DSD em arquivos: o que são e o que fazer com eles

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Até pouco tempo atrás, a única forma de se ouvir DSD em casa era através de um SACD. Com o passar deste tempo, arquivos em formato DSD puderam ser baixados e reproduzidos por softwares específicos e/ou alguns modelos de media players. O custo envolvido vai de nenhum até algumas centenas de dólares.

Mas, o mais importante é tentar entender o objetivo deste movimento, e se vale a pena engrossar a fileira dos que adotam o formato. É com isto em mente, que eu me propus a apresentar e discutir brevemente o assunto, deixando claro antes que ele está ainda muito longe dos seus capítulos finais.

O DSD é um formato de áudio digital, proposto pela Sony e pela Philips, baseado na modulação delta-sigma, que consiste em um método de amostragem do sinal de áudio analógico na forma de um pulso, que tanto pode ser a acréscimo ou decréscimo do valor do sinal que o precede. Quando o bitstream DSD codifica dois bits 1 em sucessão ele estará computando a diferença para mais do sinal anterior e quando codifica 0 a diferença será para menos. Para acompanhar a senoide da onda musical, uma sucessão de bits 1 e 0 fazem a onda subir e descer, respectivamente, acompanhando assim o ataque e a queda da mesma.

Para conseguir tal façanha com a velocidade necessária, o sinal padrão do DSD trabalha com 64 vezes o valor de amostragem do CD (que é 44.1 kHz), dando o total de 2.8224 MHz, mas cada pulso necessitando de apenas 1 bit de resolução.

Por causa do seu valor padrão de amostragem o sinal DSD é, por definição, DSD64. Sinais de amostragem superiores são possíveis, em codificações que vão desde o dobro do valor original (128 vezes ou DSD128) até o quádruplo (256 vezes ou DSD256).

Neste momento, existem ofertas de arquivos DSD codificados em DSD64 e DSD128. E o que o usuário desavisado precisa saber de imediato é que o primeiro, sendo padrão, tem que ser obrigatoriamente reproduzido em equipamentos que permitam ler arquivos DSD. No caso do DSD128 ou do DSD256 é o fabricante do equipamento quem deveria, em princípio, informar se existe um decodificador para estes tipos de sinal, caso contrário somente o usuário fazendo testes ou consultando outros usuários.

Ao atingirem 5.6 MHz e 11.2 MHz com os sinais DSD128 e DSD256, respectivamente, o único benefício até agora claro seria de empurrar a filtragem do decodificador digital-analógico para valores de frequência estratosféricos, mas o que não está claro é se isto seria de fato necessário, sob o ponto de vista da reprodução.

 As controvérsias dentro do ambiente digital

Desde que o SACD (DSD) e o DVD-Audio (PCM) saíram, nem mesmo os membros da dita academia se entendem. Alguns têm demonizado a modulação delta-sigma, classificando-a de inexata e com artefatos incontornáveis. Outros, que a defendem, acham que a amostragem do método usado no PCM carece de exatidão. Em ambos os casos, gráficos em profusão são mostrados nas diversas publicações, na defesa de uma das duas teses, e assim não se chega a conclusão alguma.

Como em áudio doméstico, o habitual é esquecer a teoria e enfrentar a audição propriamente dita (quando então os testes começam a ser subjetivos), toda esta discussão entre DSD e PCM acaba se tornando um exercício de futilidade.

A verdade é que a audição de um sinal DSD tirado de um SACD (a única fonte confiável até então) não era possível anteriormente ser transmitida do aparelho reprodutor, mesmo por HDMI, sem ser convertida a PCM antes da saída, ou então se tendo o DSD totalmente convertido a sinal analógico dentro do reprodutor de mesa, para amplificação. Neste último processo, o processamento nem sempre era completamente esclarecido pelo fabricante, ou seja, não se tinha praticamente controle algum sobre ele.

