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Clientes na contramão da terceirização

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Ricardo Almeida

Ao participar de grupos de discussão e sites de comunidades de profissionais de e–business é possível observar um fenômeno bastante interessante no meio: a mudança de endereço das vagas de emprego neste setor. E friso mudança – não desaparecimento.

Até pouco tempo atrás, profissionais de e–business – desde webdesigners até programadores, analistas de sistemas, estrategistas e gerentes de projetos – sempre estavam em empresas especializadas, como desenvolvedoras ou agências.



Ficavam algum tempo em uma, depois cansavam, iam para outra e assim por diante. Tesla, Agência Click, a antiga MLab, a falecida Totem. Um turn–over altíssimo que acabou marcando uma infeliz característica do mercado como um todo.



Como efeito colateral, o mercado de clientes – empresas tradicionalmente parte da velha economia – se cansou de ter que trocar de time de relacionamento dentro destas desenvolvedoras. Cada mês, uma novidade na equipe de atendimento – o que, claro, sempre demandava uma nova etapa de aculturação e prejudicava os projetos.



Ao mesmo tempo, a qualidade geral dos projetos – websites, intranets, campanhas online – nem sempre estava a altura das expectativas.



Como resultado muitos clientes hoje montam o seu próprio time de desenvolvimento, de modo a depender cada vez menos de empresas do setor e criando assim o que chamamos de estruturas ponto–corps.



Na contra–mão de todas as tendências de terceirização, o curioso é que, neste caso, o caro pode sair barato. Por incrível que pareça, é menos custoso para uma empresa montar um time próprio e completo – mas sob o seu total comando – do que terceirizá–lo e se colocar à mercê de tempestades que, volta e meia, abalam o setor de e–business.



Isso ocorre, por exemplo, com instituições como o Secovi, Sindicado de Habitação do Estado de São Paulo. Ele começou como tantos outros: contratando serviços de terceiros e adquirindo ferramentas administrativas que eram vendidas como as melhores do mercado. Hoje, toda a equipe é própria e o crescimento dos níveis de satisfação é visível.



Uma pena para o mercado de desenvolvimento, que cavou o próprio túmulo: basta notar o quanto ele se enxugou, hoje dominado quase que completamente por meia dúzia de empresas de maior porte.



Uma bênção para os profissionais de e–business que, ao invés de ficar à mercê destas poucas empresas, podem agora contar com uma diversidade muito maior de vagas.



É claro que esses profissionais enfrentam mudanças e precisam se adaptar a uma realidade mais corporativa, menos ponto–com. Precisam cumprir horários fixos e outras regras; os salários cairão para patamares mais próximos à realidade; horas extras precisarão ser evitadas a qualquer custo; um certo jogo de cintura político se fará mais necessário. E alguns terão ainda que tirar a carteira de trabalho pela primeira vez!

Mas é um novo estilo de vida que, convenhamos, vale a pena ser adotado, pois faz parte de um contexto de mudanças que mostra, até que enfim, uma luz no final do túnel para os profissionais do e–business brasileiros. [Webinsider]

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Ricardo Almeida apresenta o Planejamento de Projetos Web, no Rio de Janeiro, dias 10 e 11 de dezembro.


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Artigos de autores diversos.

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