Business is business, love is bullshit… um amigo muitas vezes repetiu esta frase e eu dizia que ele estava errado.
Se olharmos para as relações ditas “profissionais”, aparentemente elas deveriam ser isentas de envolvimento afetivo. A “interpessoalidade” não deveria influir nas decisões, deveria? Isso é o que se prega e o que se objetiva.
Mas, o resto é bobagem? O que está para além dos negócios pode ser considerado bobagem?
Incrível como cada vez mais a sabedoria popular, a tradição dos antigos, feelings, intuições e sincronicidades são consideradas nas decisões e avaliações que vão desde os negócios até o futuro ambiental do planeta.
Divagando…
Terminei de ler ontem o último livro do Gabriel Garcia Marques: “Memória de minhas putas tristes” e até sonhei com o livro e com o que ressoa dele dentro de mim.
Aos 90 anos um homem redescobre o sentido, prazer e intensidade da vida! “Como ser feliz com uma bicicleta aos 90 anos”… ele escreve.
Como ser feliz em qualquer idade?
O trabalho deve nos munir de vida e não o contrário. Deve vir com afeto, com prazer, se basear em relações acima de tudo.
Business is a good business only with love!
Na realidade devemos pregar isto, praticar isto e disseminar esta verdade onde quer que estejamos.
2005 está acabando e fiquei muitos meses sem escrever, sei disso.
Acho que estava impossibilitada, afetivamente impossibilitada de escrever sobre qualquer coisa que não fosse decorrente da dor de viver o luto de minha mãe.
Não passou… mas consumiu–se.
Agora é olhar para frente, carregando uma saudade doce e boa, isso é muito!
Olho para este ano que passou e vejo quantas mudanças ocorreram neste mundo em que vivemos. Nosso negócio interativo superaquecido de novo, vários projetos bacanas se concretizando e um horizonte super vasto para 2006!
E posso afirmar com propriedade e conhecimento de causa que todo o sucesso que tivemos agora é fruto de muita perseverança de quem soube se manter fiel à crença de que o que fazemos tem um valor inestimável e tem um lugar ao sol relevante!
Mas, o que mais me interessa aqui é a questão do love, do amor, e do quanto ele não pode ser considerado uma “bobagem” no mundo dos negócios…
As maiores conquistas que fazemos e que eu fiz e faço cotidianamente é fruto disso: do cuidado extremo, genuíno, profundo com cada um dos clientes, funcionários, parceiros, fornecedores e amigos.
É nas relações que reside todo o segredo!
É no cotidiano que construímos uma sólida base para plantar aquilo que iremos depois semear no futuro.
Piegas?
Ana sentimental na véspera do Natal?
Sempre.
Sempre sentimental.
Sempre envolvida com causas maiores que vão além daquilo que podemos enxergar na ponta do nariz.
Posso dizer que neste ano adquiri novos e grandes amigos na relação com meus clientes que irão comigo para sempre. Desenvolvi projetos com pessoas que fizeram muita diferença e que mudaram meu jeito de pensar.
Aprendi mais e mais a dividir experiências e conhecer as minhas e do outro as limitações.
Porque afinal estamos todos no mesmo barco, sempre!
Afinal somos todos iguais e sonhamos com o mesmo horizonte!
Porque no final só há uma certeza:
A VIDA PASSA.
PASSA RÁPIDO…
E temos que fazer dela um grande acontecimento.
Temos que fazer algo melhor.
Sonhar com o mais impossível…
Fazer uma revolução em nós mesmos.
Basta mudar o foco?
Basta saber e tentar.
Olhar para quem está a seu lado de verdade.
Falar a coisa certa na hora certa.
E cuidar, todo dia e toda hora.
Disseminando algo que podemos chamar de “o bem”
Desculpem… é véspera de Natal. Alguns talvez repitam que é tudo uma bobagem, data comercial.
Para mim, que cresci com uma mãe que construía árvores de sonhos que contavam histórias na noite de Natal, é um dia mágico! Começa na noite com o cheiro de pinheiro e de velas vermelhas e traz consigo o que minha mãe chamava de espírito de Natal.
Aquele espírito que entra porta adentro e dá a última chance ao velho avarento, à mulher que maltrata o cão, ao empresário impiedoso… aos chefes de governo, aos homens que deveriam ter boa vontade.
Este espírito está aí e para mim permeia um tempo que deve ser estendido a tudo que sonhamos para o futuro: nosso, dos próximos a nós e de uma civilização inteira. [Webinsider]
(São Paulo, 23 de dezembro de 2005.
Primeiro dia de verão!)
2 respostas
Lindo artigo Ana, muito inspirador. Delícia de ler e refletir. Bjos
Interessante!
Lucas
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