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Um home theater hoje é um centro de reprodução de mídia, com faixas distintas de qualidade e recursos, de modo a atender todos os segmentos de usuários, dentro de cada proposta de instalação.

Dos seus primórdios de cinema doméstico na base de videodiscos, mais tarde com fitas de videocassete pré-gravadas e mais uma TV de tubo, até os dias de hoje, o home theater avançou muito. No entanto, parte significativa deste avanço passa transparente para a grande maioria de seus usuários, e me arrisco a dizer, de seus entusiastas também.

Provavelmente, parte desta transparência reside na velocidade com a qual a tecnologia avança. A cada ano novos processadores de áudio e vídeo são empregados em larga escala, com aplicações que vão desde reprodutores de mesa, computadores e media players, até televisores e projetores.

Todas as faixas de produto são hoje indistintamente cobertas, do mercado de massa ao chamado high end, seguindo assim uma tendência que data do início dos anos 90, quando os fabricantes e desenvolvedores de chips sofisticaram seus modelos, a ponto deles se tornarem economicamente abordáveis pelo segmento de produtos comuns de consumo, e tecnologicamente interessantes para os designers de equipamentos mais sofisticados.

A diferença entre o mercado de massa e o high end, ao usar o mesmo chipset, está na maneira como este é integrado com os demais componentes, e principalmente no software que é escrito para que ele atinja o máximo de sua capacidade.

O benefício de se conseguir fazer software bem escrito está no fato de que o segredo da eletrônica moderna está na pré-programação de funções encapsuladas em chips de alta integração de comandos, e na aplicação destes comandos no design de um dado equipamento. Em outras palavras, é o resultado da união entre hardware e software, anteriormente consagrada durante o desenvolvimento e aperfeiçoamento dos microcomputadores, anos atrás.

E é por isso também que os fabricantes de produtos de massa podem se dar ao luxo de oferecer modelos em linhas diversas, em faixas de preço que contemplam sofisticação e poder aquisitivo do usuário.

E concomitantemente permite que fabricantes dedicados ao mercado de entusiastas possam construir e vender aparelhos de alta performance, com preços completamente fora do mercado high end.

A cadeia de reprodução de vídeo

Longe agora do nosso alcance estão os circuitos de reprodução de vídeo que se limitavam a entregar a imagem dentro dos padrões previstos, sem qualquer tipo de aprimoramento. E nos anos recentes é difícil não se notar alguma melhoria entre modelos novos e os seus antecessores. Basta ver o salto de qualidade no backlight das telas LCD, que acabou impulsionando coisas como nível de preto, contraste e principalmente gama de cores.

Essencialmente, o trajeto da imagem vai da sua fonte de sinal até o seu destino passando por circuitos capazes de fazer dela o mais desejável em termos de qualidade. Colocando este trajeto de forma simplificada, poderíamos ter o seguinte caminho:

image001

Um reprodutor de qualquer tipo interpola obrigatoriamente um chip decodificador logo após o drive de leitura (loader), se houver um. Fontes alternativas de sinal (um flash drive USB ou HD externo) são igualmente contempladas. Isto per se transforma o reprodutor de discos em um media player. A este ainda se pode acrescentar o recurso de streaming (fluxo de dados), que é a passagem do sinal de áudio ou vídeo pela rede interna do usuário em tempo real.

A função primária de qualquer decodificador é transformar o bitstream digital em sinal analógico. Entretanto, esta conversão pode não ser imediata, se houver necessidade de algum outro tipo de processamento. Neste caso, o sinal continua em ambiente digital, para ser pós-processado.

Este pós-processamento é importante, não só para manter a qualidade do sinal da fonte, como também para aprimorar sinais de qualidade mais baixa. Um exemplo típico surgiu, anos atrás, com os primeiros leitores de DVD (480i) com capacidade para converter o sinal para 1080i e depois 1080p.

