época) de uma marca brasileira, ela foi alavancada por post pagos.

  3. Rodrigo, post pago em blog não tem nada a ver com ação em rede social. As agências já fazem isso em revistas e jornais há décadas, chama-se informe publicitário.

  4. Esse ano o crescimento e ações voltadas para mídias sociais cresceu muito, principalmente em blogs com venda de espaço em post e também a cada dias mais sites com conteúdo colaborativo nascendo e sendo bastante relevante para algumas marcas, um deles é o twitter.

    SantIago nesses 50 milhões que usa a internet todo dia, acredito que boa parte ainda está bem longe der ser impactado pelas às marcas.

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