Investir em uma franquia tem sido uma opção bastante recorrida por brasileiros na busca de uma expectativa por resultados mais seguros, escorados no conhecimento operacional, de marketing e de negócio como um todo repassado pela franqueadora. Realmente, aproveitar toda a bagagem oferecida pela matriz é uma decisão sensata. No entanto, ao iniciar as vendas em sua loja física, você notou que a marca está fora do comércio eletrônico, justamente em um momento em que o e-commerce cresce a taxas significativas a cada ano.
Uma vez que a franqueadora confiou em você para representá-la em sua região e não no Brasil inteiro, pode-se notar que, para um franqueado, ingressar no e-commerce exige um modelo diferente, já que uma mesma marca estará presente em lojas físicas em vários lugares do país, com diferentes donos de lojas, cada uma com o seu estoque independente e processos alinhados de forma local, que variam para cada empreendedor. Uma das saídas de e-commerce voltado para franquias, para quem está interessado em ingressar no ramo, é o e-commerce descentralizado.
Mas o que é o e-commerce descentralizado?
A partir desta tecnologia, a franqueadora, que investe em e-commerce para venda direta ao consumidor final, pode oferecer para cada unidade da rede uma loja virtual já montada e estruturada. A loja online pode ser hospedada no mesmo portal da marca ou em um site com endereço eletrônico exclusivo na web. A parte logística é administrada por cada unidade da franquia, com base em um estoque próprio.
Quando o estoque do franqueado é administrado somente por ele, com total independência, a franqueadora torna-se mais enxuta, imobiliza menos capital, padroniza a exibição dos produtos e da marca e tem informação disponível sobre toda a sua rede, enquanto o franqueado ganha independência administrativa e maior domínio sobre a sua região.
A condição ideal quando falamos de franquias, e que é exigência quando mencionado o e-commerce descentralizado, é a integração total. É prudente dar ao franqueador informações centralizadas da posição de estoque e das vendas online de todos os franqueados. Com isso, é possível integrar todos os estoques e receber alertas de reposição de estoque de cada produto. O e-commerce descentralizado deve viabilizar essa concentração de dados, com transparência para todas as partes envolvidas na franquia.
A estrutura descentralizada cria uma alternativa para evitar a “pedra no sapato” chamada conflito de canais dentro das franquias. A empresa tem uma série de franquias e um bom portal de e-commerce com funcionalidades para as vendas no atacado e no varejo. Nesses casos, o franqueado pode se tornar um “representante” do franqueador, atendendo uma determinada região caso cheguem pedidos de lá. Todos ficam integrados e não há problemas no relacionamento entre as partes. Assim, cada um ganha a sua parte da cadeia de vendas e todos saem satisfeitos.
Com o e-commerce descentralizado implantado na sua franquia, tire proveito dos materiais de marketing compartilhados pela rede para impulsionar o seu ponto de vendas na internet e atingir em cheio o seu cliente.
O problema é que nem toda franquia conhece o e-commerce descentralizado e, sendo assim, amarram, por exigência contratual, o franqueado só ao offline. Se este for o seu caso, mostre ao franqueador que é preciso inovar. [Webinsider]
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Cristiano Chaussard
Cristiano Chaussard, especialista em e-commerce, diretor da Flexy Negócios Digitais, de Florianópolis, e diretor-fundador do Grupo Digital de Santa Catarina (GDSC).