Aconteceu nos dias 9 e 10 de maio o 5º. Tela Viva Móvel, o melhor e mais completo evento sobre o emergente mercado de produção e distribuição de conteúdo móvel do mercado brasileiro.
Operadoras, integradores, criadores de games, fabricantes e os principais players do mercado participaram do evento no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo. Diversas mesas discutiram o futuro da indústria de conteúdo móvel. Podemos destacar duas elas:
“M–marketing em plena expansão” , com a presença de Fernando Sodré (Mobile Mixer), Cláudio Barres (Eugenio DDB) e Fiamma Zarife (Oi) e “Os modelos de negócio da TV digital móvel”, que reuniu Marcelo de Carvalho Pereira (Claro), Roberto Franco (SBT), Moris Ardditi (Gradiente) e Adalberto Vianna e Ann Williams (Okto).
Os temas interessam radiofusores e operadores, “os detentores das redes”, que controlam o tráfego da maioria dos conteúdos audiovisuais disponíveis, os produtores de conteúdo independente, anunciantes, agências de publicidade e a população em geral.
As agências de publicidade buscam novas oportunidades de mídia e interatividade para seus clientes, mas desconhecem na sua maioria como funciona a dinâmica e a regulamentação do mercado móvel.
Os operadores de celular preservam seus clientes de mensagens publicitárias, mas eventualmente as utilizam para vender seus próprios produtos. Ações bem planejadas entre agências, anunciantes e integradores, desde que com o aval do usuário do celular (opt in) são aceitas nas operadoras, mas o volume ainda deve ser alto, para compensar o custo da operação.
Modelos diferentes
Na área de conteúdo, os radiofusores contestam a política de revenue share das operadoras, mas na prática, adotam em suas redes regras bem mais restritivas para veiculação de conteúdo independente do que as operadoras de celular.
Se a operadora fica sócia do conteúdo (revenue share) ao colocá–lo na sua rede, os radiofusores, ao contrário, dificilmente permitem novos conteúdos em suas grades e quando o fazem, exigem previamente a garantia mínima de cota de patrocínio vendido ou a compra pura e simples do espaço.
O ticket de entrada das operadoras no mercado foi através dos disputados leilões de privatização, já os radiofusores ganharam o direito de montar suas redes e o direito de explorá–las como uma concessão pública. Para produtores de conteúdo independente que possuam escala de produção, o modelo da operadora é mais democrático, pois seu produto pode ser escolhido e adquirido diretamente pelo consumidor; quanto mais vende, mais ganha. Enfim, são questões a amadurecer.
Estamos longe de dowloudar e assistir Berlin Alexanderplatz* no celular, mas já temos um começo interessante para produções curtas como mini–novelas, animações e clips, tudo com muita interatividade e criatividade.
Existem muitas questões regulatórias a serem definidas ainda, mas as oportunidades de acesso para os produtores de conteúdo via rede de telefonia móvel tendem a melhorar a cada dia. Um termômetro desta tendência é o surgimento de festivais que premiam a criatividade na produção de conteúdo móvel. [Webinsider]
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* Berlin Alexanderplatz, dirigido por Werner Fassbinder, tem a duração de 931 minutos.
Marcelo Godoy
<strong>Marcelo Godoy</strong> (marcelogodoy@newtv.com.br) é diretor da <strong><a href="http://www.newtv.com.br" rel="externo">NewTV</a></strong> e um dos organizadores do <strong><a href="http://www.mobilefest.com.br" rel="externo">Mobilefest</a></strong>.
Uma resposta
Neste momento estamos estruturando um laboratorio onde o foco é desenv de aplicações para celular e o tema Tela Viva Movel., estamos concentrando uma area de desenv. onde objetivamos atingir os usuarios de celular com aplicações leves ate mesmo player´s rapidos e muitos leves., portanto ate peço se existe alguem interessados em parcerias estamos ai disponiveis.
Sds.
I. Martins