A procura pela reprodução do sinal DSD puro é complexa, mas factível. Primeiro, é preciso que o sinal seja lido do SACD e transmitido em DSD direto ao processador externo. Isto feito, o bitstream original de 2.8224 MHz é transmitido integralmente, em oito segmentos de 8 bits de 44.1 kHz cada um, como já explicado nesta coluna.

A seguir, o decodificador DSD-analógico precisa converter este sinal e transmiti-lo aos estágios amplificadores sem passar por qualquer circuito de pós-processamento, incluindo o bass management. Se estes forem usados, o sinal DSD precisa ser obrigatoriamente transformado em PCM antes de ser convertido a analógico, para que o processamento ocorra em ambiente digital.

E como o bass management é o circuito que, em última análise, permite ajustes de crossover entre os diversos canais e o subwoofer, para abdicar dele será necessário rearrumar a maneira como as caixas acústicas são conectadas. Neste caso, não é mais possível usar a saída de linha do processador ou pré-amplificador para o subwoofer e deve-se retornar ao esquema clássico de alimentar o subwoofer com os sinais de caixa acústica dos canais frontais esquerdo e direito e, ao mesmo tempo, desabilitar a presença do subwoofer no decodificador. Ambos o sinais passam pelo crossover interno do subwoofer, e são depois redirecionados para as caixas acústicas de origem, como mostra o esquema abaixo:

image001

Note-se que com este tipo de conexão, não será mais possível determinar o ponto de crossover do LFE (o “.1”), mas felizmente no caso do DSD geralmente não tem nenhuma consequência.

Para passar o sinal DSD na sua forma mais “pura”, o processador externo possui um ajuste de saída com o nome de “Pure Audio” ou “Direct” ou similar. Quando acionado, a saída de linha do subwoofer é automaticamente silenciada. O sinal DSD é decodificado para analógico e passa direto para os estágios amplificadores, sem intervenção do pré de linha, que, outrossim, permitiria a equalização do mesmo.

As experiências com este tipo de audição variam de um indivíduo para o outro. Na minha, usando sempre o bass management, eu comparei o sinal DSD pela saída analógica do reprodutor e pela saída HDMI. Em todos os testes (subjetivos) eu preferi esta última.

Inicialmente, eu usava um processador incapaz de aceitar DSD por HDMI e, portanto, ele recebia o sinal já convertido a PCM, a 88.2 kHz por canal. Quando o processador mudou, a qualidade do sinal mudou significativamente para melhor, o que sugere que o sinal integral de DSD é essencial para a correta reprodução dos discos SACD.

A mudança, na minha percepção, se traduziu em aumento de dinâmica e principalmente em resolução e estabilidade de imagem, implicando em melhor reprodução de primeiro harmônico em alguns tipos de instrumento.

Este tipo de melhoria me leva a crer que o sinal padrão do DSD64 é mais do que suficiente para a correta reprodução da fonte, e/ou que valores superiores de amostragem talvez não sejam necessários para melhorar esta qualidade.

 Arquivos para download e o que fazer com eles

Existem arquivos disponíveis em mais de um site, para download nos formatos DSD64 e DSD128, e aí fica a pergunta do que fazer com eles. Se o leitor quiser baixar alguns para testes, eu recomendaria a página do site da gravadora 2L.

Para o computador a resposta é simples e o custo zero: basta instalar o programa Foobar 2000. Depois, é preciso instalar nele os seguintes plug-ins: decodificador DSD (foo_input_sacd, encontrado na página do desenvolvedor), e o adaptador para multicanal (Free Surround, foo-dsp-surround) se o cartão adaptador de áudio e os alto-falantes instalados exigirem. E finalmente o transmissor de rede DLNA para equipamentos compatíveis (foo_upnp). Note-se que este último irá impor limitações tanto à reprodução de DSD por streaming quanto em número de canais, pois o sinal é previamente convertido a PCM 44.1 kHz estéreo, antes de ser enviado.

