Meta sente que o metaverso está perdendo o fôlego.
Apesar da (alta) aposta de Mark Zuckerberg na realidade digital chamada metaverso, a própria empresa (que mudou seu nome para Meta por conta dessa aposta) está percebendo uma grande queda no interesse do público pela tecnologia.
O headset de realidade virtual e aumentada Quest 3 deve ter uma distribuição muito menor que o antecessor Quest 2. Além disso, há rumores sobre demissões na divisão Reality Labs, que produz os conteúdos de realidade virtual da empresa.
Os sinais de desânimo na Meta ecoam o que acontece com a Apple e seu Vision Pro, que também exibe resultados abaixo do esperado.
O analista da indústria da TF International Securities, Ming-Chi Kuo, informou na quinta-feira que as previsões de envio para o Quest 3 no segundo semestre de 2023 foram originalmente definidas em mais de 7 milhões de unidades no início deste ano. O número foi reduzido para 2 a 2,5 milhões de unidades no segundo semestre de 2023, e ele espera que a empresa remeta para venda apenas 1 milhão de unidades no próximo ano.
As coisas não parecem muito melhores para os novos óculos Ray-Ban Meta Smart. A Meta colocará no mercado apenas cerca de 1,5 milhão de unidades durante todo o ciclo de vida do produto, de acordo com as previsões de Kuo.
Os Ray-Ban Stories originais da Meta em 2021 tinham apenas cerca de 50.000 usuários ativos, e isso foi quando a empresa esperava comercializar cerca de 2 milhões de unidades. Após vendas abaixo do esperado, a Meta reduziu esse número para cerca de 300-400.000 óculos.
Kate Wagner escreveu um bom artigo para o The Nation sobre o fracasso do conceito de metaverso: Lessons from the catastrophic failure of the metaverse. [Webinsider]
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