As Páginas Amarelas foram para o smartphone

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Na Era do smartphone, seu avanço deve sempre contemplar a criação de ferramentas específicas, tais como aplicativos para gastronomia como o Foodspotting, viagens, como o TripAdvisor, festas, tecnologia, concursos de fotografia como o WinAMinute, por exemplo, ou seja, recursos especializados que reúnem informações completas inseridas pelos usuários nestas redes e que, na busca por um determinado assunto, sabemos onde encontrá-lo. Assim a informação inserida pelo usuário é devidamente tratada e completamente aproveitada.

No início da internet, quando esta se tornou pública, tínhamos ferramentas muito mais simples em relação as que temos hoje. Na década de 1990, quando a ela foi aberta ao público aqui no Brasil, ter um modem e efetuar uma conexão dial-up era o suficiente para desfrutarmos de todos os recursos disponíveis naquele tempo. Durante o seu início e posteriormente à sua popularização, lidávamos com a tecnologia de outra maneira.

Ainda não estávamos na era de YouTube, Facebook e afins, mas estávamos no momento de ICQ, IRC e do pagamento mensal à um provedor de serviços pela utilização da rede, contabilizada em horas de conexão. Além de sermos cobrados em horas pelo provedor, tínhamos a cobrança da chamada telefônica, por pulso, o que fazia com que muitos de nós tivéssemos de aguardar até a noite para iniciar uma conexão e ser tarifado pela chamada, realmente muito diferente das possibilidades de comunicação que temos hoje. Assim, os recursos que tínhamos disponíveis na internet eram facilmente supridos através da instalação de um modem no computador e uma linha telefônica.

Saudosismos à parte, com o passar do tempo tivemos o crescimento exponencial da rede, com a inserção de mais recursos e tecnologias que não puderam mais ser atendidas pela conexão dial-up daquela época, assim, posteriormente, surgiram as tecnologias xDSL, cabo etc., e o 3G e 4G para redes móveis, capazes de transportar muito mais conteúdo através de maior largura de banda.

No entanto, o que estes avanços da web representam? Como lidamos com a tecnologia na atualidade? Qual o nosso nível de maturidade para nos relacionarmos com as mídias sociais, por exemplo?

No passado, as ferramentas que tínhamos em mãos eram utilizadas como meio para conhecermos mais pessoas, debatermos ideias, marcar encontros presenciais através das salas que participávamos no IRC etc., ou seja, as ferramentas nunca eram utilizadas como fim em si, mas como meio, já que nos dava outro e inovador modo de comunicação além do telefone, já que antes da privatização das telecomunicações aqui no Brasil, ter uma linha telefônica fixa era algo extremamente difícil.

Hoje temos uma geração de jovens que já nasceram após esta época, e a relação que eles têm com a tecnologia é completamente diferente do que tínhamos no passado. A geração sempre conectada usufrui com muito mais facilidade destes recursos, principalmente através das redes sociais, ou seja, a hipervisibilidade já faz parte da vida desde a infância e não necessitam de qualquer adaptação para lidar com essa situação. Será que realmente temos de saber se alguém está com dor de dente, está tomando uma cerveja ou comendo um risoto ao molho funghi, em um restaurante por meio do Facebook, por exemplo? A maneira como lidamos com estes recursos determinam o nosso nível de maturidade no uso destas tecnologias.

Sendo assim, a criação e a crescente utilização destas ferramentas, permite-nos consumir a informação gerada pelos usuários e que, sem utilizarmos estes recursos desenvolvidos especialmente para smartphones, corremos o risco de gerar uma informação que pode não ser aproveitada por ninguém, caindo em um “limbo”. Informação é poder. [Webinsider]

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Gabriel Perazzo é analista de redes da CYLK.

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