Internet nas empresas

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O acesso à internet no ambiente de trabalho é uma questão de necessidade básica, está na base de uma espécie de pirâmide de Maslow profissional.

Se faltar luz no seu trabalho e você trabalhar em um andar alto, pode faltar. Existem também especificações técnicas nas leis quanto ao tamanho do banheiro, a largura das escadas, o tipo de iluminação, refeitório, etc. Mas ainda não apareceu nenhuma norma regulando o acesso à internet no trabalho. Está mais do que na hora e já que não tem nada tramitando, temos algumas sugestões.

Antes de tudo, o acesso a internet dever ser obrigatório em todas as empresas, seja através de estações privativas ou coletivas.  Já que o projeto do Al Gore que previa a criação de um e-mail nacional para todos os americanos desde o nascimento não fez coro, todos os funcionários de todas as empresas devem ter um e-mail para uso pessoal e profissional.

Deve ser facultado a todos o acesso da internet para uso livre, sem qualquer filtro de conteúdo.

Se o funcionário for maior de idade e tiver passado pelo processo de seleção da empresa, é de se supor que ele será responsável, consciencioso e dedicado. E como prevê a lei trabalhista,  as falhas nas suas tarefas profissionais são passíveis de punições e, em casos graves, demissão, com ou sem justa causa.

Fazer compras de supermercado, preencher seu perfil no Orkut, assistir um vídeo de sacanagem ou mandar mensagens de amor são práticas tão normais quanto ir ao banheiro na hora e pelo tempo que se quiser, colocar uma foto da namorada na mesa ou pendurar um bichinho no computador. A menos, claro, que as compras forem com o dinheiro da firma, o post no Orkut seja revelando segredos da empresa, o vídeo seja com menores e a mensagem de amor seja para uma colega casada.

Nesses casos, há falha profissional ou legal, mas a culpa não é da internet.

Se o funcionário se esconder no banheiro para não ir numa reunião, se a foto da namorada for a mulher do colega e o bichinho do computador for uma hello kitty, também há distúrbios perigosos no exercício da sua função.

Quanto à bisbilhotagem de navegação e comunicação, deveria ser permitida apenas por instituição terceirizada, de ilibada reputação, com respeito à privacidade e sigilo estritos dos investigados. Assim como é proibido fuçar na bolsa do próximo ou colocar câmera de segurança no banheiro, fuçar na vida digital alheia é feio, sujo e malvado.

Quem não concorda com nada disso, pode recorrer a uma alternativa: se tem internet, o acesso deve ser livre, irrestrito e privativo. Mas se não dá para ser assim (seja lá por que motivo ingênuo, ignorante ou torpe), então melhor banir a internet da empresa. Mais coerente, mais honesto e mais simples.

O autoritarismo é o avesso da internet. [Webinsider]
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Fernand Alphen (@Alphen) é publicitário. Mantém o Fernand Alphen's Blog.

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21 respostas

  1. É gozado como esse assunto entusiasma. E como o “entusiasmo” de alguns é revelador.

    Tenho muita curiosidade de investigar o historico e o bookmark dos pregadores exacerbados da moral no ambiente de trabalho…

  2. Não concordo com a sua posição Sr. Fernand Alphen, pois internet dentro de uma empresa é para assuntos comerciais.

    Se o funcionário quer acessar o seu e-mail pessoal, logar a uma conta de MSN pessoal ou Orkut, navegar por site pornográficos e outras questões mais, devem serem realizados em suas residências e/ou lan-houses e NUNCA DENTRO DE UM AMBIENTE DE TRABALHO.

  3. Perdoem-me pela falta de delicadeza, mas é impressionante como brasileiro tem uma visão extremamente simplista das coisas 🙁

    O que o Fernand propõe não é uma anarquia geral, um descontrole pleno do acesso à Web nas empresas (que eu também concordo que precisa de limites), ele busca justamente um MEIO-TERMO. A queixa dele, ao meu ver, é contra a mentalidade cartesiana que a maioria das empresas adota, de botar uma muralha gigantesca entre o profissional e o pessoal (o princípio de que entrar no Orkut e no Twitter no local de trabalho é errado porque os funcionários não estão sendo pagos para fazer isso).
    Em plena era da Web 2.0 e com a influência cada vez mais forte das redes sociais nos costumes da sociedade, é um contra-senso que a grande maioria dos patrões ainda insista em enxergar os sites do gênero mais como vampiros de produtividade e de consumo de banda do que como ferramentas de networking e de estratégias de marketing eficientes. Conforme ele próprio lembra várias vezes no texto, tudo depende de uma política empresarial voltada para o bom-senso no uso dos recursos.