Com o aparecimento dos displays e projetores capazes de aceitar o sinal digital em entrada HDMI ou DVI, a manutenção do ambiente digital é vantajosa para o processamento dentro destes equipamentos.

A sofisticação de aprimoramento de modelos recentes desafia até mesmo a parte mais fértil da nossa imaginação. Algoritmos que trabalham pixel a pixel atingem níveis de aprimoramento nunca antes imaginado. E com isso fontes de sinal medíocre ou cheias de artefatos passam a ser assistíveis dentro de uma base razoável de qualidade.

Em modelos mais ecléticos, o pós-processamento para melhorar ou adaptar o sinal pode ser completamente desligado, o que é bastante útil para o usuário que instala um processador externo ou passa o sinal por mais de um processador.

É difícil enumerar todos os benefícios dos processadores de vídeo atuais. Eles vão desde processos de filtragem diversos até a adaptação da imagem nativa ao seu destino. Este último recurso ajuda em muito a reprodução de filmes em vídeo gravados pelo processo 4:3 letterbox, originados com a inclusão de legendas fora da área de imagem, entre outras coisas. O deslocamento de legendas é o que, em última análise, garante a reprodução integral de imagem em telas 21:9 ou em projetores com lente anamórfica.

As mudanças de filtragem vão além de reduzir artefatos: elas se destinam principalmente a aumentar o nível de detalhe em áreas de sombra, aumentar a extensão da palheta de cor e no caso específico de DVDs (480i) de aumentar a resolução entre pixels.

Não existe, em princípio, razão pela qual o usuário não vá se beneficiar de mais de um tipo de tratamento de imagem (dentro do reprodutor e fora deste), mas não é incomum achar pessoas que propõem a exclusão de uma delas, baseadas em resultados obtidos com discos de teste de vídeo. Por isso, nos equipamentos de melhor nível, qualquer estágio pode ser customizado, o que ajuda o usuário neste tipo de situação.

O Oppo BDP-93

A Oppo Digital ganhou a sua fama no mercado de áudio e vídeo por ter se dedicado à fabricação de leitores de mesa capazes de tocar mídia de alta resolução, como SACD e DVD-Audio, tanto na saída HDMI quanto principalmente nas saídas 5.1/6.1/7.1 analógicas de alta qualidade.

Inicialmente, a empresa chinesa, que tem a sua primeira base no mercado americano e comercializa seus produtos para os mercados interno e externo online, fabricou DVD players com características de aprimoramento da imagem por método de upscaling (480i para 1080i e depois 1080p). A partir daí surgiram os players “universais”, que foi quando os seus modelos ganharam uma boa reputação pela ótima relação custo/benefício. A empresa optou por trabalhar na faixa de mercado intermediária entre o consumo de massa e o high end, e diminuiu custos operacionais pela eliminação da distribuição e revenda, com exceção da Amazon americana e representantes específicos em outros países.

Em um segundo momento da sua linha de produtos, a Oppo hesitou em se lançar no segmento dos reprodutores de Blu-Ray, e numa fase inicial teve uma certa dificuldade em padronizar a reprodução de DVD-Audio nos protótipos. Posteriormente, entretanto, os seus primeiros modelos acabaram por descontinuar a produção de toda a linha de DVD anterior.

A introdução no mercado do modelo BDP-83 consagrou o uso de um processador de vídeo de alta performance, o ABT2010-VRS (Video Reference Series) da Anchor Bay. Este chipset havia ganho prêmios pela sua alta qualidade de limpeza e clareza da imagem.

A companhia, entretanto, ao invés de se ancorar nos louros e elogios conseguidos, partiu para um segundo modelo, ao final do ano de 2010: o Oppo BDP-93. E neste trocou o VRS pelo sofisticado Kyoto G2 (segunda geração) da fábrica de semicondutores Marvell, que usa a tecnologia Qdeo (Quiet Video) e é considerado o estado da arte em processadores de vídeo atualmente:

kyoto-g2

Entre as características de operação do Qdeo Kyoto estão a redução de ruído pixel a pixel, justificando, como o nome sugere, uma imagem limpa e livre da maioria dos artefatos digitais comumente encontrados nas mídias em disco. Mesmo edições em alta definição podem conter estes tipos de ruído, mas é na reprodução dos DVDs e mídias assemelhadas que o tratamento de redução de ruído alcança o seu maior benefício.