Fora do computador existem agora opções para a reprodução do arquivo direto de um flash drive USB (“pen-drive” ou disco rígido portátil), mas somente em aparelhos que já têm o hardware e o software necessários. Uma lista contendo os equipamentos e as respectivas entradas para a reprodução de DSD nos mostra que a maioria do que está disponível ainda não tem capacidade para ler e decodificar o DSD128. O Foobar 2000, em contrapartida, lê e decodifica DSD64 e DSD128, tanto estéreo quanto multicanal.

 SACD-R:

Existe a possibilidade de se autorar o que chama de um SACD-R, embora um disco como tal não exista formalmente no mercado. As especificações técnicas do SACD foram elaboradas na publicação do Scarlet Book, em 1999, pela Sony e pela Philips. O formato prevê a prensagem de um disco SACD puro ou de um disco híbrido, mistura de DVD e CD, e a camada deste último podendo assim ser lida por qualquer aparelho de mesa ou computador.

O SACD, como o conhecemos no formato de disco comercial prensado, tem a estrutura física de um DVD de simples ou dupla camada. Existe uma diferença proposital, entretanto, no que se refere à largura das cavidades (“pits”) que contem a informação digital. A largura da cavidade no SACD vendido nas lojas é variável, de maneira a acomodar um método especial de proteção, chamado de PSP (Pit Signal Processing). O método é usado independentemente de outros métodos de proteção, como os criptográficos.

A identificação e leitura da modulação da largura de cavidades do PSP é feita pelo drive de disco de um aparelho leitor com a licença em hardware para reproduzir um SACD comercial. A combinação hardware/software é o que, em última análise, impede um drive ótico de um computador, por exemplo, de ler a camada de alta resolução em DSD de qualquer disco SACD deste tipo.

A criação de um SACD-R em um DVD-R, entretanto, é possível, já que a estrutura de árvore do diretório do disco, especificada pela Sony, segue o padrão UDF encontrado no DVD. A árvore do diretório do SACD, vista abaixo, prevê a execução de discos de áudio com formato DSD, reconhecidos pela extensão “.dsf”:

image003

A descoberta acidental de que vários modelos de aparelhos de leitura ignoram a proteção PSP, mas leem os arquivos dsf dentro da árvore padrão do SACD, torna factível a compatibilidade necessária para a reprodução de um SACD-R. Uma lista de tais aparelhos é constantemente atualizada pelo autor de um projeto que visa fazer um backup doméstico de discos SACD comerciais, com o uso de um PS3 até uma determinada versão de firmware e de um software escrito para esta finalidade.

O método de autoração de um SACD em mídia DVD-R é usado já faz tempo por engenheiros de autoração profissionais. Os recursos por eles usados não têm, entretanto, contrapartida para o usuário doméstico, devido à inexistência, até o momento, de uma software-house capaz ou interessada em produzir um programa de autoração a preços abordáveis. Eu mesmo fiz contato com uma delas, e as razões da negativa são principalmente os custos com direitos do uso do formato (Sony).

O projeto com os PS3 mencionado acima gera um arquivo ISO, uma vez lido e decodificado o conteúdo de um SACD. Este arquivo, por seu turno, gera um DVD-R de camada simples ou dupla, com a árvore DSD, ou seja, vira um SACD-R.

Os arquivos para download, por seu turno, são obrigatoriamente de sinal de fonte, com a extensão padrão “.dff”. Na autoração, eles são convertidos para “.dsf”, fazendo então parte da árvore do diretório.

Sem um software adequado para esta conversão, esta tarefa é impossível para quem não usa PS3 hackeado ou se interessa pelo procedimento. O Foobar 2000 consegue, através do seu plugin, converter para PCM, base para o DVD-Audio ou DAD, porém restringindo a resolução para arquivos a 88.2 kHz/24 bits, exatamente como nos aparelhos leitores de SACD que não têm capacidade para enviar o sinal DSD por HDMI a um decodificador externo.

