Estratégia? Vamos fazer algo com ChatGPT

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A IA generativa nos abre novas oportunidades. Mas também força os executivos a lidar com novas incógnitas. Não basta "fazer algo com o ChatGPT"

A estratégia não deve ser usar a ferramenta e sair em busca de problemas onde ela possa ser solução. E nem deve ser “fazer algo com ChatGPT”.

 

Para os executivos, a IA generativa representa um desafio. Como adotar de maneira correta essa tecnologia? Esta não é uma tarefa fácil, e os executivos, que provavelmente estão distantes da tecnologia em si, podem se sentir incertos sobre o que fazer. Mas, na nossa perspectiva, a prioridade dos executivos não é mergulhar na tecnologia, mas devem se concentrar em compreender como a IA generativa afetará suas organizações e seus setores, e quais escolhas estratégicas permitirão que explorem oportunidades e gerenciem desafios.

A jornada começa na identificação dos problemas que afetam a empresa e que não conseguiram ser resolvidos com as tecnologias atuais. A IA generativa se aplicará a eles?

Com ferramentas de IA generativa, como ChatGPT, Copilot, MidJourney, Gemini e outras, a IA tornou-se acessível e ao longo do tempo pode se tornar tão comum quanto um Excel nas empresas. Em determinados setores como marketing, comunicação interna, relação com investidores e clientes, vendas e jurídico, que lidam com muitos textos os ganhos imediatos de produtividade podem reduzir muito os custos. A IA generativa pode resumir documentos em questão de segundos, com um excelente resultado.

Mas o poder de democratização da IA generativa também significa, por definição, que os concorrentes terão as mesmas condições de acesso. Os casos de uso que dependerem dos aplicativos de modelo de linguagem grande (LLM) existentes, como o ChatGPT, não oferecerão diferenciação competitiva sustentável, pois a única variabilidade criada resultará da capacidade dos usuários prepararem prompts ao sistema. Todas as empresas poderão fazer isso, como hoje todas usam Excel.

O objetivo dos executivos será identificar os casos de uso que sejam realmente diferenciadores competitivos. Mas, ao encontrarem esses casos, começará uma tortuosa jornada de identificar seu nível de prontidão.

A empresa tem os talentos, a cultura, as tecnologias e os investimentos para as ações necessárias, que podem variar de um “fine tuning” de um modelo existente até a criação e treinamento de um novo modelo, específico? Os investimentos variam bastante e podem chegar a um patamar bem elevado. Uma ação para algo mais complexo depende do grau de maturidade e prontidão da organização. Uma empresa que esteja em um grau de prontidão baixo deverá ter muito cuidado em pensar em ações mais complexas como fazer um “fine tuning” e ou criar um novo modelo LLM.

A IA generativa nos abre novas oportunidades. Mas também força os executivos a lidar com novas incógnitas. A estratégia não deve ser usar a ferramenta e sair em busca de problemas onde ela possa ser solução. E nem deve ser “fazer algo com ChatGPT”. [Webinsider]

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Cezar Taurion é CSO da RedCore.ai

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