Ford versus Ferrari

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Ford vs Ferrari foi um filme que saiu da mesmice, sem repetecos ou super heróis inconvincentes, que me motivou a adquirir a nova versão em Blu-Ray, recém lançada, com imagem e som primorosos.

 

Nos últimos anos raramente eu me deparo com filmes que me interessam, passando a ir pouco ao cinema. Assisti Ford vs Ferrari primeiro em uma cópia clandestina, via Meoflix, e logo a seguir fiz a pré compra da edição em Blu-Ray lançada no Brasil recentemente. O lançamento atrasou, mas eu não me importei com isso. Quando o disco finalmente chegou, de cara a qualidade da master usada para o Blu-Ray se fez presente!

É uma pena que, em se tratando de um filme preparado para lançamento nos cinemas com apresentação Dolby Atmos e Dolby Vision, a edição em Blu-Ray, daqui e de lá, não apresenta nenhum dos dois codecs. Segundo analistas, a edição em 4K tem a trilha Dolby Atmos, mas a imagem em upscale a partir de 2K, com HDR 10. Não entendi, porque segundo o IMDb a filmagem foi realizada com câmeras Alexa, resolução 4.5 K, e o intermediário digital reduzido para 4K.

Apesar das limitações desnecessárias, a edição em Blu-Ray é estupenda! A imagem apresenta altíssima qualidade, e a trilha sonora, em DTS HD MA de 7.1 canais, não fica atrás. Na realidade, a mixagem mostra virtudes que denunciam a qualidade do som Atmos original.

O filme e o disco

Baseado em uma história verdadeira, o filme me surpreendeu pela desenvoltura, e pela ausência, muito saudável, da influência de filmes do passado, tipo Grand Prix (Super Panavision para Super Cinerama 70 mm) ou As 24 Horas de Les Mans (35 mm Panavision, ampliado para 70 mm).

De propósito ou não, este novo filme cita Steve McQueen, notório entusiasta e adepto das corridas automobilísticas, em um de seus diálogos.

Ford Vs Ferrari se despede dos dramas exibidos nos filmes anteriores, para se concentrar em um momento em que a Ford, mal conduzida pelos seus principais dirigentes, havia perdido prestígio junto à comunidade compradora de carros com estilo esportivo.

 

 

O filme mostra as sabotagens e rasteiras corporativas, na busca pelo autoritarismo e pelo poder na estrutura industrial, e como Carrol Shelby e Ken Miles driblaram o que puderam para se livrarem deste tipo de empecilho.

Mostra também como a turma da Ferrari tratava com desdém os norte-americanos e demais concorrentes.

Christian Bale, ator galês, fala aqui com um sotaque impecável, e com uma interpretação que rouba o show do filme, absolutamente perfeita.

 

Sua parceria com Matt Damon está presente em todos os momentos cômicos do filme, notadamente na briga infantil entre os dois, literalmente no meio da rua, por conta de uma situação da qual nenhum dos dois tem culpa.

O enredo, neste aspecto, verdadeiro ou não, é perfeito! Ele mostra os aspectos mais relevantes da amizade e da convicção dos dois pela profissão que abraçaram.

James Mangold nos mostra uma direção sóbria e sólida, que é ajudada de maneira correta pela tecnologia usada nos filmes modernos.

 

Aí se torna evidente que não é preciso fazer uso de piruetas gráficas ou super heróis para se construir cinema de boa qualidade!

A despeito de qualquer outra coisa, e da ausência do Dolby Atmos, a trilha sonora, mesmo em DTS HD MA de 7.1 canais, é muito envolvente e nos traz uma sensação de realismo nas cenas de corrida. A mixagem nos canais surround é o que, em última análise, permite este envolvimento.

O mundo automobilístico costuma ser cruel com os seus corredores, apesar de todas as preocupações de desenvolvimento de novos métodos de segurança tomados ao longo do tempo. Na vida real, Ken Miles pagou com a sua vida, ao procurar novos aperfeiçoamentos do carro para competir. Várias décadas depois, nós perdemos Airton Senna, um dos maiores corredores de todos os tempos, vítima de um acidente estúpido, sobre o qual nunca mais se falou e nem se elucidou, que eu me lembre, quanto à sua causa. Outrolado_

. . .

 

O Caso de Richard Jewell

Formato Super Panavision vai bem, obrigado

Paulo Roberto Elias é professor e pesquisador em ciências da saúde, Mestre em Ciência (M.Sc.) pelo Departamento de Bioquímica, do Instituto de Química da UFRJ, e Ph.D. em Bioquímica, pela Cardiff University, no Reino Unido.

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