 Discussão

Creio que é inegável que a cópia de segurança de discos SACD comerciais, bem como o uso do conteúdo de discos não híbridos, é desejável por um grande número de usuários. É curioso notar que se considerava anteriormente impossível a tarefa de copiar um SACD. O processo em PS3 abre as portas para a pirataria clandestina do áudio de alta resolução, que é tudo o que o usuário final que compra a sua mídia não quer.

De tempos para cá, e com a disseminação dos players de MP3 na forma de um flash drive, quando se trata de áudio de alta resolução, o assunto fica meio morno, por culpa da quantidade de memória necessária. Além disso, o audiófilo mais antigo habituou-se a ter em casa uma coleção de discos, que hoje em dia é considerado um método arcaico de armazenamento de música.

Porém, é inegável que o uso de discos é desejável. Eu, pelo menos, não consigo me imaginar comprando uma coleção de pen-drives ou discos rígidos de alta capacidade de memória, só para ficar tocando música no meu local de eleição. E entendo que pessoas como eu iriam achar o mesmo, no tocante a este tipo de “modernidade”, ainda mais pelo fato de que, se a gente tem recursos no reprodutor de mesa, porque então não usá-lo?

Acho também que os downloads de arquivos DSD carecem de uma discussão mais aprofundada sobre os possíveis benefícios alcançados. Uma possibilidade seria simplificar a reprodução de áudio multicanal de alta resolução, já que em PCM existem mais de um formato, tanto em frequência de amostragem quanto em resolução.

Fica pendente, entretanto, a dúvida se os downloads em DSD irão de fato alcançar um padrão de qualidade superior ao PCM. Se não for este o caso, então todo o esforço de baixar arquivos e tentar autorar para SACD-R ou reproduzir a partir de um drive será inútil.

Até hoje, exegetas da matemática do áudio digital reclamam do exagero da procura dos formatos de alta resolução ao nível do usuário final. De fato, alguns CDs da minha coleção e de outras pessoas conhecidas soam muito bem, e as respectivas versões em 96/24 pouco ou nada acrescentam à qualidade original da gravação. Admito que as limitações devam ser da fonte, mas mesmo assim concordo que a representação da onda senoidal possa ser plenamente realizada com apenas 44.1 kHz de amostragem.

Seja lá como for, como amantes da alta fidelidade estaremos sempre abertos a formatos que possam ser usados como potenciais fontes de reprodução de bom nível. Só que, até o momento, nada faz crer que arquivos em DSD se prestem a qualquer tipo de substituto aos formatos já existentes no mercado. [Webinsider]

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Paulo Roberto Elias é professor e pesquisador em ciências da saúde, Mestre em Ciência (M.Sc.) pelo Departamento de Bioquímica, do Instituto de Química da UFRJ, e Ph.D. em Bioquímica, pela Cardiff University, no Reino Unido.

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24 respostas

  1. A imagem de estrutura de disco mostrada não é a de um SACD, e sim de um DSD-DISC.

    Um DSD-DISC é basicamente as trilhas .DSF de um SACD, armazenadas na estrutura citada. Foi a forma oficial de se criar um disco regravável, reproduzível em alguns players e computadores Sony, com audio DSD.

  2. Olá Paulo,

    Como o assunto da minha dúvida é o DSD, creio que este seja o lugar adequado para postar essa pergunta.

    Baixei recentemente dois arquivos em DSD – na HD Tracks e na Acoustic Sounds respectivamente – e o resultado foi mais que decepcionante. Em termos de qualidade digital nada, até o momento, supera os arquivos de cd’s que foram ripados no meu computador.

    Como isso é possível se esse formato – o DSD – é considerado a última palavra em termos de qualidade de áudio?

    Descarto a possibilidade da gravação se originar de uma fonte ruim, uma vez que duvido que o cd ripado para o computador seja muito melhor.

    Minhas desconfianças de que algo estava errado, ou que talvez as coisas estivesses “fáceis” demais, ocorreu quando soube que pouquíssimos são os Dacs que aceitam esse formato. Não apenas pouquíssimos, mas caríssimos.