Isto pode parecer pouco, mas na realidade não é: quando se trata de ambiente digital há um benefício implícito em explorar a relação sinal/ruído do material de origem, e quase sempre isto resulta em uma maior fidelidade de reprodução, seja para áudio quanto para vídeo.

O processador Qdeo, entretanto, não se detém no tratamento do ruído. Ele incorpora uma série de melhoramentos nas áreas de cor e contraste, coisas que os antecessores de outros fabricantes já haviam feito com sucesso, mas neste caso levadas a uma segunda geração de experimentação.

Não há porque não fazer uso das vantagens implícitas de um processador de vídeo deste tipo e a Oppo as usa todas em seu favor no BDP-93. A conversão de formato, por exemplo, é fundamental para a adaptação do material de vídeo nativo ao tipo de display do usuário. E quando se trata de filme convertido para vídeo, que constitui a grossa maioria dos problemas de cadência, quanto melhor o processador melhor o resultado.

Uma conversão correta de filme em vídeo implicará na melhor reprodução possível do material de fonte independentemente do tipo de display usado. Quando isto não é conseguido o resultado é a presença de artefatos de movimento diversos, mesmo nas telas que fazem uso de mecanismos próprios de compensação. Essencialmente, o processador da Marvell trabalha com a conversão de formatos e no aprimoramento da imagem, e cada um destes itens é tratado com algoritmos proprietários.

No design do Oppo BDP-93, porém, a proposição foi a de programar uma segunda saída HDMI ativa. E como a saída de vídeo do Kyoto já está ocupada com a saída HDMI de alta performance, a Oppo usou um chipset Mediatek MT8530HEFG, customizado, para a segunda saída HDMI e para todas as demais saídas:

image003

Esta segunda saída HDMI facilita a conexão do BDP-93 com processadores ou receivers que não são compatíveis com protocolos 3D. A empresa sugere ainda que ela possa ser usada exclusivamente para áudio, particularmente nos casos acima.

A empresa, porém, admite a possibilidade do seu usuário não querer usar qualquer tipo de processamento, e neste caso a saída dos processadores é desligada por completo.

A construção do BDP-93 obedece a critérios anteriormente adotados pela indústria high end: a gaveta e o drive de disco estão situados na parte central do aparelho e toda a parte estática, como o tipo de gabinete, pés e fixação por parafusos é planejada para evitar o mínimo de influência da vibração do drive de leitura sobre o pick-up ótico. Isto aumenta a acuidade de captura e diminui a necessidade de correção de erros do bitstream lido no disco.

Na parte de áudio, o BDP-93 trabalha com o chipset da Cirrus Logic modelo CS4382, o mesmo do BDP-83. O chip é capaz de decodificar codecs avançados, ao mesmo tempo em que processa DSD (usado no SACD), e suporta PCM até 192 kHz, o que garante a reprodução de DVD-Audio pelas saídas analógicas:

image004

Além disso, se o usuário dispõe de uma entrada HDMI para todo o processo de reprodução de música, este chip dispensa o uso das saídas analógicas. A própria Oppo recomenda que assim o seja, mas se o usuário quiser uma saída analógica multicanal dedicada, a sua melhor opção é investir no modelo BDP-95, explicado mais abaixo.

A saída multicanal analógica permite a conexão com equipamentos externos de até 7.1 canais. Entretanto, ambos os modelos 93 e 95 dão a opção de ligar, por HDMI, um processador externo capaz de receber e decodificar sinais de áudio de alta resolução.

