Rede social digital corporativa: é preciso uma nova visão

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A implantação de projetos de Redes Sociais Digitais nas corporações provoca uma mudança de uma cultura analógica mais centralizada para uma digital mais colaborativa e compartilha e, portanto, mais dinâmica e inovadora – Nepô, neste post.

Pessoal, calma lá com o bonde 2.0 para ele não derrapar na curva. Os trilhos estão pra lá de molhados!

Digamos, que toda organização tem seus problemas de gestão e isso não é de hoje. Fazer a gestão é criar uma “musculatura” para gerir o presente e se adaptar ao futuro.

Pessoal, calma lá com o bonde 2.0 para ele não derrapar na curva. Os trilhos estão pra lá de molhados!

Digamos, que toda organização tem seus problemas de gestão e isso não é de hoje. Fazer a gestão é criar uma “musculatura” para gerir o presente e se adaptar ao futuro.

Quanto mais o mundo for mutante, mas a gestão terá que acompanhar!

Ou seja, produzir e vender é um jogo de sete erros. A gestão passa por várias crises, fases e muitos modismos.

Já tivemos a gestão da informação e a criação dos departamentos de comunicação, de processos, da educação corporativa, do conhecimento, da inovação.

Todos visam e visavam o mesmo objetivo: alinhar a organização às demandas do mercado para gerar valor.

Em longo prazo, quanto mais eficazes são, mais usadas e vice-versa. No curto prazo, há muita fumaça e confusão. Fica pouco claro o que é “tendência que veio para ficar” e modismos.

Ok, digamos que os problemas de gestão estão sendo atacados de várias maneiras muito antes de se falar em rede social digital corporativa. Melhorar a inovação, dinamizar a produção, ouvir clientes, fornecedores e colaboradores, entre outras propostas estão aí na mesa há muito tempo.

O que tem de novo nisso?

Há várias escolas de gestão, conceitos, teorias, todas opcionais, conforme o setor, a demanda, a necessidade de produzir, o perfil dos gestores, o ciclo de vida dos produtos.

Porém, quando falamos de implantar redes sociais digitais corporativas estamos falando algo de outra ordem, de outra natureza, pois estamos falando em mudanças no cérebro. Estamos falando não de gestão, mas na mudança em um dos elementos bases dela: o ser humano.

Estamos mudando de forma definitiva – vide a nova geração – de como o ser humano se relaciona com a informação, a produção, a comunicação, o aprendizado e o conhecimento.

São novas formas de resolver velhos problemas que vêm ocorrendo de dentro para fora das organizações e das gerações mais novas para as mais antigas. Faz parte de um ajuste da relação de mais gente no planeta com novas formas de gerir a informação.

  • Não é um processo opcional.
  • Não é uma escola de gestão.
  • Mas a chegada de um novo ambiente cognitivo que introduz uma nova forma de resolver velhos problemas.

É algo inapelável que tem que ser gerenciado pelo mais alto nível da organização, pois dessa estratégia depende o futuro da organização.Como vai se alinhar o negócio a um novo mundo em que o ser humano está mudando.

Já tem gente querendo criar departamento de Rede Social, Gestão de Rede Social e isso vai criar mais uma confusão entre tantas outras, pois estamos vivendo uma migração de uma gestão em um mundo mais vertical para outra em um mundo mais horizontal.

É preciso gerir essa mudança de forma consciente e programada!

A implantação de projetos de redes sociais digitais nas corporações provoca uma mudança de uma cultura analógica mais centralizada  para uma digital mais colaborativa e compartilhada e, portanto, mais dinâmica e inovadora.

É um processo de passagem de “A” (redes sociais de hoje, mais hierárquicas) para “B” (redes sociais digitais de amanhã, mais horizontais) em vários níveis como tentei apontar aqui em mais detalhes.

O projeto de rede social digital, assim, vai tentar introduzir uma nova forma de resolver os velhos problemas, melhorando a qualidade da gestão do conhecimento, da inovação, da informação, da comunicação e dos processos.

Há novas tecnologias, novos métodos e nova maneira de pensar e agir na solução dos velhos problemas de gestão, que já está aí tentando ser resolvidos.

