A empresa diante do apagão de talentos

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A falta de planejamento e de visão de longo prazo, que há décadas permeia o Brasil, coloca-nos frente a um dos maiores desafios da nossa história: o apagão de talentos.

Vamos a um exemplo concreto e de prazo urgente para um país com quase 200 milhões de habitantes? A realização da Copa do Mundo e das Olimpíadas. A demanda por profissionais de engenharia será ainda maior do que a que existe hoje, devido ao aquecimento da construção civil, que nos últimos anos abriu as portas de suas casas, apartamentos e condomínios à fatia ascendente da população.

Porém, a realidade de quem contrata é de causar pânico: faltam técnicos e engenheiros. Como também faltam outros profissionais, dos mais diversos níveis de formação, para atuar nos mais variados setores.

Mas… e as faculdades, que a cada seis meses despejam milhares de certificados em mãos “tecnicamente” aptas a atuar no mercado de trabalho? Sobram diplomas, faltam profissionais. O gap existente entre a realidade que se vende dentro de grande parte dos ambientes acadêmicos e a realidade do mercado de trabalho beira o surreal.

O problema é alimentado ainda mais pela falta de foco das nossas instituições – convite estendido ao ensino médio e fundamental – na formação das competências de atitudes em seus alunos.

Empreendedorismo, criatividade, relações interpessoais, eficiência e eficácia, foco no cliente, liderança, inteligência do tempo são algumas dessas competências, em grande parte, ignoradas nos bancos da escola.

Algumas chegam ao cúmulo de abordar conteúdos relacionados aos desafios da geração Y, nascida digital e interconectada, ao mesmo tempo em que bloqueiam em suas redes o acesso a ícones dessa geração, como Twitter, Youtube, Facebook. Exemplo simples do abismo entre a academia e o mercado de trabalho.

Para gestores, executivos, CEOs e presidentes de empresas, o desafio: hoje cabe a eles, e somente eles, o poder de, senão corrigir, ao menos minimizar a rachadura que existe na educação do brasileiro comum que chega ao mercado de trabalho.

É fundamental estarem atentos não apenas ao treinamento, mas especialmente ao desenvolvimento do fator humano que, durante as melhores horas do dia, atua sob a marca de suas empresas. Além, é claro, de criarem vínculos emocionais e racionais com a empresa, evitando que bons profissionais atravessem a rua por cinquentinha a mais no salário. [Webinsider]

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Eduardo Zugaib (falecom at eduardozugaib.com.br) é profissional de comunicação, escritor e palestrante motivacional. Sócio-diretor da Z/Training - Treinamento e Desenvolvimento.

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8 respostas

  1. Já se houve que no futuro não muito distante não teremos a relação empresa x empregado e sim, empresa x empresa.
    O que digo com isto, não irá exisitir funcionários e sim prestadores de serviço, o funcionário de ontem, vai ser a empresa de amanhã que presta o serviço.
    Então os talentos estarão dentro de cada individuo, que de sua forma ira descobrir o que fazer.

  2. Gostei muito da matéria e concordo e discordo em muitos pontos. O 1º é que as faculdades, na maioria ensinam e preparam sim, mas quando se procura um estágio para se colocar em prática o aprendizado, o foco do trabalho não tem nada haver com a proposta do curso, um exemplo prático, a maioria das pessoas que estudam adm geral, estão trabalhando em recepção, ai nós começamos a gerar uma bola de neve, a pessoa estuda, tenta se preparar pra encarar o mercado, mas é barrada por causa da famosa experiência, e se não temos profissionais hoje capacitados, acredito que a culpa em parte é dos próprios empresários, pois eles criaram o ato de não dar oportunidade pra quem estuda de atuar na sua área. O governo ajudou e muito dando bolsas de estudo, ainda temos que melhorar muito, mas conheço amigos que estão se formando graças as bolsas de estudo concedidas pelo governo, o que falta são as empresas contratarem estagiários nas áreas corretas, e darem oportunidades para as pessoas sem experiência, e um bom RH, sabe que contratar pessoas sem experiências tem muitas vantagens como: mão de obra mais barata, força de vontade de aprender e de crescer vinda desse colaborador, idéias novas e atuais, entre outras, fora que esse novo colaborador não tem vício de achar que sabe tudo, está disposto a qualquer coisa pra crescer e mostrar que é capaz.
    Precisamos refazer nossa política de que as pessoas estudam pra tomarem conta de empresas familiares, se estes hoje são bons profissionais, é por que teve alguém que se dispôs a ensiná-los como a realidade funciona.
    Fica aqui um apelo: empresários por favor deêm oportunidades a nova geração com estágios adequados, invistam em profissionais recém formados, invistam nos colaboradores que já estão na empresa e lembrem-se que salário é feito no contra-cheque, mas remuneração vai muito além do que se recebe fixo todo mês.

  3. Esse texto expressa o que realmente venho pensando nos últimos tempos, está abordando vários fatores que poderiam ser dissecados por si só!

    A falta de orientação familiar, agregada ao novo modelo de família (pais separados, ou casamentos funcionais) gerou a falta de planejamento a longo prazo, antes as crianças eram orientadas a cuidar da empresa familiar, ou estudar para ser médicos, advogados ou engenheiros, novas profissões foram criadas, e estão sendo reconhecidas somente agora. Muita gente que se formou ou se aperfeiçoou, estão tendo que se adaptar ao novo mercado de trabalho.

    A falta de mão de obra é geral, mas é baseada na falta de auto-capacitação de pessoas, que se prontificam em analisar o mercado, e se atualizar em livros, artigos, seminários, etc. Pois conhecimento é gratuito hoje, não é necessário estudar nos melhores colégios para tornar-se um talento!

    A faculdade é uma maquina de fazer dinheiro e não de criar profissionais. Sou formado em Artes Visuais – Multimídia, onde a maioria dos alunos fizeram o curso por conta de seu valor acessível, a aluna laureada hoje está fazendo curso de Odontologia, creio que além do vestibular, é necessário testes vocacionais e orientação profissional antes de começar uma jornada acadêmica.

    Esses novos ensinamentos que os profissionais precisam ter, que esperamos que sejam adicionadas em escolas, jamais irão ser aplicados no sistema atual de ensino. Os políticos querem a cada dia cidadãos que não saibam interpretar, por que irão investir em criar um “mostro” que pensa, é criativo ou é lider?

    O bloqueio de redes em escolas, não é totalmente inaceitável, pois grande parte dos acadêmicos possuem acesso a internet. Vamos guardar os preciosos momentos de educação que já é escasso, nos focando nas palavras dos educadores (que não ganham tanto para ensinar, mas detalhe a parte)

    Trabalho em uma empresa onde sempre focamos o aprendizado, mas como é uma pequena empresa, não possuímos departamentos de RH, tentamos descobrir talentos em faculdades, cursos, indicações e currículos.

    Mudei meu foco nesse ano que era AI, UX, Designer, etc para desenvolvimento humano, antes de ser um profissionais, existem pessoas, que possuem sonhos. O principal fator desse meu estudo, é a adequar a visão, missão e valores da empresa, ao sonho da pessoa. Como diz Raul: Sonho que se sonha só. É só um sonho que se sonha só. Mas sonho que se sonha junto é realidade. 😉

  4. André Bruno, o que vai além de pagar “bem”? Isso é muito vago. Cada um quer uma coisa. Não dá pra agradar a todos.

  5. Concordo inteiramente com o feliz comentário do Andrew. Excelentes profissionais existem sim, só que, eles não estão dispostos mais a fazerem carreiras corporativas, onde terão que aguentar chefias incompetentes e com idéias pré-concebidas. É muito mais estimulante e desafiador, abrir o próprio negócio e seguir em frente.
    O desafio das empresas de hoje, e poucas se aperceberam disso, é voltarem a serem interessantes aos talentos existentes. Não basta apenas pagarem bem, e muito bem !! Têm que ser atrativas no que tange a objetivos e metas.Acontece que, elas já começam errado. Pagam mal. Muito mal.

  6. Capacidade humana existe, pois os executivos brasileiros estão se destacando em empresas de fora do país. Devem ser dadas as condições desde o colégio, não aidante o governo criar escolas públicas de baixa qualidade (ver avaliaçao do ENEM), deveria dar bolsas em todos os níveis em escolas privadas criando condiçoes que todos tivessem igualdade de acesso a formação de seus talentos.

    Formação de baixa qualidade cria “analfabetos” profissionais que lêem, escrevem, mas não possuem capacidade de desenvolvimento pessoal.

    http://www.jair.strack.nom.br

  7. Eu acredito que o que falta é não são profissionais e sim estímulo e reconhecimento das empresas. O empresário brasileiro anda mudando a forma de administração incorporando conceitos como CEO mas deixando de lado o CKO (Chief Knowledge Officer). Como esperar que tantos profissionais que são despejados no mercado de trabalho evoluam sozinhos tendo em vista a dificuldade financeira que a maioria dos brasileiros enfretam no cotidiano? É isso que nos leva a atravessar a rua por causa daqueles cinquentinha. Acredito que programas de estágio e planos de carreira podem fazer com que os profissionais se sintam mais seguros para serem mais criativos.

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