Na parte de SACD, por exemplo, ambos passam DSD ou PCM por HDMI. Se este último for usado, a conversão é feita previamente de DSD para PCM @ 88.2 kHz/24 bits, seguindo o formato padrão de aparelhos anteriores. Mas, no caso de ser enviado o sinal DSD original do disco, a transmissão é feita em 8 segmentos de 44.1 kHz @ 8 bits, entregando o sinal integral, como já anteriormente comentado nesta coluna.

O Oppo BDP-95 é uma variante do BDP-93, dedicada ao audiófilo: ele inclui um board completamente novo, dotado de um conversor digital analógico (DAC) Sabre, modelo ES9018, fabricado pela ESS Technology:

image005

Além disso, o novo board incorpora amplificadores operacionais (op-amps) LM4562 da National Semiconductors, garantindo assim um baixo ruído na transmissão do sinal.

E ainda algumas modificações na fonte de alimentação, como o emprego de um transformador toroidal fabricado pela Rotel para a Oppo, dispensam qualquer comentário que se pudesse fazer contra a pureza do sinal analógico.

E se isto não bastasse, a Oppo ainda inclui conectores XLR estereofônicos com saída balanceada, destinada aos ultra puristas e adeptos do som de dois canais para a reprodução de música.

Saídas balanceadas são comumente usadas em aplicações profissionais. A diferença entre elas e as saídas de áudio convencionais é a condução do sinal por terminais de fios com a mesma impedância, em configuração de par trançado e com terra (polo negativo ou ligação a chassi) isolado em uma malha externa, ao passo que os conectores comuns conduzem o sinal por um fio e o terra no outro.

A vantagem é óbvia: melhor isolamento do sinal e a blindagem do mesmo com a melhor qualidade possível. Tudo isto torna o BDP-95 um aparelho de alto nível, mas ele vem com custo infinitamente mais baixo do que os seus equivalentes do high end.

Quanto mais, melhor!

Não há dúvida que na montagem de um home theater moderno faz sentido a aquisição e instalação de componentes com um maior número de recursos de tratamento de imagem e som, independente de quais recursos serão efetivamente usados.

Via-de-regra, até mesmo o usuário mais exigente poderá se dar conta de que os refinamentos obtidos com o tratamento default dos equipamentos são plenamente satisfatórios e dispensam, ipso facto, a intervenção do usuário para tentar melhorar o que já está bom.

Discos de teste estão por aí, para que se possa atingir o refinamento desejado, e não é impossível que ele acabe desativando o tratamento de imagem de um equipamento em função de outro. E é por isto, em última análise, que a Oppo tomou a decisão de incluir a opção de desativação do seu chipset interno (source direct) e outros fabricantes, no meu entender, deveriam fazer o mesmo.

Por outro lado, deve-se ter em vista que quanto melhor um sinal de qualidade na entrada de um display melhor, em tese, será o resultado da imagem visualizada, já que a grande maioria dos aprimoramentos é feita com base comparativa entre as diversas regiões da imagem.

Na parte de áudio, a situação é bem menos complicada e melhor compreendida por parte do usuário. Arquivos excessivamente comprimidos, como o MP3, por exemplo, têm sido alvo do beneficiamento automático dos processadores de áudio mais recentes do mercado.

Em se tratando da sua cadeia de reprodução, é suficiente mandar o sinal digital de áudio o mais longe possível, que dá certo na maioria das vezes, ou então mandar o leitor de mídia transformá-lo em analógico imediatamente e tratar de usar o melhor sistema de amplificação possível.

Seja de uma forma ou de outra, um home theater moderno, se corretamente calibrado e instalado, traz hoje ao usuário um cenário bem mais atraente do que uma instalação de cinema comercial, já que a maioria das grandes salas de espetáculo se tornaram ausentes para que se pudesse fazer hoje uma comparação mais justa!

O home theater moderno é hoje um centro de reprodução de mídias de áudio e vídeo por disco, dispositivos de memória ou streaming (computadores, rede local e internet), e não apenas de filmes em vídeo, como antigamente. E se algum benefício se pode trazer disto é a possibilidade de se concentrar em um só ambiente todos os esforços para entretenimento doméstico que dependem de espaço para a sua plena realização.

A tecnologia em si ainda está longe de ser amigável, e a instalação ainda complexa. Mas, é o preço que se paga pela nossa incipiência, toda vez que nós nos propomos a adotar um hobby como este. O usuário final que não é hobbyista paga um preço maior, mas algum dia virá que os processos de automação irão resolver isto! [Webinsider]

Avatar de Paulo Roberto Elias

Paulo Roberto Elias é professor e pesquisador em ciências da saúde, Mestre em Ciência (M.Sc.) pelo Departamento de Bioquímica, do Instituto de Química da UFRJ, e Ph.D. em Bioquímica, pela Cardiff University, no Reino Unido.

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4 respostas

  1. Oi, Rogério,

    Acho muito difícil, mas não impossível, a Apple abalar empresas como Sony, Samsung e companhia. Explico porque: as grandes empresas, mesmo fechando no vermelho (caso da Sony, por exemplo) ainda assim têm jogo de cintura (capital, tecnologia, etc.) para sair de qualquer enrascada. Em última análise, elas encolhem as suas linhas de produtos ou, lamentavelmente, o número de funcionários, e tocam para a frente.

    Sobre o 3D, acontece uma coisa quase inevitável: na ânsia de empurrar o formato, os fabricantes acabam adotando processadores melhores e mais sofisticados nos modelos com 3D. Então, se você não se interessar por 3D, ainda assim irá aproveitar a melhor qualidade do display. E isto não se restringe somente a TVs, você vê a mesmíssima coisa nos Blu-Ray players!

    Olha, Rogério, a minha história passa por áudio (música) e cinema, respectivamente em casa e na rua, desde que eu me entendo por gente. Não há como a gente não se sentir fascinado pelas novas telas, em exposição nas lojas. É que a tecnologia de displays atingiu um nível difícil de imaginar há uns 10 anos atrás. E quem freqüentou cinema e tem uma boa noção do processo de exibição não tem como não ficar surpreso com o nível de detalhe, cor, contraste, etc., que se vê na combinação de filmes gravados em cadência real no Blu-Ray com a resolução das telas atuais.

    Quem viveu o tempo das telas de retroprojeção, que desalinhavam a todo momento, aqueles projetores com canhões CRT, e coisas do gênero, agora esta vendo uma verdadeira revolução.

    E esta revolução começou com as telas de LCD modernas. As de plasma já existiam há mais tempo e não mudaram tanto assim o mercado, até em função do alto preço praticado, somado ao tempo de sobrevida e problemas diversos da tecnologia.

  2. Caro Paulo

    Em primeiro lugar, muitíssimo obrigado por me enviar o link contendo essa matéria que tanto me interessa.
    O interessante é que depois de ler sua resposta; concluí que os lançamentos estão tendo vida mais curta que o normal, afinal a tecnologia avança a passos galopantes, e mesmo quando novos produtos são lançados, os setores de engenharia e desenvolvimento das fábricas já estão trabalhando na linha que irá substitui a que acaba de chegar.
    Mas em relação a sugestão que fiz de fazer uma reportagem sobre as novas TV´s de Led (e por desconhecimento meu, já foi publicado), ainda teremos sempre “sobras” para se discutir sobre o tema.
    Sabe Paulo é engraçado, trabalho em uma emissora na área de audio, mas me fascino pelo vídeo, dá para entender ?
    Eu sempre que vou ao shopping fico namorando as TV´s de Led e pensando, tiro o escorpião do bolso ou não ?
    Mas lendo atentamente sua resposta acabo me juntando a sua linha de raciocínio, e chego a sua mesma decisão…
    É melhor esperar, não só para as empresas contornarem os problemas que ainda pairam no ar (blooming), como tambêm pelo principal fator “O PREÇO”.
    Tem outra Paulo, esta questão tambêm do sistema 3D que virou uma seleuma, ativo, passivo, vai decolar o 3D; não vai…
    Nossa; eles ao invéz de pararem de ficar disputando qual é o melhor sistema do mercado, nos deixam ainda mais indecisos.
    Mas em tecnologia sempre acontece algo que fazem eles se mexerem, e acho que agora eles terão que se coçar (se o que ouvi na rádio CBN pelo Ethevaldo Siqueira estiver certo), com a entrada da Apple no mercado de TV´s as coisas terão um novo rumo, pois mesmo com a morte de Steve Jobb´s a Apple (ao longo das décadas) ajudou a revolucionar o mundo da informática, o do som digital portátil, e tambêm da telefonia, e por que não agora tentar desestruturar o império das grandes marcas Japonesas como Sony, Samsung, Panasonic.
    O que acha disso Paulo ?
    Um abração Paulo

  3. Oi, Rogério,

    Obrigado por prestigiar o site e a coluna. O Webinsider acaba de mudar de hospedagem, daí provavelmente os erros que você enfrentou, e brevemente o site todo irá mudar. Aliás, era para esta coluna nem ter saído até a mudança ser completada.

    Mas, vamos lá: eu já escrevi sobre o tema que você propõe há algum tempo: http://webinsider.uol.com.br/2010/01/30/lcds-com-leds-os-ultimos-avancos/

    Existe ainda pendente um problema com o full array de LEDs, que é o blooming (a luz vaza para onde não devia). Mas, os fabricantes todos estão lutando para contornar isto. É só você observar os últimos modelos Samsung, que insiste em trabalhar com LED nas bordas (“edge-lit”), mas que reconhece implicitamente o problema, que é escurecer apenas uma região específica da tela.

    O que noto há anos é que as pessoas que amam plasma não conseguem enxergar méritos nas LCDs, mesmo depois do advento do backlight de LED e dos novos algoritmos de processamento, que diminuem o ciclo de desligamento dos cristais.

    Se você observar bem, o nível de preto no filme em película não é distante do que a tela de LCD exibe, e por isso esta discussão cai num vazio perigoso, do qual eu pelo menos decidi não tomar partido.

    O problema maior dessas novas telas LCD é o preço altíssimo. O top de linha da Sony vende por aí por cerca de 17 mil e o da Samsung em torno de uns 13 mil. Eu cheguei a pensar de trocar de tela, mas desisti por causa disto, porque eu não aguento mais jogar dinheiro em um modelo que daqui a dois anos já está “ultrapassado”.

  4. Olá Paulo
    Não estava conseguindo postar comentários aqui por causa de um erro no servidor do webinsider, que dava a seguinte mensagem quando eu clicava em enviar:
    Desculpe, mas a soma que você colocou está incorreta.
    Mas já devem ter reparado pois agora consigo enviar normalmente.

    Mas vamos ao que interessa, é uma enorme satisfação ler novamente uma matéria sua, ainda mais abrangendo um tema importante como esse dos home theaters modernos.
    Aproveitando esse gancho queria saber sobre um ponto meio polêmico.
    As mais novas gerações de Tv’s de Led agora tem um novo recurso chamado backlight Local-dimming, e segundo os entusiastas do padrão plasma, esse novo recurso teria conseguido igualar esses novos e modernos TV’s de Led, as melhores plasmas lançadas até o momento.
    Isso é verdade ?
    Outro ponto, só a Sony que está produzindo essas TV’s de Led acima de 60 polegadas com backlight Local-dimming ?
    Gostaria de sugerir uma reportagem a respeito, afinal como o próprio título de sua reportagem diz, os modernos home theaters e as Tv’s tambêm estão acompanhando essa evolução.

    Um abraço

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