Assim, é preciso encarar a implantação de redes sociais digitais nas corporações como uma grande gestão de mudança, em uma migração de um jeito de pensar a organização para outro. E não a criação de um novo departamento ou a entrega da maior mudança de gestão que as organizações já passaram a um departamento específico.

Assim, estamos falando a gestão 2.0 de uma rede social digital, para a qual a organização está indo e irá melhorar e adaptar essa cultura para criar a gestão de conhecimento 2.0,  da inovação 2.0, da informação 2.0, da comunicação 2.0, dos processos 2.0 e da educação corporativa 2.0.

Todos estes projetos devem ser integrados na implantação tanto da rede social corporativa digital externa quanto da interna.

Basicamente, o conceito é a introdução de novas formas de resolver estes projetos de forma transversal, criando um novo modelo de solução mais desintermediado, mais colaborativo e compartilhado, a saber em cada caso:

Na gestão do conhecimento 2.0 teremos, por exemplo, em um “Facebook corporativo”, que permita mapear de forma fácil os talentos, através do perfil digital de todos os empregados, o que faz, aonde, com quem se relaciona, que cursos já fez, por que qualidades é conhecido pelos seus pares, qual a taxa de meritocracia que a comunidade lhe atribui, além de blogs e/ou redes sociais  técnico-profissionais por pessoas, áreas de interesse, estimulando conhecê-lo cada vez melhor;

Na gestão da inovação 2.0 teremos, por exemplo, comunidades que trocam experiências por temas, internas e externas, sugerindo mudanças em processos, serviços e produtos;

Na gestão de informação 2.0 teremos, por exemplo, arquivos compartilhados em espaços abertos para toda a organização e não mais nas máquinas ou nos departamentos. Serão arquivos publicados em ambientes web, com direito à busca e possibilidade de estrelas, curtir, comentar, com tabelas que permitam ainda saber os mais baixados, vistos, comentados, estrelados, curtidos;

Na comunicação 2.0 teremos, por exemplo, Twitter corporativo para troca de notícias profissionais, algo parecido com um MSN para chats individuais e coletivos, telefones e celulares das pessoas disponíveis rapidamente, onde cada um está, a cada hora;

Na gestão de processos 2.0 teremos, por exemplo, sugestões de melhorias vindas de fora e de dentro, com comitês de avaliação das melhores sugestões, rapidamente implantadas, transformando call-centers, ouvidorias, twitters internas e externos em uma grande caixa de sugestão, que realmente funcione;

Na educação corporativa 2.0 teremos, por exemplo, vídeos, áudios, manuais, textos, em formato wiki com a experiência de cada ator e grupo de ator importante da corporação, bem como de palestrantes, com possibilidade de estrelas, curtir, comentários, além de  grupos de discussão de empregado-aprende-com-empregado, cursos a distância ou presenciais mais interativos, a partir de demandas dos empregados, num grande Youtube interno.

O projeto de migração de uma empresa que está plenamente em uma rede social analógica para a digital colaborativa e compartilhada é a colocação de um novo óculos mais adequado para velhos problemas da gestão.

É um upgrade nos projetos que já estão em curso propondo mudanças, mas que podem começar a sugerir alternativas de solução mais antenadas com o novo século.

Que achas? [Webinsider]

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Carlos Nepomuceno: Entender para agir, capacitar para inovar! Pesquisa, conteúdo, capacitação, futuro, inovação, estratégia.

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6 respostas

  1. Uma rede social é uma estrutura social composta por pessoas ou organizações, conectadas por um ou vários tipos de relações, que partilham valores e objetivos comuns. Uma das características fundamentais na definição das redes é a sua abertura e porosidade, possibilitando relacionamentos horizontais e não hierárquicos entre os participantes. “Redes não são, portanto, apenas uma outra forma de estrutura, mas quase uma não estrutura, no sentido de que parte de sua força está na habilidade de se fazer e desfazer rapidamente.”

    Muito embora um dos princípios da rede seja sua abertura e porosidade, por ser uma ligação social, a conexão fundamental entre as pessoas se dá através da identidade. “Os limites das redes não são limites de separação, mas limites de identidade. (…) Não é um limite físico, mas um limite de expectativas, de confiança e lealdade, o qual é permanentemente mantido e renegociado pela rede de comunicações.”

