O setor de Tecnologia da Informação (TI) oferece várias opções para quem quer abrir o próprio negócio, seja como prestador de serviços ou empresário.
Em alguns casos, sobra competência técnica e espírito empreendedor para os candidatos, mas falta o capital ($$$) para dar início à empreitada, principalmente no caso dos mais jovens. Para começar um negócio em informática, por exemplo, é preciso adquirir instrumentos técnicos, peças de reposição e, logicamente, computadores.
O software livre pode ser uma boa opção para jovens empreendedores, pois, devido ao seu esquema de licenciamento de uso, pode ser distribuído sem custos. Um software é considerado livre quando atende aos quatro tipos de liberdade para os usuários, conforme definidos pela Free Software Foundation (FSF):
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1) A liberdade de executar o programa, para qualquer propósito;
2) A liberdade de estudar como o programa funciona e adaptá-lo para as suas necessidades. Acesso ao código-fonte é um pré-requisito para esta liberdade;
3) A liberdade de redistribuir cópias de modo que você possa ajudar ao próximo
4) A liberdade de aperfeiçoar o programa e liberar os seus aperfeiçoamentos, de modo que toda a comunidade se beneficie. O acesso ao código-fonte do programa é um pré-requisito para esse item. Para saber mais, acesse o site da FSF.
A liberdade de executar o programa significa que qualquer pessoa ? física ou jurídica ? pode utilizar o software em qualquer tipo de sistema computacional, para qualquer tipo de trabalho ou atividade, sem que seja necessário atender a quaisquer restrições impostas pelo fornecedor.
Para que seja possível estudar ou modificar o software (para uso particular ou para distribuição) é necessário ter acesso ao código-fonte. Por isso, a disponibilidade desses arquivos é pré-requisito para a liberdade do software.
Cada licença determina como será feito o fornecimento do código-fonte para distribuições típicas, como é o caso de distribuições em mídia portátil somente com os códigos binários já finalizados.
No caso da licença GPL (General Public License), o código-fonte deve ser disponibilizado em local de onde possa ser acessado, ou deve ser entregue ao usuário, se solicitado, sem custos adicionais (exceto transporte e mídia). Para outras informações, acesse a seção da GPL.
Essas liberdades que o software livre permite, associadas à licença GPL, tornam-se interessantes para os empreendedores porque não há custos. Em outras palavras, o prestador de serviços e o cliente não precisarão desembolsar dinheiro para licença ou compra do produto.
E mesmo assim, o prestador de serviços poderá cobrar pelos serviços prestados, tais como treinamento, suporte, instalação e customização de software livre, instalação de servidores e vários outros serviços. [Webinsider]
Marcelo Tsuguio Okano
<strong>Marcelo Tsuguio Okano</strong> é coordenador dos cursos superiores em Tecnologia de Banco de Dados e Tecnologia em Redes de Computadores da Faculdade Módulo e professor de pós-graduação do curso de Gestão de Redes da FIAP. Graduado em matemática com especialização em Engenharia de Software e Mestre em Administração, possui várias certificações técnicas, como LPI, Conectiva Instructor e IBM-AIX.
9 respostas
Na minha opinião, devemos fazer um adendo a este assunto… O texto diz software livre e automaticamente todos se referiram a sistemas operacionais, Linux, por exemplo.
Pela sua finalidade, o sistema operacional pode e deve ser incentivado e desenvolvido pela comunidade de analistas e programadores (mesmo porque serão a plataforma sobre a qual sistemas aplicativos não gratuitos serão desenvolvidos). Acontece que a palavra software refere-se não somente a sistemas operacionais, mas aos aplicativos também, e é nesse ponto que o assunto se torna mais complexo.
A indústria de softwares, assim como outros setores, precisa ter incentivo e apoio. Não se pode esperar que este nicho da indústria pague sozinha o peso do desenvolvimento, trabalhando de graça.
Como então apoiar e desenvolver uma indústria de que tanto precisamos, se esperamos que ela o faça gratuitamente?
Falo como técnico em programação, especialista em sistemas de grande porte e estudante de processamento de dados, o futuro está nos sistemas operacionais livres, e não no Software livre.
O tema é bastante atual,estou realizando uma pesquisa para monografia sobre ele. Gostaria de contar com ajuda de vcs para indicação de sites que tenham mais sobre o tema.
Utilização de software livre nas empresas brasileiras
Bem como as questões da cultura brasileira e a legalidade.
Valeu
Não tenho conhecimentos quanto a outros locais do país, mas aqui no sul (Santa Catarina) já faz pelo menos uns 4 anos que não vejo um Windows 95, e uns 2 anos que não vejo um Windows 98.
A utilização de Linux aqui é massiva. Empresas usam, escolas municipais usam, escolas particulares usam. Linux, aqui, é uma palavra bem conhecida na área de TI. E é elevado o número de empresas que utilizam e se apoiam em soluções livres, independente do nível de operação.
Nos EUA, software livre é um tanto quanto rejeitado. Já na UE é muito mais bem visto. Olhe por exemplo a França, que já utiliza soluções livres em massa.
Abraços,
Júlio Santos Monteiro
http://monteiro.eti.br: Ruby on Rails, Ubuntu e outros contos.
Ótimo artigo.
No Brasil a cultura de pirataria acaba prejudicando o capilarização do software livre.
Ao invés de conhecê-lo, a massa popular acaba instalando o Windows porque o vizinho instala de graça, ou seja, o Windows também é visto como grátis em muitos casos. Ouvi esta história da faxineira que trabalha em casa.
Portanto, com um concorrente como o Linux no mercado, a pirataria acaba beneficiando a Microsoft.
Que paradoxo!
ótimo tópico…como já falado é um tendência fora do país e muito pouco explorado por aqui…
nos atinamos para isso aqui na empresa a pouco tempo e já estamos trabalhando para colocar isto em prática..quem esperar vai ficar para trás
Na verdade nos EUA há uma grande rejeição ao software livre em geral. Na Europa sim essa tendência está deslanchando. No Brasil estamos atrasados dez anos: ainda tem tanta empresa usando Windows 95 e até DOS!
Finalmente uma matéria sem fins lucrativos e comerciais, vindo da UOL, aleluia, aleluia !!
Precisamos de mais matérias deste tipo na mídia, não do tipo que vi na folha outro dia falando do Ubuntu compatível com o Vista, é piada, 3D já temos há anos no mundo livre !!
GNUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUU
Interessante ler essa matéria aqui, quase num tom de Acorde! Você já viu isso?
Como foi dito no comentário acima, o brasileiro anda muito mole para abraçar essa tendência que se encaixa muito bem no nosso mercado.
Esta tendência já está muito forte nos EUA, enquanto aqui as pessoas ainda estão esperando para ver como é.