O mundo da informação digital e a arquivologia

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A web colaborativa reforça uma nova oferta de serviços online. Não temos mais um conceito único para informação e hoje estas informações podem ser utilizadas em diversos ambientes, como nas instituições de ensino, empresas e governos.

Esse novo mundo 2.0 é espelhado através da informação orgânica, registro da inteligência coletiva, das decisões das pessoas e instituições e do relacionamento profissional entre indivíduos. Estas são características das informações arquivísticas.

É a prova da ação humana e o registro de suas atividades nos processos. O foco da arquivologia 2.0 deixa de ser somente as organizações e passa ser a ação humana, via sistemas de informação, nessas organizações.

Tanto é fato que a gestão do conhecimento corporativo (GC), por exemplo, registra hoje o que está acontecendo entre as pessoas nas empresas e entre estas e as próprias instituições. Este é o diferencial competitivo maior das empresas, as que registram o conhecimento são mais destacadas em inovação e são mais valorizadas no mercado e na sociedade.

O e-mail hoje é o documento mais importante nas empresas, é uma evidência sempre considerada. Aliás, este passa a ser o desafio diário das empresas e dos profissionais da informação. Como incorporar o e-mail como um documento digital no universo corporativo? A colaboração corporativa, indivíduos relacionando-se numa comunidade virtual é hoje o destaque deste mercado corporativo.

O arquivista, profissional da informação e responsável pelos documentos e informações orgânicas de uma instituição, deve pensar na classificação e estruturação dessa informação, além da própria temporalidade, da preservação digital e do tamanho limitado dos servidores para registrar as informações.

Técnicas como o GED (ou Enterprise Content Management), plataformas com os requisitos de suporte arquivístico a documentos eletrônicos; a classificação – que muitas vezes segue fluxos organizacionais; a temporalidade – o prazo que cada documento deve ficar sob custódia da instituição e a descrição arquivística – que é orientada por normas nacionais e internacionais, devem fazer parte da formação do profissional da informação.

Este novo profissional arquivista não pode ter medo da tecnologia, deve dominar o vocabulário da área e entender as diferentes tecnologias da informação. Afinal, precisamos dela cada vez mais em nosso cotidiano, seja elaborando mecanismos de descrição arquivística, técnicas de localização de documentos ou até sistemas de registros de protocolo.

A tecnologia envolve a razão e isto é uma forma de conhecimento. E hoje não se vê mais a gestão do conhecimento, dos arquivos e de conteúdos sem a tecnologia. Aliás, sabe-se que estas gestões são implantadas somente através de sistemas que apoiam seu processo de geração, classificação, utilização e custódia. Afinal, a tecnologia, o conhecimento humano e a informação sempre andaram juntas.

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arquivologia_2_0Nota da redação: Charlley é autor do livro Arquivologia 2.0, onde traça caminhos possíveis para uma abordagem 2.0 no universo das informações arquivísticas, através da arquitetura de informação, planejamento de portais corporativos e ambientes digitais.

A informação humana digital é o resultado da observação e aplicação dos princípios arquivísticos no universo da informação digital.

[Webinsider]
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Charlley Luz é arquivista, professor da pós-graduação em gestão de documentos da FESPSP e consultor em estratégia de informações e ambientes digitais da Feed Consultoria. Autor dos livros Arquivologia 2.0 e Primitivos Digitais.

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8 respostas

  1. Livro muito bom. Adoro a forma como você usou alguns conceitos e os adaptou para essa nova realidade que é a web 2.0. E concordo plenamente com você que o arquivista NÃO pode ter medo das novas tecnologias.

  2. Olá!
    Ótimo artigo!
    Aqui na agência onde trabalho temos essa preocupação em arquivos nossos documentos digitais, seja eles e-mails, PPTs, enfim, todo material de trabalho. Não só para que isso não se perca, mas para que fique acessível para todos de forma simples.
    Para isso, adotamos um intranet 2.0, a Zyncro (www.zyncro.com.br). É ótimo, facilita muito a comunicação interna e esse arquivamento, além de ter diminuído bastante o volume de troca de e-mails desnecessários.

  3. Lindo!!!

    Seria capaz de chorar dizendo que alguém teve tamanha destreza em escrever sobre como a arquivologia sobrepõe os muros do nicho tradicionalista informacional, bem como a Biblioteconomia e Ciência da Informação, competências imprescindíveis para que toda uma tecnologia efervescente faça sentido conceitual no mundo beta.

    Orgulho de conhecer Charlley, que muito tem a contribuir sobre este assunto em diversas áreas do conhecimento.

    Parabéns pelo excelente trabalho, recomendo a todos que tenham este livro, é uma leitura branda e diz tudo o que precisamos saber, material espetacular!

    Sucesso!

  4. Charlley vai além de apenas um visionário!

    Tive a oportunidade de conhecê-lo no IV Congresso Nacional de Arquivologia e nessa troca de conhecimentos, ele deixou bem claro o quanto o arquivista é importante aliado das TIC’s para gerir informações e filtrá-las em informações arquivísticas e conseguinte torná-las acessíveis para tomadas de decisões, fato este que concordo plenamente pois o arquivista deixou de ser apenas um profissional custodial de documentos e passou a ser uma peça fundamental nas instituições públicas e privadas.

    “Nossas atitudes demonstram exatamente quem somos e o que pretendemos” Ronaldo Ceravolo

  5. Olá colega,

    Estou desenvolvendo atividades de Reestruturação do ARQUIVO e em todos os setores onde trabalho. Gostaria de entender seu trabalho e ver o que posso aproveitar para aplicar nesse projeto. Onde consigo um exemplar?

    Valeu!

  6. Charlley é um visionário de pés no chão.

    O livro dele é um marco interessante para a Arquivologia e sua visão da Arquivologia para fora dos portões da academia e dos departamentos chamados Arquivos é realmente animador, visto que os profissionais da área ainda estão descobrindo seus valores e o potencial existente frente às tecnologias sociais e de informação que dispomos atualmente.

    Sucesso, Charlley!

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