    As redes sociais online podem operar em diferentes níveis, como, por exemplo, redes de relacionamentos (facebook, orkut, myspace, twitter), redes profissionais (LinkedIn), redes comunitárias (redes sociais em bairros ou cidades), redes políticas, dentre outras, e permitem analisar a forma como as organizações desenvolvem a sua actividade, como os indivíduos alcançam os seus objectivos ou medir o capital social – o valor que os indivíduos obtêm da rede social.

    As redes sociais tem adquirido importância crescente na sociedade moderna. São caracterizadas primariamente pela autogeração de seu desenho, pela sua horizontalidade e sua descentralização.

    Um ponto em comum dentre os diversos tipos de rede social é o compartilhamento de informações, conhecimentos, interesses e esforços em busca de objetivos comuns. A intensificação da formação das redes sociais, nesse sentido, reflete um processo de fortalecimento da Sociedade Civil, em um contexto de maior participação democrática e mobilização social.

  2. Carlos, essas modas só servem para inflar as empresas.
    Ai quando a moda passa o que fazer com aquele profissional?
    Não adianta gestor disso ou de aquilo 2.0 se o 1.0 não souber gerir.

  3. Não é estranho constatar que foi a cultura atual, que conforme se deduz pelo texto é “menos inovadora”, quem criou a cultura do futuro que o texto qualifica de “mais colaborativa e compartilhada e, portanto, mais dinâmica e inovadora”?
    .
    Não consigo entender como a colaboração entre um monte de imbecis e o compartilhamento de inutilidades pode colaborar para trazer mais inovação no mundo.
    .
    Não estou dizendo com isto que as redes sociais só reúnem imbecis e só veiculam inutilidades. O que eu quero dizer é que o valor intrínseco do que é veiculado pelas redes sociais (e qualquer outro meio de comunicação) e a capacidade de apreensão e criatividade dos participantes da rede (qualquer que seja o meio de conexão entre os elementos) são os elementos fundamentais que levam à inovação, à novas invenções, à novos horizontes.
    .
    Cinco bilhões de fundamentalistas (ou seja, pessoas culturalmente impedidas de pensas por si próprias) compartilhando superstições antigas nas redes sociais criarão menos inovação (se é que alguma) que dois meninos conjecturando com a mente aberta, rabiscando planos numa pedaço de papel de embrulho com lápis recehados de grafite, sem nenhum computador à vista.
    .
    Ou seja, o texto confunde lamentavelmente forma com conteúdo.

  4. Olá Nepomuceno, parabéns pelo artigo!

    Também concordo que o ambiente corporativo precisa melhorar a comunicação para trazer a inovação para o ambiente de trabalho. Todos precisam se envolver!

    Hoje existe muito desgaste psicológico dos profissionais envolvidos simplesmente por causa do ruído gerado desde a concepção da idéia ou projeto até sua entrega.

    Gostei muito do artigo e isso me traz novas idéias que tentarei compartilhar com outros pois também concordo que o conhecimento precisa ser espalhado.

    Mais uma vez: Parabéns!

  5. Trabalho numa multinacional que há 2 anos vem mudando a cultura interna adotando ferramentas de rede social na Gestão do Conhecimento. Pena que poucos aproveitam o momento, ou porque não usam redes sociais diariamente ou porque não enxergam esse movimento.

    Eu tento disseminar a idéia como um dos pontos focais e posso dizer que já resolvi problemas que nem o Google me ajudou, tirei dúvidas e troquei idéias com diversas pessoas no mundo, me antenando sobre os negócios da empresa e para qual caminho seguir!

    Acredito muito nesse potencial das redes internas mas pena que nem todos acham… Nem todos mesmo, como gestores e líderes que infelizmente vivem escutando apenas o seu radinho de pilha ao invés de abrir o broadcast. Mudança de cultura é sempre complicado, mesmo que seja mandatária.

  6. Parabéns pelo artigo, Carlos! Não podemos esquecer nunca que as empresas são feitas de “pessoas” e que, inevitavelmente o comportamento social vigente vai atingir a dinâmica da organização.

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