Boas campanhas, como as realizadas para a Benq e a Fiat em 2006, souberam usar a participação do público para reforço de marca.
Atualizado em 23 de maio de 2023
Já estamos quase terminando o primeiro semestre de 2023 e as mídias digitais e interativas continuam avançando rapidamente desde 2006, quando esse post foi escrito inicialmente.
Em 2006, falávamos sobre a convergência de mídia, web 2.0, Long Tail e declaramos que o banner não ia morrer. E, de fato, ele não morreu. O e-mail marketing também não morreu, mesmo com as tentativas de matá-lo, e o SEO também resistiu, mesmo com o crescimento do ChatGPT.
A inteligência artificial salvou a mídia on-line tradicional com os DSPs, DMPs e SSPs e a mídia programática e o viewability salvaram os banners. O inbound e a automação de marketing salvaram o e-mail marketing quando bem feitos e executados corretamente, e as constantes mudanças (updates) do Google, aliadas a um forte foco na entrega de experiência do usuário por parte da empresa, têm mantido o SEO (resultados orgânicos) firme em seus propósitos. A última novidade foi o Understanding News Topic Authority, publicado no Google Search Central Blog.
A Web 3.0 tem ganhado espaço para debate e relevância. O Metaverso tem tentado se estabelecer como a web 3.0, mas, assim como o Second Life, não conquistou as massas. Abaixo está uma lista rápida de seis empresas que já exploraram o metaverso.
- Nike
- Balanciaga
- Vans
- Lojas Renner
- Banco do Brasil
- TIM Brasil
Lembro de alguns vídeos do Pedro Cabral no YouTube falando sobre o novo conceito de media mashing (2006). Você assiste TV, navega na web, conversa com um amigo no MSN ou Google Talk e também no celular. Tudo isso ao mesmo tempo. Ou seja, você se comunica simultaneamente por vários meios, e essa é uma nova preocupação: construir marcas fortes diante da fragmentação da mídia.
Isso não mudou, pelo contrário, os canais e aplicativos aumentaram, e as interações deixaram de ocorrer no MSN e Google Talk, mas agora acontecem no WhatsApp e, até outro dia, no Telegram. Você começa um assunto no LinkedIn e termina no WhatsApp, inicia uma conversa no Instagram e a conclui no Slack, mas durante o percurso passa por vários outros canais sociais e digitais.
A jornada do consumidor tem se tornado cada vez menos previsível na hora de tomar uma decisão de compra. Acreditar que o usuário começa no Google e termina em seu site é um grande equívoco, e muitas vezes as vendas estão ocorrendo em marketplaces, WhatsApp Business ou até mesmo aplicativos desenvolvidos com esse objetivo (vender).
O público-alvo e o segmento de mercado ainda existem, mas temos uma etapa importante de construção de personas. As formas de trabalho também evoluíram significativamente. Antes, tínhamos a gestão de projetos em cascata, e agora o Agile é amplamente aplicado em projetos. Outras metodologias menos conhecidas também estão sendo usadas no mercado.
O last click deixou de ter grande relevância, e a taxa de rejeição está evoluindo para taxa de engajamento. O Google percebeu que estava perdendo muito dinheiro com o Analytics Universal e fez uma grande mudança para poder justificar a cobrança por um período maior de informações, assim como para cobrar pelo Looker Studio.
A cultura dentro das empresas passou a ser observada com mais atenção. A inteligência emocional se tornou um pré-requisito para atuar na maioria das empresas. Ainda há possibilidades de liderar de forma mais humanizada.
Em 2006, o faturamento das lojas online no país superou todas as expectativas e atingiu 76% no setor, com um total de R$ 4,4 bilhões e 7 milhões de clientes virtuais. Já em 2022, o mercado faturou R$ 262 bilhões, com aproximadamente 49,8 milhões de compradores online no Brasil.
A interatividade continua crescendo e com isso as mídias que se beneficiam disso tudo crescem também. Os usuários e consumidores de internet querem e precisam interagir com as mídias de forma mais assertiva. Os dados estão sendo minerados de forma cada vez mais inteligente para que as decisões no fim do dia reflitam em maior faturamento, seja da agência, do veículo ou do anunciante. Ideal quando todos ganham! [Webinsider]
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Gustavo Loureiro
Gustavo Loureiro trampa com internet desde 1998 e escreve para o Webinsider desde 2006. Você encontra mais sobre ele no Digital Marketing Cube ou no SearchLab.
4 respostas
Pois é Gustavo… Muito legal o seu artigo. Creio que esta seja a grande tendência para 2007… Tenho acompanhado esse assunto há alguns meses… inclusive é o tema da monografia que estou escrevendo. Fiquei muito feliz quando li sobre a venda de uma comunidade do orkut sobre floripa, para uma empresa interessada em explorar o capital de relacionamento gerado pelo dono da comunidade. Como você disse, vem mais por aí… O jogo está apenas começando. Façamos nossas apostas!
Boa matéria!!!
Belo texto!!
Simples e focado!!!
Parabéns!
Poxa,parabéns.Simples verdadeiro.