A evolução de Darwin tem a ver com branding

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on telegram
Share on pocket

Estava lendo a Super Interessante desse mês quando, ao ler a matéria sobre evolução e Charles Darwin, tive um insight sobre o tema: branding. Acredito que cause um certo estranhamento a relação entre os dois assuntos, mas é momentâneo. Vamos lá.

Segundo a teoria darwinista de evolução, a biodiversidade passa por transformações estruturais e comportamentais, sendo colocada como agente passivo na seleção natural dos que vivem. Através da influência de fatores ambientais e externos, todos os organismos sofrem modificações em suas características a fim de garantir sua continuidade e melhor convívio com o meio.

Pode-se pensar nos seres vivos como produtos ou serviços em constante reposicionamento, por um olhar mais comunicacional, digamos.

Baseado nesta mesma teoria, é possível fazer um paralelo com a história da propaganda e as formas de se trabalhar com essa ferramenta. Ao longo dos anos, diversos meios sugiram, tendências foram criadas e recriadas, processos de comunicação foram abortados, revisados e outros otimizados. Certamente, essas adaptações ocasionam uma “seletividade natural” dos processos vistos hoje e previstos para o amanhã.

Como exemplo, tivemos a era do rádio que, de certa forma, foi abalada pelo surgimento e introdução da televisão no mercado. Para muitos, tal mudança ocasionou a primeira grande quebra de paradigmas da propaganda, pois fez com que profissionais e estudiosos fossem mais ousados em suas estratégias de comunicação e percebessem o benefício dessa integração.

Como referência ao poder de influência do rádio, temos o episódio de Orson Welles, onde milhares de pessoas foram afetadas pelo própria imaginação ao escutar um simples podcast da época. Por outro lado, a televisão com toda sua especificidade e persuasão, atualmente, tem números e alcance surreais em transmissões como Super Bowl, minuto publicitário mais caro do mundo.

Agora, imaginem se o rádio não tivesse sofrido um reposicionamento com o decorrer dos tempos? Se não tivesse se adaptado ao meio (mercado) e evoluido? Se o pensar propaganda ainda fosse o mesmo? Pois é, ficaria complicado.

Obviamente, todo esse processo evolutivo deve-se ao esforço, em grande parte, de pessoas visionárias e capacitadas, preocupadas com a melhoria constante de todos os aspectos da ferramenta e mercado. De forma inconsciente ou mesmo intrínseca, o profissional, ora influenciado ora influenciador, vem planejando e promovendo, no decorrer dos tempos, branding de seu próprio negócio: a propaganda.

O objetivo desse texto é apenas dividir um breve pensamento e aproveitar para parabenizar todos os envolvidos nesses processos pelo Dia Mundial da Propaganda. Seja publicitário, marketer, designer, administrador ou economista, apenas gostaria de felicitar pela participação e contribuição nesse grande case que a história da propaganda.

Parabéns pelo dia! [Webinsider]

.

Avatar de Vitor Lima

Vitor Lima (vitor@clartestudio.com.br) é publicitário, mestrando em adm. de empresas, sócio e diretor de planejamento da Clarté. No Twitter é @vitormlima.

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on telegram
Share on pocket

7 respostas

  1. mas esse povinho do mundo do marketing e da publicidade, numa palavra, balconistas, é mesmo muito pretensioso, não? querem mudar a ordem ‘natural’ das coisas (primeiro, branding, depois Darwin; hohoho; não é a toa que inventaram e acreditam em papai Noel). agora identificam nos seres vivos características dos artifícios humanos; na sobredeterminação cíclica.

    gente, ampliem o repertório, por favor. existe filosofia, ciência, sociologia e história, entre muitos outros conhecimentos, antes de balconistas resolveram colocar no papel as suas práticas. o mundo tem no comércio um artifício, não vivemos para comercializar, comercializamos no viver, nem é para viver.

  2. Vitor,

    Gostei muito do texto. Parabéns e concordo ao perceber que as marcas são como orgãos virtuais do homem. Assim como alguns desaparecem (timo, rabo, etc) outros evoluem e melhoram. Consequentemente alteram o modus vivendi do homem.

    Abração.

  3. Como o amigo Neto do comentário lá em cima mencionou, o fantástico livro Origem das Marcas, escrito por Al e Laura Ries é todo sobre essa relação entre Darwin e sua teoria e as marcas. O conceito de divergência defendido por Darwin é espetacular.

  4. Pessoal,

    obrigado pelos comentários! Espero ter contribuido de alguma forma com esse pensamento. Certamente, em tempos de crise, a solução é adaptação e renovação. Vou dar uma olhada nessa indicação do livro.

    Abraço

  5. Vitor, tive um insight semelhante esses dias,

    me ocorreu escrever um artigo relacionando:

    darwin,
    seleção natural,
    crise financeira e
    investimentos em branding.

    O argumento seria de que com a crise economica que tem assombrado os anunciantes, eles devem avançar e não recuar pois a palavra crise vem do grego crisis, que significa peneira momento onde ocorre uma seleção natural entre as empresas que tiveram o seu foco para o marketing e aquelas que não souberam trabalhar bem isso. Sendo assim essas empresas que não criaram laços fortes com seus clientes serão as que mais irão sentir os efeitos reais da crise ou os efeitos psicológicos dela.

    Frederico Matias

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *