Confesso: demorei bastante para entrar no Twitter. Eu não via qualquer utilidade ou sentido nele. Para mim era um site onde um bando de desocupados se reunia e escrevia montes de blá blá blás sobre qualquer assunto sem importância.
Sim, eu tive uma visão restrita, mas não totalmente errada. Muitas pessoas se comportam dessa maneira e enchem sua timeline com baboseiras e banalidades do tipo: “hoje eu abri os olhos para poder acordar!”.
Mas, isso não é exclusividade dessa rede. A “vida real” está abarrotada dessas figuras, seja na televisão, nas empresas ou no boteco da esquina!
E viva a liberdade de expressão! Há espaço para tudo e todos.
Grupo selecionado, aprendizado qualificado!
Desde o começo, sigo um padrão: a busca pelo valor. Nunca pretendi ter um batalhão de seguidores e discordo totalmente dessa postura, dessa busca insana por volume. Isso gera somente uma massa com baixa relevância. As pessoas se tornam apenas números.
Todos aqueles que fazem parte do meu Twitter são amigos, colegas profissionais, parceiros com os quais há uma rica troca de conhecimento, de ideias. Aprendo e ensino com as discussões, opiniões e análises!
São 140 caracteres que fazem a diferença!
Aliás, ultimamente, tenho utilizado mais o Twitter como fonte de informação inovadora e diferenciada do que a mídia oficial. Gosto de conhecer outras visões, panoramas diversos e mesmo a informação por detrás da informação, principalmente sobre alguns assuntos delicados ou colocados sob panos quentes pelos governos, corporações e por aí vai!
Nos negócios, inclusive, também procuro sempre buscar o novo, a excelência. Não sou um profissional com centenas de projetos realizados, mas todos os efetivados são exclusivos e com bons diferenciais competitivos.
É uma questão de princípios e postura profissional. E acredito muito nisso.
Tweets como diferencial de qualidade
É possível ter relevância sem se tornar repetitivo ou restrito à apenas um tema? Claro!
Os assuntos da minha timeline são relacionados aos negócios, criação de conteúdos, TI, literatura, filosofia e cenários mundiais, ou seja, são bem distintos entre si. Assim como os meus parceiros nessas conversas também são.
São escritores, publicitários, editores, analistas de sistemas, jornalistas, professores, SOD – sem ocupação definida…
E o melhor de tudo: a maioria interage muito bem e com boa frequência sobre assuntos “fora” das suas áreas de conhecimento. Isso sim é gerar valor na rede!
Por diversas vezes tive soluções de problemas indicadas pelo Twitter, efetivei projetos e aumentei a minha network. E o mais importante: leio coisas excelentes, sintetizadas com maestria nos poucos caracteres.
Então, que tal contribuir para melhorar a qualidade do conteúdo da web?
Vamos juntos nisso? Até mais! [Webinsider]
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Eduardo Kasse
Eduardo Massami Kasse (@edkasse) é escritor, palestrante e analista de conteúdo. Subeditor do Webinsider. Mais em onlineplanets.com.br e eduardokasse.com.br.
6 respostas
Kasse,
O Twitter é a mlehor ferramenta, no momento, para notícias. Se quiser estar informado do que realmente está acontecendo esteja no Twitter.
É claro que a grande maioria nem sabe porque estão presentes lá, mas existe uma outra parcela, altamente especializada que utiliza o tweet como um eficiente canal de comunicação.
Acredito que tende a ter mais usuários qualificados, como sempre terão os que cairam de para-quedas.
Mas ainda bem que temos pessoas como você que se preocupam com conteúdo, e conteúdo de qualidade.
Vida longa, amigo.
Abraço.
também demorei para entrar no twitteer e o uso para acompanhar notícias dos grandes veículos, de artistas, de temas que gosto. Para debates, considero o facebook melhor. A fonte continua sendo fundamental e mesmo as fontes dão “barrigada” para sair na frente com a notícia (vide a história da “morte” do Amin Khader na semana passada). Milhões de pessoas passaram a dar sua opinião, a se manifestar pelas redes sociais…Daí vem as transformações (positivas ou não).
Eduardo, as únicas informações que valem a pena são aquelas que têm algum conteúdo para VOCÊ. Estou sempre martelando na mesma tecla lá no Tecsollers ao dizer que a Internet criou um meio fantástico de acesso a informações, mas se as pessoas não souberem filtrar essas informações de forma a receberem algo que tenha valor para si e também a divulgarem algo que tenha valor para alguém, então nada disso vale a pena. Excelente matéria! Mais uma vez, obrigada pelo compartilhamento de conteúdo relevante! []s!
Olá, Ed! Sou meio suspeita ao comentar pois, normalmente, gosto do que escreves.
Gosto porque costuma ser uma opinião sensata. E ter opinião nos dias de hoje, tempos de supervalorização da cultura de massa (Se todos ouvem: é bom! Se todos compram, eu compro…) já é alguma coisa…
Uma sensata? Raridade.
Não sou expert em mídia, informática nem nada do gênero…
Meus tweets? Não sei se são bons, ruins ou relevantes… Na maioria das vezes, nem são meus. São frases que achei interessantes, inteligentes ou de acordo com meu momento.
Gosto de ler, sempre gostei e por isso gostei também do Twitter.
Como em revistas, livros, tv e outras mídias tentamos “separar o joio do trigo”, nem sempre com sucesso…
Creio que nenhuma coisa possa ser totalmente boa ou má… Será? (Desculpe pela rima rsrs é força do hábito!)
Não tenho “obsessão” pela busca desenfreada em aumentar meus contatos (prefiro esta palavra a “seguidores”…), confesso que às vezes sigo algum conhecido por… “gentileza”? Mas, na maioria das vezes, são pessoas com atividades e/ou pensamentos, opiniões que me interessam.
Lembrei-me de um frase que diz assim: “O bosque seria muito triste somente com os cantos dos pássaros que cantam bem.” (Tagore)
Deixemos, pois, que sejam felizes todos os pássaros que alegram-se neste bosque (mesmo que nossos “ouvidos” doam um pouco… rsrs).
Abraços!
O Twitter é rede social única e a ferramenta jornalística mais instantânea da web. De fato, não interessa para a maioria dos usuários, pelos motivos citados no artigo.
Entretanto, quando bem usado por jornalistas e profissionais experientes de comunicação consegue complementar com eficiência todas as outras mídias como rádio, TV, jornal, revistas etc.
Como tudo, ter poucos os muitos seguidores traz vantagens e desvantagens. Depende sempre do tipo de conteúdo a ser divulgado, assim como o público-alvo.
Um dos viés mais interessantes do Twitter e redes sociais é o cyberativismo. Esta novidade surgida nos últimos anos foi o canal de comunicação usado por todos os manifestantes do norte da África e Espanha. E contribui também para implodir ditaduras longevas, como a cubana, chinesa e iraniana.
A plenitude de potencialidades do Twitter ainda não foi explorada. Há muito ainda para ser feito. Entretanto, o sucesso nesta rede social está e sempre estará ligado à habilidade de cada um em expressar sentimentos, conceitos e ideias com poucos caracteres.
Acredito que, como você, muitos demoraram a entender o Twitter, me encaixo perfeitamente nesse grupo de pessoas. Ótimo post.