Inovação exige que a inteligência se mobilize

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on telegram
Share on pocket

Se já é conhecido, é passado.

Inovação é resultado de processos e atitudes no pensar. Embora essa afirmação seja aceita nos diversos círculos que se envolvem com inovação, a práxis tem se mostrado totalmente desconectada desse fato conhecido.

As propostas que pretendem desenvolver inovação investem apenas em máquinas e equipamentos, em conhecimentos, em aquisição de tecnologias, em títulos acadêmicos, ou seja, em insumos importantes mas já-existentes. Não se cogita do Ainda-Não.

Sequer se menciona os processos e atitudes da inteligência que acrescentam diferenças a esses insumos. Omite-se exatamente o que gera inovação. Mas esses insumos não fazem parte do conhecimento existente? Fizeram. Cada inovação exige que a inteligência se mobilize e se mova.
   
Para que a inteligência não se ajoelhe diante do conhecimento existente ou de uma tecnologia consagrada, é preciso que o sujeito pensante (individual ou coletivo) se permita processos mentais que abrem outras possibilidades. Ao proceder assim, terá de lidar com atitudes mentais que possam estar brecando ou desmobilizando a intervenção transformadora.

Quem quer que tenha inovações de qualquer natureza em seu crédito, terá percebido que o ?salto inovador? resultou de uma variante na trilha mental que então percorria. Há quem atribua essas variantes ao acaso, isso não importa agora. Na maioria dos casos, a mídia e a comunidade profissional se encarregaram de alimentar-lhe a imagem de genialidade.

O que cabe destacar é o persistente desprezo aos fenômenos cognitivos que desenvolvem inovação em qualquer campo.

O foco das ?materialidades visíveis? não constitui uma miopia exclusiva da cultura norte-americana, muito ao contrário. Ela está presente na idolatria professada por algumas culturas ?em desenvolvimento?, inclusive ou principalmente em nosso país. [Webinsider]

.
 

Avatar de José Leão de Carvalho

<strong>José Leão de Carvalho</strong> (ilace@ilace.org.br) é presidente e diretor metodológico do <strong><a href="http://www.ilace.org.br/" rel="externo">Ilace</a></strong> ? Instituto Latino-Americano de Ciências Cognitivas e Estratégia.

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on telegram
Share on pocket

4 respostas

  1. Cara, adorei sua definição:

    Inovação, ela acontece quando abrimos uma variante na trilha mental até então percorrida. E quando não se ajoelha diante do conhecimento existente ou de uma tecnologia consagrada.

    Fantástica e Poética!!!

  2. A palavra inovação não é bem entendida, as pessoas falam em inovação, em inovar, mas acham que inovar é fazer algo que eles nunca fizeram achando que essa coisa nova é inovar, mesmo sendo algo já bem conhecido.

    As empresas normais não permitem a verdadeira inovação, pois isso leva mais tempo, gasta mais dinheiro e o retorno não é certo.

  3. Não sei em que medida o novo, no sentido de ineditismo, é interesse de um corpo-coletivo em épocas em que tudo já está e já é… Talvez o novo deva ser trado no sentido de como se agencia e se reconfigura os transbordamentos do mundo contemporâneo. Quer dizer, me parece que as novidades não se dão mais por pura e simples vontade de apresentar o inédito, como se pensava nos tempos modernos, mas sim de ressignificar o tanto que já existe.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *