O que vem pela frente: conformismo ou atitude?

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Deixemos de lado preferências políticas e tratemos de ver o mercado como de fato ele se apresenta.

O Brasil precisa criar 15 milhões de empregos nos próximos dez anos apenas para absorver o número de pessoas que entrarão no mercado de trabalho, segundo estudo da Organização Internacional do Trabalho (OIT), divulgado na segunda-feira.

A organização está preocupada com a débil recuperação do emprego no mundo depois dos abalos da crise financeira mundial. Segundo a OIT, países emergentes como o Brasil estão apresentando elevação das vagas de trabalho, porém ainda inferior ao necessário para absorver a mão de obra ociosa existente e a quantidade de pessoas que devem se incorporar à população economicamente ativa.

Em dez anos, 212 milhões de pessoas passarão a compor a população economicamente ativa entre os países do G20, segundo a OIT.

A Índia é a que terá o maior desafio, com 62% do total. Em segundo lugar, está a China – onde 23 milhões de pessoas devem iniciar a busca por emprego nos próximos dez anos – seguida pela Indonésia, com 20 milhões.

Os Estados Unidos, onde a preocupação com a falta de criação de empregos em grande volume aumenta, terá de absorver 11 milhões de novos integrantes na população economicamente ativa.

Segundo a OIT, apenas seis países devem reduzir o número de pessoas com idade para trabalhar. Entre eles, a organização destaca Japão e Rússia.

O estudo foi divulgado pela OIT especialmente para a reunião do G20 na Coréia do Sul.

Se para muitos o pouco ainda é visto como uma alternativa de novas perspectivas de trabalho, é preciso prestar mais atenção aos sinais que o mercado nos envia. Com esses dados em mãos, é intensa a preocupação com relação a programas de crescimento e principalmente ao que diz respeito a expectativas de gastos maiores que ganhos.

Empresários continuam otimistas com o cenário vermelho, apesar de especulações já apontarem dúvidas quanto ao novo formato de medidas, criação de novos impostos e ressurgimento de antigas taxas.

Precisamos nos questionar o que nos reservam os próximos quatro anos – uma conduta adequada ou um conformismo improdutivo. [Webinsider]

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Daniela Maimone (danielamaimone@gmail.com) é publicitária, escritora e fotógrafa. Mantém o blog Vivendoja e o Twitter @dani_publica. Confira seu portfolio.

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Uma resposta

  1. Ótimo artigo. O Crescimento sustentável ainda é para alguns uma utopia ou então uma negócio não vantajoso. O que provavelmente deve acontecer é uma imigração desses países populacionamente crescentes para os outros países menos “abarrotados” de gente. Chineses e indianos procurando trabalho em países onde eles “caibam”.

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