    Ora, este não é o caso do network CXN (com dac embutido) da Cambridge, através do qual tenho ouvido música digital desde então – incluindo arquivos em DSD, formato aceito por este aparelho.

    Intrigado com isso, resolvi pesquisar e descobri – através de um review, e não por meio do manual da Cambridge – que o network CXN aceita DSD por meio do protocolo DoP.

    O que é esse tal de protocolo DoP?

    Qual a sua relação com a qualidade do que estou ouvindo?

    É possível que o CXN aceite DSD mas o converta para outro formato?

    O que é afinal DSD nativo e como ele entra – ou simplesmente não entra – nessa história?

    Tudo ainda é um mistério.

    Abraço,

    Caio

    1. Olá, Caio,

      Vou tentar responder por partes:

      A qualidade da reprodução de música não é necessariamente vinculada ao formato, porque ela depende de um monte de variáveis. Na prática, eu posso ouvir bons e péssimos discos de qualquer fonte, inclusive DSD, o que não traduz o potencial de cada mídia.

      O que se vem debatendo através dos anos é o conjunto de méritos de cada formato de gravação, e neste aspecto o que eu sempre notei que quem gosta de PCM (por qualquer motivo técnico) não abraça nem usa DSD, e vice-versa.

      SACD e DVD-Audio encorparam discos de excelente nível, mas perderam mercado e estão até hoje dentro de um nicho de consumidores, lamentavelmente.

      DoP é um protocolo de transmissão de sinal de áudio via USB (por favor, leia em: http://dsd-guide.com/dop-open-standard). Eu não acredito que seja esta a fonte dos problemas de reprodução do equipamento da Cambridge que você citou, mas leia a minha opinião com reservas, porque eu não tenho este equipamento e portanto não posso testar nada.

      O que se costuma chamar de sinal nativo é aquele no qual o sinal de áudio/vídeo foi inicialmente formado.

      Eu citei na coluna uma das várias, e a meu critério, melhores maneiras de se reproduzir um SACD, que consiste em usar um player com saída DSD e passar o sinal, via HDMI, por um A/V receiver ou processador capaz de decodificar DSD. No meu equipamento atual, eu consigo usar o modo “Direct” sem anular a participação do subwoofer, se eu quiser, e isto já foi para mim um grande avanço em relação aos equipamentos anteriores.

      Finalmente, lendo a sua última observação, eu gostaria que você me permitisse um comentário: é preciso tempo para se assimilar qualquer coisa. Comigo então, nem se fala, eu sou muito lento de raciocínio. Cada pessoa tem o seu ritmo próprio de assimilação de novas informações e este, diga-se de passagem, continua sendo um dos pontos mais falhos da educação de base neste país, porque muitos professores não entendem que é preciso dar tempo ao tempo para que seus alunos alcancem o nível desejado de instrução. Portanto, Caio, tenha paciência e leia muito, e leia de mais de uma fonte, ok?

  3. Olá Paulo,

    É com atraso que leio esse post,
    e espero que você ainda esteja disponível. Vamos lá:

    Gostaria de copiar (ou ripar, não sei ao certo) SACD’s para o meu mac e depois transferir os arquivos DSD para um pen drive. Assim, poderei toca-los no meu network player – que dispõe de entrada usb e aceita esse formato.

    O problema é que o meu computador ejeta o SACD tão logo este é instalado.

    Existe algum tipo de programa ou aplicativo para ripar sadc’s em macs? Pelo que entendi, a a plicação do Foobar 2000 não seria exatamente essa.

    Vejam bem, não quero nenhum tipo de player para tocar arquivos DSD a patrtir do meu mac. A idéia é transferir imediatamente esses arquivos para um pen drive, como tenho feito com arquivos de alta definição – 24/192 por exemplo – baixados de sites.

    Faria alguma idéia de como resolvo esse problema?

