Deixe que eu mato a iniciativa, disse o pseudo-líder

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Equipes inteligentes costumam ter líderes inteligentes. Líderes cientes da complexidade das relações do mundo de hoje, cada vez mais em busca de formas colaborativas de desenvolvimento, e que trazem na bagagem uma importante ferramenta: o estímulo à iniciativa.

Mas também há aqueles que insistem em estilos limitados de liderança, baseados no “manda quem pode, obedece quem tem juízo”, na coerção e medo ao invés da influência e respeito.

Para fertilizar a iniciativa dos liderados é preciso ter credibilidade. Ela é obtida pela coerência entre o que o líder fala e o que demonstra ser ao longo do tempo. Sua capacidade de pensar, sentir e agir em sincronia valida suas decisões junto ao grupo, inclusive as mais drásticas.

Ah, se todas as famílias soubessem que iniciativa se estimula desde a infância… A criação de ambientes de bloqueio à iniciativa, em especial em grupos que lidam com criatividade e inovação, inicia na não admissão de qualquer tipo de erro. Se é proibido errar, em especial em processos em desenvolvimento, a iniciativa se torna anêmica.

Veja bem: eu escrevi processos em desenvolvimento. Um piloto de avião, no processo já desenvolvido que envolve seu trabalho, precisa reduzir a zero qualquer margem de erro.

O compartilhamento de informações também fortalece a iniciativa. Quando as informações ficam nas mãos de apenas alguns, em nome de pseudo-controles, o grupo busca a zona de conforto do “eu não sabia”. Um veneno para a iniciativa.

Pessoas com origens, culturas e vivências diferentes tendem a propor caminhos diferentes para a solução do mesmo problema. Quer enfraquecer ainda mais a iniciativa? Force todos a adotarem apenas um caminho: o seu.

Comunicação também faz diferença. Tom professoral, soberbo e nada afeito ao conhecimento que os liderados trazem consigo, promove a falência múltipla de órgãos da iniciativa. Dar aula não é o caminho. Promover o prazer da descoberta em cada nova situação, sim. “O que podemos aprender com isso?” é uma observação valiosa e poderosa.

Por último, para acabar de vez com a maldita da iniciativa, crie a regra psicológica de que ela cabe somente ao chefe, inclusive “tendo” ideias que um dia já foram de alguém do grupo. Este é o travesseiro que sufoca de vez moribunda.

Encerre o trabalho cavando duas covas: uma minúscula, para sepultar a iniciativa e outra, bem maior, para acomodar o ego do pseudo-líder. [Webinsider]

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Eduardo Zugaib (falecom at eduardozugaib.com.br) é profissional de comunicação, escritor e palestrante motivacional. Sócio-diretor da Z/Training - Treinamento e Desenvolvimento.

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