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time_cover Mark Zuckerberg também ficou conhecido por ser “o mais jovem bilionário da História” (já o era aos 25 anos.)

E o Facebook passou de “mais uma rede social” (em 2004) para “a” rede social (2010): The Social Network. Hoje quase ninguém mais se lembra do Orkut, que já foi febre no Brasil. Muito menos do Friendster, a primeira de todas. E, menos ainda, do MySpace, que conseguiu seduzir até um velho dinossauro como Rupert Murdoch.

O fato é que o assunto “Facebook” está à beira da exaustão – o que muitos especialistas apontam como o auge da valorização do site (antes da queda). Além do livro e do filme, já havia sinais, desde que o Facebook ultrapassou o Google em visitação, nos EUA, atingindo, posteriormente, 500 milhões de usuários no mundo. O Twitter, que pretendia 1 bilhão de usuários, contentou-se com uma aparição no programa de Oprah Winfrey, o máximo de exposição em sua carreira, igualmente, meteórica. (E o Google tentou comprar o Twitter; e o Facebook acabou comprando o FriendFeed…)

A especulação deixa de sê-lo, contudo, quando o Goldman Sachs anuncia que vai comercializar as ações do Facebook, numa das maiores IPOs da história. E, para provar que é bom negócio, o Goldman investe do seu próprio bolso (no Facebook). Muita gente estrilou, por dois motivos. Primeiro porque o Goldman foi “resgatado” pelo governo, durante a crise de 2008. Logo, não poderia estar, novamente, envolvido num investimento de risco (envolvendo, em última instância, o dinheiro dos contribuintes).

Em segundo lugar, porque investir o próprio dinheiro (até onde esse dinheiro pode ser “próprio”) não significa muita coisa, afinal o Goldman vai lucrar muito mais, se o Facebook efetivamente for “a maior IPO da história”. Quem lança essa tese é Douglas Rushkoff, um analista sobrevivente (desde a primeira bolha de internet, em 2000). Rushkoff não compara o Facebook com o MySpace (outro fiasco), nem com o Orkut (que só trouxe processos ao Google), nem com o YouTube ou o PayPal, valuations “recentes”, mas, sim, com a America Online.

A AOL foi, se é possível lembrar, “maior que a internet”, antes da internet. E a AOL se fundiu com a Time Warner, quando estava no auge, numa tentativa desesperada de aproveitar a onda e adquirir ativos do chamado “mundo real”. Rushkoff lembra que a fusão foi um desastre, que acabou sendo desfeita, e que Steve Case, outrora gênio da internet, teve de se contentar com aparições em eventos como os do blog TechCrunch (aliás, vendido para a mesma AOL), que subsiste…

Toda a discussão retorna ao encontro memorável entre Jason Calacanis e David Heinemeier Hansson, da 37Signals, que encarnavam, respectivamente, o capitalismo das bolhas, “estilo” Facebook, e o “capitalismo real”, estilo “economia real”.

Hansson argumentava que valorizações estapafúrdias não ajudavam os negócios na internet, criando expectativas incomensuráveis, eternamente condenadas à frustração. Já Calacanis contra-argumentava que investidores bilionários, ou até simples milionários, queriam negócios cada vez maiores, e que as bolhas faziam, sim, parte do jogo. Não se sabe, exatamente, quem serão os ganhadores e os perdedores, nesta rodada, mas as apostas, no Facebook, já giram em torno de 50 bilhões de dólares…

Facebook hype will fade [Webinsider]

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Avatar de Julio Daio Borges

Julio Daio Borges é o editor do Digestivo Cultural.

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5 respostas

  1. Tudo é especulação. 50 bi no Face é apenas mais uma tentativa de faturar rápido e encher os cofres, após a “esvaziada” de 2008-2009.
    Creio que o auge do Face foi em 2010. A partir de 2011 a curva tende a declinar e a se estabilizar.
    Vejo o Face como uma ferramenta de comunicação, assim como MSN, Skype, etc. e seu prazo de validade é uma incógnita.
    A questão de segurança e exposição dos dados dos usuários, pelo Face, mostra que a guerra por audiência (e dólares) está cada vez mais acirrada.

  2. Nunca consigo entender quando vejo alguém dizendo sobre redes sociais, ou midias, ou ferramenta que “já passou do seu auge” – mais recentemente falando de Twitter e Facebook, mas já ouvi muito sobre e-mail e até mesmo internet! Fico assustada quando vejo pessoas que dizem que o Orkut “já era”.

    Uma coisa que sempre vejo e não entendo: “Hoje quase ninguém mais se lembra do Orkut, que já foi febre no Brasil.” Como assim “já foi uma febre no Brasil”? Existe muita gente migrando entre as redes, mas é muito claro que Orkut continua muito forte, especialmente no Brasil.

    O contexto está atualizado, mas não realiza a realidade do mercado brasileiro.

    Sobre os comentários: Facebook não veio para substituir Twitter, Twitter nao veio para substituir e-mail. E pra mim é um tanto estranho esse tipo de raciocínio. Quando uma rede social ou uma midia digital vira ferramenta ela não tem apenas ondas de valores, mas mantem uma vida bem estável: Facebook hoje é uma ferramenta, não apenas mais uma rede social.

  3. É meus caros, o Facebook vale sim, mais do que parece pra gente, meros mortais… e sabem por quê? Simplesmente porque o que vale GRANA mesmo hoje em dia é INFORMAÇÃO. E isso ele tem, e cada vez mais.

    Ou vocês acham que o jantar em San Francisco foi apenas pra bater um papinho?

  4. Facebook não é novidade, já que o TWITTER criou algo totalmente novo.
    Facebook tem na realidade talvez 200 milhoes usuários reais, a maioria só jogar ou brincar, existe inumeros contas duplos, triplos, etc… eu mesmo tenho 8 contas comerciais no facebook.
    Twitter é uma plataforma aberta, já que facebook é fechada, por isso super limitada em tudo.

    No meu entender, o Facebook pode valer no maximo talvez 5 bilhoes…. e Facebook é só popular no momento, pois todos escrever sobre Facebook ja algum tempo sem para, isso publicidade pura e por isso esta crescendo, valor real não gerar, ao contrario usando e vendendo os dados dos membros registrados para lucrar, isso eu chama de uma exploração moderna.
    Imagina os registrados acordam um dia e descobrem como foram enganados e usados por facebook – e o que será que vai acontecer apos esse dia ???

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