    Grato,

    Caio

  4. Olá, Cleber,

    Eu cobri este assunto no texto anteriormente publicado, cujo link é este: http://br74.teste.website/~webins22/2011/06/28/trocando-de-av-receiver/

    Embora me seja prazeroso que você leia o texto por inteiro se quiser, eu vou retirar de lá um trecho que explica o porque do valor de amostragem no display do receiver:

    “O DSD usa um processo de amostragem de 1 bit, porém em uma freqüência de 2.8224 MHz (2.8224 Mbits/s). Para passar o sinal DSD por HDMI, o sinal original de 2.8224 milhões de amostras de 1 bit por segundo é repartido em 8 pedaços, sendo transmitidos a 44.1 kHz, 8 bits cada um, e depois juntados no decodificador. Com isso, obtém-se uma banda passante de 2.8224 Mbits/s (8 x 44.1 x 8), ou seja o decodificador do receiver recebe o sinal DSD integral.”

    Como você vê não há nada de errado no seu sistema.

    Se você quiser refinar mais ainda a reprodução use o modo “Pure” ou equivalente, mas dependendo do equipamento não haverá necessidade que você o faça.

  5. Paulo, boa noite. Primeiramente, parabéns pela ótima matéria. Minha dúvida é a seguinte: Reproduzindo Um SACD por HDMI, no meu caso, o receiver mostra uma taxa de 44.1 KHZ. O receiver é compatível com DSD via HDMI. Mas levando em consideração a amostragem do SACD, 2.8224 MHz, essa conversão para PCM diminuiria drasticamente a frequência de amostragem. É correto esse entendimento? E hj, dentre os grandes fabricantes, temos players dedicados somente com saída HDMI, e não multicanal mais. Confuso.

  6. Olá, André,

    Obrigado pela leitura e elogios.

    Os links deste procedimento estão no texto da coluna: http://sacd-ripper.github.io/.

    É preciso ter um PS3 modificado, e sinceramente não posso lhe garantir se você terá sucesso.

    Os atuais Blu-Ray player com capacidade para tocar SACD não lêm mais SACD-R. Se você conseguir extrair arquivos DSD teria que obrigatoriamente usar um drive USB e um player ou receiver que os aceite.

  7. Boa tarde Paulo,

    Parabéns pela matéria e obrigado pelas informações.
    Tenho dificuldades de extrair o arquivo DSD multicanal de um SACD, gostaria de reproduzir as faixas separadas e em multicanal, por exemplo do SACD Dire straits, saberia me ajudar?
    Se possível me envie um email andre.duenhas@gmail.com

    Obrigado desde já!

  8. Oi, Adalberto,

    O XRCD é de fato um CD como qualquer outro, diferindo apenas na maneira como a master é feita. Os que eu tenho e os que ouvi na casa de amigos tende a ter um som com uma ênfase no brilho que nem sempre é um bom sinal de qualidade. Em outros discos esta ênfase resolve problemas de detalhamento na região de médio-agudo de algumas fontes de sinal que anteriormente soavam embaralhadas.

    Os resultados de uma masterização cuidadosa nada tem a haver com o formato propriamente dito. No passado distante se fez masterização sem compressão de sinal com bons resultados, como por exemplo na série Black Triangle da Toshiba (EMI).

    Eu tive chance de ganhar uma cópia direto da master em CD e gostei muito do resultado. Mas, infelizmente a indústria fonográfica sempre teve por hábito lançar mão de limitadores e compressores, diminuindo perigosamente a dinâmica e desta forma qualquer mídia iria soar mal.

    Para aqueles que achavam que o CD estava acabado basta ver o que está se fazendo com os novos DSPs e decodificadores PCM inclusos em vários modelos equipados com processadores de som 3D (Dolby Atmos, Auro 3D, DTS:X). Antes se fazia upsampling pura e simplesmente, mas os chipsets atuais conseguem aumentar o bit depth para até 32 bits, algo impensável quando na década de 90 se lançou o DAC-7 que tinha 16 bits reais. Eu uso atualmente um chip deste tipo e na minha avaliação os resultados são excepcionais.

