? Raios! Pára tudo e acende a luz… ? disse o português indignado bem no meio da ?festa?.
As razões da indignação do portuga todos nós sabemos e não cabe detalhar neste artigo, mas é importante entender que quando a confusão é muito grande alguém tem que assumir o comando e tentar organizar o ambiente.
Na web, colaborativa ou não, estamos nessa fase. A cada hora, milhões de novas páginas contendo áudios, vídeos, imagens, textos e aplicações são publicadas, formando milhares e milhares de terabytes de informação que representam um caos informacional, especialmente para o usuário comum.
Se você digitar, sei lá, ?geladeira? num buscador (Google, por exemplo), você irá obter como resultado alguns milhões de respostas.
Bom, vá lá que isso já é alguma coisa, mas mesmo que as respostas apareçam com alguma ordem de relevância, cá entre nós, é um ?over delivery? para quem, talvez, queira apenas comprar ou consertar uma geladeira em São Paulo.
Na prática, o que pode um ser humano fazer com milhões de respostas?
Provavelmente, refinar a busca, refinar a busca… até encontrar ou desistir.
Isso na prática é perda de tempo e/ou dinheiro, se compararmos a web com ela mesma.
Por favor, não podemos retornar às páginas amarelas!
Bom, se depender de Tim Bernes-Lee, o cara que se propõe a ?acender a luz?, não precisaremos dessa radical atitude.
Os últimos anos de pesquisas de Bernes Lee, o mesmo cara que concebeu, em 1990, a web no modelo com que você interage até hoje, foram todos focados na tentativa de solução do problema de reorganização dessa enorme massa de conteúdo da web.
Juntamente com um grande grupo de pesquisadores do W3C ? World Wide Web Consortium (MIT ? EUA) e alguns outros grandes centros de pesquisa espalhados pela Europa e Japão, Bernes Lee está materializando o que já se convencionou chamar de ?web semântica?, ?web inteligente? ou até ?web 3.0″ (sic).
O nome não importa muito, mas segundo o próprio Bernes Lee, é possível criar um modelo que permita a compreensão e o gerenciamento de todas as formas de conteúdo a partir da valoração semântica desses conteúdos e de agentes coletores de conteúdos advindos de fontes capazes de processar as informações e permutar resultados com outros programas.
Na proposta do W3C, isso poderá ser feito por meio da construção de uma camada de tecnologia que, sem alterar a interface, permita a representação estrutural e semântica automatizada das informações existentes.
Como também não sou um cara técnico, tenho dificuldades de ver essa evolução no nível da indexação, do relacionamento e do processamento desses dados, mas imagino o leque quase infinito de possibilidades e serviços geniais que isso vai representar.
Em pouco tempo (não me pergunte quanto), poderemos digitar em um serviço ?web semântico?, por exemplo, ?geladeira, conserto, são paulo, Brastemp? e receber como resultado não milhões de respostas, mas talvez apenas um sistema de agenda de visitas das três principais oficinas autorizadas pela Brastemp na cidade de São Paulo.
Aí seria só escolher a revenda, o melhor dia, o horário e aguardar a visita. Inacreditável, né? Vindo do cara que inventou a web eu não duvidaria, não. Então, que acendam logo a luz. Ora pois! [Webinsider]
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5 respostas
Interessante o texto!
Tiago Zouk
Email Marketing
http://www.geekle.com.br
Realmente esse papo de web semântica já tá enchendo a paciência de muita gente, mas todos nós devemos caminhar na direção certa. Imagino que o Cesar simplesmente quis expôr uma opinião que sem dúvida está sendo muito discutida no mundo todo.
Se com a web 2.0 temos já temos muita coisa boa (interativas, funcionais e informativas) na internet , imagina tudo isso que é gerado hoje sendo refinado em buscas por relevâncias realmente relevantes? Acredito que depois disso a web será um ambiente completo e que realmente se equilibrará, no que diz respeito a investimentos, com mídias como a TV.
Web 3.0 = subida radical (positiva) no gráfico de investimentos! (e mais outras milhões de coisas boas que isso causará na sociedade!)
Parabéns pelo artigo Cesar!
Se você digitar, sei lá, ?geladeira? num buscador (Google, por exemplo), você irá obter como resultado alguns milhões de respostas.
Vejo aí a maior falha dos oráculos modernos, os grandes buscadores web. Fazem o índice da web 3x por dia, e não são capazes de fornecer uma resposta precisa – talvez pela imprecisão de termos vagos como fogão, geladeira.
Então surgem os novos buscadores especializados, que emergem em um contexto menor e mais específico. Buscadores mistos de serviço e/ou comunidade, tal como a wikipedia, o buscapé, entre outros.
E, sim, essa coisa de Web Semântica já enjôou há 15 anos.
Esta história da Web semântica está cada vez mais enjoativa. Só vejo pessoas dando palpites baseados em desejos sem compreender que quem lhes pode satisfazer os desejos tem de ter alguma motivação para o fazer.
As galinhas põe ovos, mas não adianta chegar no galinheiro e pregar para as galinhas porem ovos de ouro, que não vai acontecer.
Onde quero chegar é que não adianta falar como seria bom os sites terem informação semântica nas suas páginas, se isso por si só não beneficia em nada os donos dos sites.
Se isso trouxesse mais visitas aos sites, aí sim poderia ser outra conversa.
Quem mais traz visitas aos sites (bem indexados) é o Google. Se o Google indexasse informação semântica embutida por exemplo com micro-formatos, aí sim seria outra coisa.
Mas o Google ou os seus concorrentes fazem isso? Que eu saiba, não! Poderia fazer? Concerteza. Mas vai fazer? Quem sabe um dia!
Muito bom o artigo!
Há algum tempo estou me atualizando nos padrões do W3C e todos os projetos que estou iniciando já desenvolvo no esquema mais respeitoso possível ao W3C! Claro, sempre valorizo meu layout e não mudo NADA nele por causa do W3C, mas construo-o nas normas…
É como você disse… Logo logo todos vão estar neste esquema e vai facilitar a vida de muita gente, sem contar que produzir um site vai deixar de ser algo que o sobrinho do dono da empresa pode fazer, e isso valoriza os profissionais de verdade.