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“To be or not to be web 2.0?” Eis a questão. Web 2.0 existe ou é buzzword?

Eu assumo logo de cara: eu enxergo com nitidez algo novo e que eu nomeio com muita segurança como Web 2.0. Aliás, sempre sonhei com algo assim, desde pequeno. Aliás, foi sonhando com algo assim que larguei minha carreira em TV pra entrar nessa barca. E é justamente por isso que digo em português castiço: demorou 🙂

Ok, você não precisa concordar comigo. Você pode, inclusive, criar definições completamente distintas do que seja web 2.0. Você pode até alegar que web 2.0 é a web antiga com botox. Aliás… essa divergência toda é altamente web 2.0: plural, aberto, fecundo.

Ouça aqui algumas reflexões “beta” sobre o que eu considero, IMHO, web 2.0:

Podcast

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Clique para ouvir mais na Usina

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Avatar de René de Paula Jr

René de Paula Jr (rene@usina.com) foi de tudo um pouco em digital mas foi e é sobretudo um publicador compulsivo de ideias, aprendizados e provocações. Mais na Usina e no Roda e avisa.

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14 respostas

  1. Sem dúvidas muita coisa mudou na web que conhecemos, mas ainda acho que a idéia de web 2.0 é algo super valorizado por muita gente.

    O que é a tal web 2.0? São recursos que já existem a alguns anos (muito antes de imaginarem esse termo tão falado) mas que só agora estão sendo usados em massa.

  2. A alcunha talvez seja difícil de escolher. Esta coisa de ultimate, 2.0, etc, banaliza mesmo. Porém, concordo com o Rene e, diga-se de passagem, no último semestre, estudando como ouvinte na Usp com o Prof. Schwartz sobre o tema, li que vários autores importantes estão discutindo isto muito seriamente. Li também artigo sobre a Web 2.0 da Harvard Business escrito pelo Maccafee ( professor lá) e realmente a coisa está pegando fogo.
    Os estudiosos estão avaliando coisas como não-mercado, propriedade. É a descentralização ( para quem pode) da divulgação em estado quase puro.
    Gostei do Pod Rene, o som tava ruim, mas legal ser no trânsito .-)..
    Abr,
    Decio

  3. Olá René

    Abraço ruidoso foi massa, parabéns.. heheh

    Seguinte René, me desculpe se deu a impressão de estar desvalorizando seu texto e PodCast, essa realmente não foi minha intenção.
    Quanto ao assunto web 2.0, eu já escrevi várias vezes em meu blog, e continuo defendendo a mesma idéia apresentada pelo Alex, acredito que tudo não passe de buzzword, mas claro que cada um tem direito de expressar sua opinião mesmo que essa, as vezes seja um pouco entusiasmada de mais.
    O grande problema de toda essa ?Moda? de Web 2.0, é que ela atinge diretamente o desenvolvedor, grandes veículos ?especializados? de comunicação da rede, colocam a web 2.0 como se ela fosse um marco na história da internet, quando, sabemos, que isso não é verdade.
    Frases como ?Esqueça o que você sabe sobre web?, ou ainda mais chulas ?Web 2.0 ou nada?, realmente só tem a confundir e atrapalhar esse mercado que já é bem confuso, e por esse motivo sou contra esse movimento, acreditando apenas que estamos passando por uma evolução natural.

    um abraço ruidoso, vou continuar acompanhando seus textos = )

  4. oi Marçal

    há muito tempo atrás um professor me disse algo que me marcou: Nem todos são tão brilhantes como você. Muitos são mais. Desde então recebo com naturalidade críticas como as suas: que bom que alguém foi mais brilhante do que eu, que bom que ele escreveu antes de mim.

    Espero que essa lição antiga um dia te sirva também 🙂

    um abraço ruidoso

    rene

  5. Caro Hubner,

    Fiz essa discussão em meu site, rebatendo as idéias que vc colocou em seu texto. Se quiser dá uma olhada lá (obs: fiz um pingback no seu texto sobre criticar a web 2.0, pode ser que já tenha lido). Vc vai ver que há sim uma discussão de idéias.

    Abraços!

  6. Rene, muito barulho para pouco conteúdo, tudo que você falou o Alex já tinha rebatido, por favor nos traga alguma coisa nova, pois até agora o Alex tem a melhor teoria.

    Abraços.

  7. Defensiva? Pode rir?

    Impressão minha ou os meus comentários e as minhas idéias contrárias à hype Web 2.0 te incomodam? Por que então não acrescenta alguma coisa útil à discussão Fugita? Precisamos de discussão de idéias como você bem disse, porém não você não fez isso. Por que?

  8. É isso aí, René! Discussão de idéias é muito saudável, fico feliz.

    Agora o Alex Hubner ficou na defensiva…

    Abraços!

