Tudo para ficar perto do consumidor (e do cliente)

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O evento Digital Age 2.0, realizado na semana passada em São Paulo, começou com receitas prontas, um monte de meias verdades e alguma verdade absoluta.

Tudo se transforma. Inclusive as relações. Não existe mais o “eu sou digital, você é impresso e ele é mobile”. O pensamento é a integração das mídias para uma boa entrega no fim das contas.

Existem clientes que evoluíram e outros que ainda não capturaram a maturidade para ter visão na web e experimentar. Mas experimentar o quê?

Falta apuração nas notícias, faltam fontes seguras e sobra um volume enorme de notícias sem apuração jogadas na rede.

Estes foram alguns tópicos do discurso inicial da abertura do Digital Age 2.0, com a proposta de debater assuntos digitais para quem trabalha e vive o mercado de marketing na internet.

Por lá passaram nomes como Brian Solis, chairman das mídias sociais e presidente da FutureWorks, além de especialista em convergência de relações públicas, mídia e Social Media. Colunista dos blogs TechCrunch e Mashable e autor do livro Engage, sobre a social media e o trabalho de relações públicas das empresas. É co-fundador do Social Media Club e membro do Media 2.0 Workgroup.

Foi de longe com quem mais aprendi sobre relações construídas no social media. Estas são relações baseadas na confiança; construção de marca é entender que o consumidor é a parte mais interessada do início ao final. Ele citou diversas vezes a Starbucks como exemplo de marca construída com respeito e lealdade ao consumidor.

Prét-à-porter digital

Facebook é a top model da temporada nas redes sociais em alguns lugares do mundo.

clara_shihA super bem vestida Clara Shih, CEO da Hearsay Labs e autora do livro The Facebook Era, especializada em soluções de gestão e métricas corporativas em redes sociais, foi escolhida como uma das mulheres mais influentes em tecnologia, em 2010, pela revista Fast Company. Em 2007, criou o primeiro aplicativo de business conectado ao Facebook.

Tentou convencer que a estrela da vez é o Facebook e mostrou cases de sites que não derem certo como sites, porém deram certo como perfil crescente da geração de pequenos negócios nos EUA.

Clara apresentou uma novidade de relacionamento: na página do Facebook da Pizza Hut é possível fazer um pedido para entrega, o que representa um novo meio de comunicação para o consumidor e está fazendo muito sucesso lá fora.

Shih apresentou números interessantes, como 73,5 milhões de pessoas acham importante ter um perfil social. Mas isso não quer dizer que necessariamente seja no Facebook, certo?

Mas todos concordam que é necessário conhecer cada caso específico antes de se aventurar na rede, ouvir e compreender. Quando se investe no relacionamento com o cliente, ele sente.

Mas ainda existem muitas dúvidas sobre como convencer grandes marcas mundiais de diferentes níveis de atuação a fazer ações no Facebook: por que pode funcionar a sua comunicação dentro do Facebook? Ficou um gosto de quero mais.

Por alguns momentos conversei a respeito disso com Jeff Paiva, que comentou ter feito grandes ações no Facebook para a Perdigão e outras marcas. #AchoJusto que no próximo ano o Jeff Paiva apresente esses cases que deram certo e mostre que existe vida útil para as marcas dentro do Facebook.

De qualquer maneira, todos precisam entender que somos um país tropical e temos que tropicalizar o conceito, pois nem tudo que funciona para quem come hamburguer funciona para quem toma caipirinha.

E é necessário entender que, a partir do momento que a propaganda invade de forma agressiva uma rede social, seja ela qual for, as pessoas migram para outra. #Fato.

Temos que achar o caminho do meio. Eu notei que uma grande maioria estava preocupada em fazer média com o cliente, afirmar que o seu próprio time é o melhor e sua solução é aquela que resolve.

E senti falta de uma discussão mais profunda e de fato como se transformam essas ideias numa nova cultura digital na prática.

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Jornal Nacional e Google

Vamos taguear o William Bonner e rodar links patrocinados ao lado da Fátima Bernardes no novo Jornal Nacional?

Num dos painéis mais polêmicos do evento foram discutidos temas como a afirmação do presidente da DM9, Sérgio Valente, que foi citado por um dos debatedores presentes, o Eduardo Fleury, atual diretor comercial digital do Grupo RBS sobre sua última parábola: o Google é o novo Jornal Nacional?

A reação da plateia foi de “como assim?” Qual a conexão entre duas coisas tão distintas. Seria um comparativo com a popularidade dos dois? Como comparar o Jornal Nacional com uma ferramenta de busca?

São mundos paralelos; o Jornal Nacional pode existir dentro do Google. Mas dificilmente teremos o Google dentro do Jornal Nacional. Ou será que um dia conseguiremos taguear o William Bonner e a Fátima Bernardes, com links patrocinados rodando do lado esquerdo na tela?

A grande lição é o aprendizado coletivo, pois ainda estamos caminhando para uma evolução no comportamento das pessoas na internet e as marcas estão procurando agregar valor. E principalmente estão dispostas a correr riscos para estar mais próximas de quem realmente importa – sua majestade, o consumidor. [Webinsider]

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Adriana Azevedo (@AdriAzevedo) é jornalista, PR e subeditora do Webinsider.

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2 respostas

  1. Muito indica que a integração das mídias é cada vez mais necessária. Talvez estejamos distantes de links patrocinados ao lado da Fátima Bernardes, mas certamente campanhas que englobam ações ligadas a um planejamento bem traçado utilizando diferentes mídias que atingem eficazmente nanoconsumidores é o caminho a ser seguido.

  2. Ótimo artigo. Eu não puder ir no #Dage20, mas tive uma boa visão geral.
    O Google é o novo JN na medida em que é ele que nos rouba a nossa atenção (audiência) hoje. Ainda assim, concordo que as possibilidades do Facebook o tornam mais promissor para as empresas que o Google.

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