    Para quem acusa o Fernand de estar estimulando a ?cybervadiagem? e o acesso a sites perigosos no local de trabalho, peço para prestar atenção na seguinte frase:
    ?A menos, claro, que as compras forem com o dinheiro da firma, o post no Orkut seja revelando segredos da empresa, o vídeo seja com menores e a mensagem de amor seja para uma colega casada?.
    Ou seja, ele próprio concorda que usar a Web para vadiar ou se dar bem às custas dos outros é errado, só não apóia a proibição no lugar da limitação.

    E todo funcionário sabe desde o momento da entrevista que não é pago para ficar coçando o dia todo, ou para ficar lavando a roupa suja de casa na empresa. Entretanto, acima de sermos empregados de uma firma, pagos por ela para atender às suas necessidades, e tudo o mais, somos todos INDIVÍDUOS, e não temos como deixar o pessoal na porta da empresa e entrar nela só com o profissional (e francamente, alguém que consegue passar 8 horas consecutivas sem se lembrar da família, amigos, cachorro, papagaio, etc, não é um ser humano, é uma MÁQUINA). Portanto, um desvio no foco entre as 8h e as 18h é algo que sempre foi e sempre será inevitável.

    Me desculpem pelo texto meio longo e pelo tom de grosseria de algumas frases, mas mentalidades inflexíveis são algo que me revolta profundamente. Grato pela atenção.

  4. O tal Leo disse que toda e qualquer outra possibilidade desta informação não ser relevante deve ser restrita, bloqueada e controlada. Censura é muito diferente de competência, gostar do que faz e… Bom senso.

  5. O comentário do Leo diz tudo!

    Tbm não concordo…
    Contratar pessoas para ficarem pendurando na internet, no horário de trabalho.. tá errado!
    Além da falta de profissionalismo, a máquina pode pegar vírus, pq o engraçadinho ficou olhando videos de sacanagem e clicando em links no orkut… E tudo isso na hora do trabalho!

    Leoo… belo post.. rsrs

    Nay

  6. Concordo com o Fernand. O que muitos chefes hoje querem é que a tecnologia venha resolver seus problemas de má Administração/Gerência de sua equipe/empresa. Se o funcionário foi notificado, e está ciente das regras da empresa quanto ao mal uso das ferramentas diversas em seu trabalho (amplio o computador/internet tbém para telefone, pen drive, xerox, papel, e tudo mais que for necessário ao desempenho de sua função) e infringir estas regras, ele deve ser punido como manda a norma. Mas, este problema só ocorrerá se o funcionário estiver ocioso e/ou não é orientado sobre o devido uso dos recursos e/ou não existir controle/gerência sobre as atribuições que deve desempenhar. Abraço a todos. Lilia

  7. Concordo com o post mas o autor (Fernand) perdeu a cabeça, ou ele tá mesmo defendendo a liberdade pra assistir PORN em horário de expediente? Concordo que cabe o bom senso de quem trabalha em produzir mais do que ficar navegando, mas daí pra ficar consumindo banda com vídeo pornô tem uma longa separação…

  8. Apoio o terceiro POST do LEO. Parabéns, muito bem colocado.

    Não podemos comparar padrões de conduta do tempo feudal com os padrões de conduta de hoje.

    A internet está ai e deve seguir os padrões que cada empresa ditar.

    Controle com sabedoria e legitimidade.

    .

  9. O problema não está na restrição da internet imposta pelas empresas, mas sim na cultura de trabalho do Brasil, em geral, as pessoas infelizmente não sabem lidar com a liberdade, e quando você deixa a internet liberada o funcionário passa MUITO tempo navegando em sites que nada tem a ver com o trabalho. Esse é o perfil do trabalhador brasileiro, tirando algumas poucas excessões.

