Campus Party não é sobre tecnologia

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A coisa mais importante sobre a tecnologia é como ela muda as pessoas.
Jaron Lanier, escritor e cientista computacional (1960 – ).

Houve um tempo em a tecnologia era para poucos. Computadores eram grandes, complexos e extremamente caros. Imaginar que chegaríamos a ter um computador na palma de nossa mão com mais capacidade que aqueles gigantes era coisa de ficção científica. E hoje vivemos exatamente este filme tecnocientífico cibernético: o futuro é agora!

Se antes eram as feiras de software (Fenasoft, lembra-se?), com estandes de grandes empresas globais e suas verdades digitais intocáveis, hoje a computação é bem outra. Está pulverizada nos mais diferentes espaços, é livre, aberta, criativa, subversiva e extremamente encantadora.

Já foi dito por Arthur C. Clarke que “Qualquer tecnologia suficientemente avançada é indistinguível da magia”, e este é o segredo da tecnologia de hoje: ela é mágica, capaz de levar jovens e adultos, crianças e idosos para dentro do ciberespaço com um click, ou melhor, com um toque.

Neste momento, este ciberespaço tem um nome: Campus Party. No Brasil desde 2008, é a referência da geração conectada, simplesmente chamados de “campuseiros”. Algum tempo atrás, escrevi para os pais “coloquem seus filhos para aprender uma linguagem de programação”. Agora vem outro pedido para os pais: levem seus filhos para a Campus party. Mesmo que ele não tenha o mínimo interesse em tecnologia (o que acho bem difícil hoje em dia), leve-o para ver como os jovens estão inventando novas histórias, promovendo a cultura digital, criando jogos e sistemas capazes de amanhã, mudar o mundo.

Sim, porque a Campus Party não é sobre tecnologia – é sobre pessoas, sobre uma geração capaz de compartilhar conhecimento, músicas, provocar revoluções sociais, desafiar governos e grandes corporações, uma geração que não se limita a navegar na internet, mas está, cada vez mais, percebendo o poder transformador que o digital pode promover em nossa sociedade.

Foi aqui, exatamente no Brasil, que um jovem resolveu mudar a história de milhares de outros jovens carentes e criou um projeto revolucionário: o Comitê para Democratização da Informática (CDI) fundado por Rodrigo Baggio em 1999, exemplo de inclusão digital para todo planeta.

E isto é o universo digital, um universo de possibilidades sem limites. Na Campus Party, o que rola é software, arduino, palestras, astronomia, filas, calor, um caos organizado. Mas é quando estão na frente de um computador que o universo se multiplica.

Um software é algo intangível, algo que você não pode tocar, é como um sonho. Se você observar um jovem programando vai achar que ele está num transe, seus dedos movem-se ora muito rapidamente, ora estão completamente congelados sobre o teclado. Mas assim como um sonho pode se tornar realidade e transformar a vida de milhares de pessoas, um simples software pode fazer o mesmo. Foi pensando assim que Jobs, Gates, Zuckerberg, Page e Brin mudaram o mundo, transformando sonho/software em realidade.

Então o que você está esperando? Seu filho precisa estar na Campus Party. Se não for este ano, que seja na próxima. [Webinsider]

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Ricardo Murer é graduado em Ciências da Computação (USP) e mestre em Comunicação (USP). Especialista em estratégia digital e novas tecnologias. Mantém o Twitter @rdmurer.

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