  9. Boa noite, Paulo !

    E o que dizer dos vários formatos XRCD da JVC ? Lí em alguns sites que, além de possuir uma qualidade de reprodução semelhante ao SACD, o disco utilizado para sua reprodução é um CD de áudio comum com amostragem de 44.1MHz em 16bits, sendo ainda que o mesmo pode ser reproduzido em qualquer player comum de CDs, ao contrário do SACD, que necessita de um aparelho próprio para o formato. Parece que a técnica da JVC consiste em aplicar alguns “filtros” estratégicos durante a confecção da master do CD, garantindo dessa maneira a fidelidade original da gravação.

  10. Olá, tudo bem?
    Nossa, estou parecendo criança que ganha um monte de brinquedos no seu aniversário e não sabe com qual brincar.
    Nem completei o ciclo de brincar com tal brinquedo, já estou passando para outro e assim sucessivamente. Estou maravilhado com tantas informações de qualidade. Já fico satisfeito, muito satisfeito de poder compartilhar essas informações. É claro que vou tentar colocar em pratica aquilo que mais me interessa, mas antes quero absorver o máximo de informações,e entender, para depois tomar decisão para comprar novos equipamentos.

    Parabéns pela excelência!

    Grato,

    João Cláudio

  11. Olá, José Aparecido,

    Não há problema algum em se transferir arquivos dsd para pen drives, com o objetivo de reproduzi-los em algum media ou Blu-Ray player. A este respeito, uma das melhores opções, na relação custo/benefício, é o BDP-103 ou 105, da Oppo.

    A respeito da transmissão de sinal DSD, eu escrevi uma coluna tempos atrás, que lhe convido a ler: http://br74.teste.website/~webins22/2011/06/28/trocando-de-av-receiver/.

    Destaco, entretanto, um trecho que responde à sua pergunta:

    “O DSD usa um processo de amostragem de 1 bit, porém em uma freqüência de 2.8224 MHz (2.8224 Mbits/s). Para passar o sinal DSD por HDMI, o sinal original de 2.8224 milhões de amostras de1 bit por segundo é repartido em 8 pedaços, sendo transmitidos a 44.1 kHz, 8 bits cada um, e depois juntados no decodificador. Com isso, obtém-se uma banda passante de 2.8224 Mbits/s (8 x 44.1 x 8), ou seja o decodificador do receiver recebe o sinal DSD integral.”

    Os DACs são especificados com os valores de amostragem usados em PCM (44.1 até 192 kHz), porque este é sinal padrão de processamento, durante a conversão digital-analógico. Na prática, significa que o decodificador é capaz de trabalhar com qualquer sinal digital, seja de CD, DVD-Video ou DVD-Audio.

  12. Olá Paulo,
    Parabéns pelo artigo, excelente material.

    Tenho um dúvida, a transferência de dados via porta usb compromete/suporta a qualidade do áudio nos arquivos DSD?

    Outra dúvida, os Dacs sempre são apresentados com informações do tipo 44,1/48/96/192 mas nunca ouvi alguma menção sobre 2.8226M.
    Neste caso como o DAC trata este aquivo?

    Estou me referindo a DACs com entradas usb
    como os Cambridge ou Musical Fidelity

    Agradeço a atenção
    Abraço
    José

  13. Oi, Edmilson,

    Por contrato, a Amazon é a única representante dos autores que para ela escrevem e por isto detêm direitos sobre a venda do meu livro, ou seja, não sei como obtê-lo fora do site da empresa.

  14. Prezados Renato e André,

    Eu estou terminando um texto sobre áudio digital com foco na insatisfação de exegetas sobre os vários formatos.

    A constatação sobre a pouca, se alguma diferença entre os vários formatos de áudio de alta resolução não me surpreende.

    Muito menos o exagero das críticas sobre estes mesmos formatos, em particular da guerra entre PCM e DSD, que continua crassando.

    Eu encareço a todos os leitores a não se deixarem influenciar sobre opiniões e análises. Façam vocês mesmos suas análises e aproveitem o que de melhor conseguirem ouvir!