  10. Quem fala essas besteiras nunca deve ter perdido o trabalho por causa de um infeliz que estava brincando em sites a vontade e por descuido pegou vírus que prejudicou toda a rede, o funcionário está lá para trabalhar e não para ficar brincando em Orkut etc, está sendo pago para realizar suas funções, todos acham que é simples ir lá detonar o pc e depois formatar o pc, deixar do jeito que a pessoa quer novamente, instalar aquele monte de programas fiscais e equipamentos, isso leva tempo, na empresa que trabalho antes fiza de tudo para entregar o pc novamente rapido, hj em dia espero um pouco pra formatar o pc do sujeito que teima em fazer isso, faço sentir na pele a falta da ferramenta de trabalho, quem faz isso comigo não tem prioridade, que vá organizar arquivos mortos

  11. Infelizmente muitas pessoas são viciadas na internet, da mesma forma de outros vicios como jogo, bebida, cigarro.. não sabem a hora de parar e são capazes de muitas coisas para manter seu vicio. Não se pode diponibilizar bebidas ou liberar jogo no trabalho, também não se pode liberar acesso irrestrito a tudo que existe na internet.

    E o contrato ou acordo de trabalho que regulamenta um número de horas para realizar atividades para a empresa… não para acessar na internet assuntos pessoais ou fúteis!

    E as complicações que podem existir ao acessar paginas de pedofilia entre outros..

    Vamos ver a vida como ela é… Papai Noel não existe…

  12. Parabens. A cobranca deve ser baseada nos resultados que um colaborador produz, e nao no que faz em seu tempo livre. Se o tempo gasto com bobagens online atrasa as tarefas, cobre-se pelo atraso nas tarefas nao pelo tempo perdido.
    Adotar a solucao mais simples que eh bloquear conteudo, soh atrapalha os funcionarios mais criativos que tiram ideias de todo lugar. E ateh porque bloquear acesso soh incentiva a tentar burlar as proibicoes. Cicarelli que o diga.

  13. Isso não vai acontecer. Nunca. Empresas não estão dando acesso grátis à Internet para seus funcionários fazerem o que quiserem. É uma ferramenta de trabalho, e como tal, deve ser encarada.
    Se o funcionário quer Orkut, Facebook, Youtube, compre uma Internet 3G e ponha no seu notebook(pessoal) e acesse.
    Isso me lembra aquele samba da Clara Nunes Sonho meu, Sonho meu…

  14. bem, o título do post me chamou atencao e pelo fato de ser um absurdo total clique para ler. Coincidentimente, é do mesmo autor de um outro artigo que também achei um absurdo (Comunicação 360 graus é um pensamento pré-galileu). Pra mim está claro que esse articulista está aplicando o webvertising dele aqui e só me resta a tentar decorar seu nome, que é para quando eu vir algum post-de-título-absurdo e tiver seu nome, nem ler.
    Quem dem que dar internet a todo é o governo, pois recebe imposto de todos. Mas já escrevi demais e náo irei investir mais meu tempo nisso.

  15. Acho bacana tudo o que você disse sim, gostei também da frase O autoritarismo é o avesso da internet., porém existe todo um processo de segurança da informação que existe na empresa. Ai vc me diz que isso pode ser punido, sim, com certeza, justa causa e tudo. Mas a informação já foi divulgada para pessoas fora da empresa e isto não tem como voltar. Por isso são impostas certas restrições, para evitar a saída de informações. Sou realmente contra os bloqueios arbitrários e exagerados, no meu ver é necessário que se faça todo um projeto de segurança da informação, envolvendo todas as pessoas da empresa (isto torna o processo demorado, mas muito mais eficaz), para que se decida, em conjunto, o que será bloqueado ou não e o que poderá ser divulgado ou não. Assim todos ficam satisfeitos e não existirão problemas nem para os usuários e nem para a área técnica.

  16. Não concordo! Total absurdo!

    Acredito sim que a informação não deve ser restrita.

    Agora toda e qualquer outra possibilidade desta informação não ser relevante deve ser restrita, bloqueada e controlada.

    Por motivos largamente discutidos, então vou citar somente três:

    – Segurança da Informação
    – Produtividade
    – E controle da banda

    Tudo isso se traduz numa coisa. Dinheiro. E não vai ser do seu bolso que vai sair, certo ?

    Infelizmente, ninguém gerencia pessoas perfeitas!

  17. Na empresa em que trabalho a internet é cheia de restrições e fiscalizações. Trabalho no depto. de comunicação e mesmo assim o acesso é muito restrito. Tentei argumentar, mas em vão. Alegam que é por uma questão de segurança. Começaram restringindo a internet, agora os e-mails estão sendo limitados por conteúdo (bloqueando anexos como fotos e videos) e vem por ai a proibição do pen-drive. Só falta agora substituirem os computadores por máquinas de escrever, ai sim ficarão felizes.

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