Software livre traz novos modelos de negócios

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Mais do que algo voltado a um grupo alternativo, o software livre representa redução de custos para as organizações e novos modelos de negócios para empresas e profissionais de TI, através de serviços, treinamento e consultoria.

Por se tratar de um conceito ainda não definido de forma exaustiva, consequência natural de linhas de pensamento que diferenciam o software livre do open source (código aberto), podemos generalizá-los através do acrônimo FLOSS (Free/Libre/Open Source Software) de modo a unificar todo este fenômeno que vem ocorrendo em escala global, notadamente nos EUA, no Brasil e na Europa ? que tem patrocinado diversas iniciativas através da Comissão Europeia.

O termo inglês free significa mais que gratuito, significa ter liberdade. Liberdade que para os defensores do software livre se traduz em poder usá-lo, alterá-lo de acordo com as necessidades pessoais, aperfeiçoá-lo e distribuir cópias para a comunidade, além de melhorá-lo e publicá-lo com estas melhorias (conceito do pesquisador Richard Stallman). Isto graças ao código-fonte aberto.

Alega-se que um programa e seu código-fonte são conhecimentos científicos, que não podem permanecer ocultos ao público, pois assim correr-se-ia o risco de ter alguns poucos dominando o conhecimento, o que atrasaria o avanço da ciência.

Com o código aberto pode-se verificar as rotinas de um programa e checar se informações privilegiadas não estão sendo enviadas de forma maliciosa aos fabricantes e/ou a terceiros. Também, a possibilidade de correções de bugs (erros) é maior e mais rápida, graças às comunidades que trabalham em cima destes softwares. De acordo com a Lei de Linus: “Dados olhos suficientes, todos os erros são triviais”.

Para as organizações, utilizar software livre ao invés de software proprietário representa redução de custos ao eliminar o pagamento de licenças. Esta economia pode ser investida na contratação de pessoal melhor capacitado em TI ou no treinamento dos próprios colaboradores, que poderão até mesmo aperfeiçoar o software livre de acordo com as necessidades da organização.

Já para os fabricantes de software, mudar do proprietário para o livre significa uma mudança em seu modelo de negócios. Quem produz software proprietário gera receita através da venda de licenças (uma vez que o software em si nunca é vendido, o que se vende ao usuário é o direito de uso em uma quantidade determinada de computadores). No novo modelo de negócios, o de software livre, os fabricantes podem obter receita através da prestação de serviços, como instalação, suporte, treinamento e consultoria, por exemplo.

Software livre é hoje uma tendência que desperta cada vez mais a atenção de empresas, governos, universidades, instituições de pesquisas. Neste contexto, algumas iniciativas já podem ser encontradas em nosso país patrocinadas em âmbito federal, como os portais Software Público Brasileiro e Software Livre. [Webinsider]

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Referências:

  • TAURION, Cezar. Software Livre – Potencialidades e Modelos de Negócios. 1ª edição. Brasport, 2004.
  • CURSO de Software Livre do site Next Generation Center

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Avatar de André Luís Lima de Paula

André Luís Lima de Paula, PMP® é bacharel em administração e pós-graduado em gerenciamento de projetos em TI (abordagem PMI®).

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4 respostas

  1. O software livre traz não só novos modelos de negócios, mas também a potencialização do próprio setor de TIC e de seus profissionais. Através do software livre, mais conhecimento é agregado, tanto pela facilidade de dividir informações com desenvolvedores do outro lado do mundo, quanto pela viabilidade financeira que o software livre traz a quem o usa.

    A construção e venda de software proprietário fica, dia a dia, cada vez mais um desafio de gênios. Isso porque seus desenvolvedores precisam competir com simplesmente comunidades inteiras (ex: o CMS Joomla!, com mais de 282 mil membros em seu fórum: http://forum.joomla.org/). E mais: com todas essas pessoas juntas, em uma comunidade cada vez mais forte e objetivos de deixar o software ainda melhor.

    Autonomia, colaboração e cooperação, filosofia essa essencial para a manutenção do software livre, não por acaso são também ideais da Internet moderna. É para frente que caminham essas comunidades, enquanto alguns teimam em se atrasar no meio do caminho.

  2. Adoro esse tema, parabéns pela forma que colocou o software livre.

    Gostaria de criar um grupo para debatermos melhor o software livre. Na minha faculdade no primeiro dia de aula eu fui apresentado a todos aqueles programas fechado. Questionei ao professor sobre os softwares livres e ele disse mais ou menos assim que na faculdade agente é treinado para suprir a demanda do mercado Isso me convenceu, mas nem tanto.. hoje eu faço a minha migração sozinho. sempre procuro ferramentas livres. Mas as faculdades estão mesmo se importando em gerar toda essa auto suficiência tecnológica que o país precisa? Tenho lá minhas dúvidas.

    O Software livre é tudo isso que você disse, brilhantemente. O que nós (não somos poucos… pq é uma questão alternativa e todo mundo quer ser alternativo hoje em dia) podemos fazer juntos?

  3. Só te corrigindo que Free em Software livre significa liberdade tambem como o proprio autor diz é mais que gratuito entao leia melhor e depois critique.

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