  15. Posso estar errado na observação, mas acho que o DSD e o FLAC a 96/24 soam da mesma forma, ambos são bons ( se a master for boa ).

  16. Olá Paulo!

    Coincidentemente, por estes dias, eu abri um tópico no Htforum, na sessão de fones de ouvido falando exatamente sobre as ISOs SACDS.

    É evidente que este assunto deve mesmo gerar algumas discussões mais acaloradas, pois a intenção de quem debate (exceção feita aos teimosos de plantão que debatem apenas para ter razão) no final, obter o melhor possível de seus sistemas.

    Sempre li artigos especializados sobre áudio e vídeo. Acabei assim “testemunhando” o nascimento e quase morte do SACD comercialmente. Mas, por razões financeiras, nunca pude investir num sistema composto por esta tecnologia.

    Mas como tudo no mundo digital/virtual, o SACD acabou “sucumbindo” aos isos e downloads.

    Eu já utilizava o player Foobar2000 com os drivers ASIO na audição de arquivos Flac na placa onboard do meu pc. Mas, com a aquisição de placa de som ASUS Xonar DG (placa barata, mas muito elogiada)resolvi procurar arquivos de resoluções mais altas na net.

    Ao encontrar as ISOs SACDS e descobrir este plugin para o Foobar, tratei de baixá-los. O resultado pra quem estava ouvindo algo próximo som real de um SACD foi espetacular. Inclusive os primeiros álbuns que baixei foram Michael Mcdonald (Motown) e Dire Straits (Brothers in Arms. Deu vontade de nunca mais ouvir estes álbuns em suas versões wav ou Flac. É outro mundo! É outra coisa!

  17. Oi, Tresse,

    Eu até endosso o seu protesto, porque o áudio não deveria ser endereçado apenas aos aficionados. Porém, é bom que se diga que muita gente por aí não dá a menor pelota para a qualidade do áudio, e, acredito eu, nem faz questão de ser informada a este respeito.

    Eu escrevo porque é preciso digerir informações. Uma vez eu li alguém escrever que é dando aula que se aprende algum assunto. E escrever é a mesma coisa, a gente se obriga a estudar para redigir melhor. Então, eu aprendo um pouco e espero que o leitor aprenda muito, sem ter nenhuma pretensão de ser carismático.

    E, por acaso, o assunto continua em breve, ainda sob este aspecto que você citou. É que as pesquisas continuam, mas não há absolutamente consenso. O que explica porque a gente tem um monte de formatos, e nenhum deles impera absoluto.

    O meu novo texto falará não só sobre a falta de consenso, mas principalmente sobre a falta de bom senso. E te garanto que, neste particular, o assunto está longe de ser esgotado!

  18. Oi, Tresse,

    Eu até endosso o seu protesto, porque o áudio não deveria ser endereçado apenas aos aficionados. Porém, é bom que se diga que muita gente por aí não dá a menor pelota para a qualidade do áudio, e, acredito eu, nem faz questão de ser informada a este respeito.

    Eu escrevo porque é preciso digerir informações. Uma vez eu li alguém escrever que é dando aula que se aprende algum assunto. E escrever é a mesma coisa, a gente se obriga a estudar para redigir melhor. Então, eu aprendo um pouco e espero que o leitor aprenda muito, sem ter nenhuma pretensão de ser carismático.

    E, por acaso, o assunto continua em breve, ainda sob este aspecto que você citou. É que as pesquisas continuam, mas não há absolutamente consenso. O

  19. Paulo, não sei o porque, mas o pessoal de Áudio não sossega. Depois do stereo, acabou a calmaria. Os Pesquisadores/Desenvolvedores cada vez mais produzem para os PAULOS, mas esquecem dos TRESSEs. Não pare de escrever, principalmente sobre Áudio. Só assim posso acompanhar o que vocês andam colocando à nossa disposição. Ainda não montei meu 5.1, mas também aqui só tem FULL HD stereo e só um canal.

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