  9. Editam a wikipedia, produzem conteúdo e opinião…
    (e o fazem por prazer), compartilham, distribuem… Não há censura… O governo não tem poder sobre o que se gera… O Marketing não tem poder sobre o que repercute…

    Alguma semelhança com os princípios da Anarquia, idealizada por muitos anos???

  10. Pra mim o áudio está bom também, e os barulhos de fundo dão apenas um tom mais intimista à coisa. É como se estivéssemos pegando uma carona com o René e suas idéias! 😉 Só fiquei com inveja porque aparentemente ele gasta menos de 10 minutos para ir de casa para o trabalho, enquanto eu gasto 40, as vezes até mais… >:-/

  11. René, gostei do podcast apesar das buzinas e dos buracos (o que me faz concluir que você estava em São Paulo… ;-). Sem dúvida não usamos e não fazemos a web como fazíamos há 3,4,5 anos. As coisas mudaram, especialmente em escala (como você bem mencionou). O cerne da questão é: vale a pena tratar isso como um milestone, como uma versão 2.0?

    A questão não está no nome, no termo, nas supostas regras e características (nomes sempre existirão). A questão está em dar esse ar de novidade e revolução à coisa toda. Será que é uma revolução mesmo? Revolução significa uma mudança abrupta, brusca, no sentido oposto ao que vinha sendo feito (aliás, revolução significa exatamente isso no dicionário). Para mim a Web 2.0 não é uma revolução, é apenas uma evolução (palavra cuja etimologia é quase que oposta à revolução), simples.

    Tudo mudou, tudo evolui e assim tem sido desde sempre (em todas as áreas). Você já viu alguém falar em telefonia celular 2.0? A telefonia celular evolui constantemente, de aparelhos a serviços, passando pela forma de utilização. Existem produtos específicos, tecnologias novas, etc. Lembro-me quando a Vivo criou um zunzum com o Vivo Play (lembre-se dos globais fazendo o sinal de V invertido, como um play >, as propagandas, etc). Era o serviço de terceira geração (3G) da empresa, entretanto o mercado (e os consumidores) não criaram uma celeuma ao redor da suposta novidade, mesmo que outras operadoras oferecessem serviços similares, usando a mesma tecnologia ou não. Não se viu ali uma revolução, algo verdadeiramente novo, diferente. Viu-se tão somente uma evolução natural das coisas. O exemplo com a telefonia pode ser infeliz por ser incompleto e cheio de falhas, mas ilustra bem o fato de uma evolução não ter sido tratada e exaltada como uma mudança, uma revolução, e isso vale para outras áreas, cujos exemplos me fogem agora.

    Como estratégia de marketing, é compreensível defender algo como sendo uma novidade, uma revolução, basta ver que a Microsoft e outras empresas fazem a cada versão nova de seus produtos. Contudo, como consenso geral, comunitário (incluindo desenvolvedores independentes, empresas, cientistas, indivíduos) acho desnecessário produtificar (na ausência de um termo melhor) a Web. Principalmente porque ao dizer que a Web 2.0 é algo revolucionário, novo, significa ignorar o caráter evolutivo da própria web (lembre-se das duas palavras antagônicas: evolução e revolução). Significa também pisar e esmagar todo o esforço de amadurecimento desta mídia (web) nos últimos anos, incluindo o trabalho de muita gente, e o conhecimento adquirido na área (como você venho da década passada, 1996). Quando eu vejo alguém falando de Web 2.0, é como se eu me sentisse estúpido pelo resto do dia. Um cara desatualizado, atrasado, que não consegue enxergar a nova web. Mas quando vou olhar a nova web não encontro nada de novo, apenas uma evolução. Idéias boas aqui, tecnologias e maneiras novas de se fazer uma coisa acolá, um componente social a mais (que é definitivamente oriundo do aumento no número de usuários), etc. Mas isso não é uma revolução! Talvez ainda não tenhamos pensado bem nesta questão. Será que vale realmente a pena tratar a Web de hoje como uma coisa nova? Ou será que é mais sensato (e coerente) tratá-la como uma mera evolução.

    Pergunto isso pois de 8 entre 10 defensores da Web 2.0 referem-se a ela como uma revolução, uma mudança de paradigma, um ?divisor de águas? (como você a classificou).

    Eu não quero defender a velha-guarda da web, quero apenas discutir se realmente uma evolução natural (e esperada, diga-se) precisa ser tratada com tanta importância, precisa trazer esta áurea de novidade, de pulo-do-gato, de a ?nova? web, e afins. O nome é a menor das minhas preocupações. Fico preocupado em realmente saber se o que temos hoje é uma revolução ou é uma evolução. Eu acho que uma evolução, jamais uma revolução. E antes que me taxem de chato: eu não me refiro ao uso correto das palavras e suas etimologias (se é certo chamar de evolução ou revolução), me refiro às idéias que seguem na rabeta destas palavras. As coisas mudaram tão drasticamente assim? Eu acho que não. Mas isso pode ser apenas resultado do meu tradicional cinismo e mau humor. 😉

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