Sete fases da gamificação na gestão de TI

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preview-580Gerenciar equipes e manter as pessoas engajadas nos objetivos e resultados do trabalho são desafios para todas as organizações. E, em TI não é diferente. Muitas são as metodologias e processos tradicionais empregados pelo mercado: ITIL, Cobit, Ciclo PDCA, entre outros. Porém, devido à transformação no mundo dos negócios e no cotidiano – motivada pelas tecnologias de terceira plataforma (mídias sociais, mobilidade, cloud computing e big data) – métodos menos ortodoxos podem ser de grande ajuda. A gamificação é uma ótima maneira de tornar pessoas mais engajadas, produtivas e satisfeitas.

O que é gamificação?

O Gartner define a gamificação como o uso das mecânicas e da experiência dos games para engajar e motivar digitalmente pessoas a alcançarem seus objetivos. O conceito é perfeito, ainda mais se tomarmos como base o quanto os jogos influenciam nosso dia a dia. Para se ter uma ideia, o mercado brasileiro de jogos online totalizou US$ 1,5 bilhão, em 2014, segundo a SuperData, empresa que faz análises de mercado de games.

Mas, não basta implantar jogos corporativos ou escolher uma ferramenta de gamificação para sua equipe e esperar pelo aumento de performance nos indicadores. Existem dois fatores primordiais que engajam em games: o poder e o reconhecimento – sendo o poder dividido em dois processos (querer e gostar). Para se sentir poderosa, a pessoa deve ter ambição para atingir determinado objetivo e receber feedback. Além disso, ela precisa gostar de um jogo. Mas, como poder sem reconhecimento não basta, é preciso constante avaliação e nos jogos as avaliações são feitas o tempo todo.

Eis um planejamento em sete fases para sua iniciativa de gamificação:

1ª fase

Planejar barras de experiência que registram o progresso individual com uma mensuração de forma evolutiva, classificando de forma crescente em pequenos pedaços. As pessoas precisam tomar posse dos seus resultados.

2ª fase

Apresentar múltiplos objetivos de curto e longo prazo. É preciso estabelecer diferentes tarefas de maneira paralela, equilibrada, com algumas mais fáceis e outras mais difíceis de serem cumpridas. Isso ajuda os “jogadores” a atingirem os objetivos.

3ª fase

Recompensar o esforço de forma clara. Deve ter crédito ou ser pontuado, ao invés de penalizar pelo que não fez, motivá-la pela atividade realizada.

4ª fase

Feedback rápido, frequente e claro. Nos jogos é preciso haver modelos para avaliar as pessoas e dar poder para que ela escolha como e onde quer ser avaliada. Com isso, o processo fica mais dinâmico e menos “doloroso”. As pessoas deixam de ter medo de uma avaliação de performance anual.

5ª fase

Elemento da incerteza. O reforço do incerto instiga as pessoas a quererem mais, por isso, há tanta gente jogando na loteria. A partir do incerto a pessoa fica com dúvida: será que vou conseguir atingir aquele objetivo? Ou, será que se eu atingir determinado patamar eu não vou sair daquele lugar, ou posso regredir para outro nível?

6ª fase

Janela de maior atenção. Como há múltiplas tarefas é preciso ter uma atividade core. O jogo tem vários objetivos, mas há um principal, em que tem que ser dada maior ênfase. É preciso criar um método para que se execute essa atividade principal Exemplo: criar pontuação por dimensões e para a tarefa que requer mais ênfase, pode definir uma premiação de maior valor.

7ª fase

Social. Por isso os jogos online estão tão em evidência, as pessoas querem mostrar seus “scores” e competir, avaliar-se em relação a outras pessoas e, muitas vezes, ajudar os outros. Esta é dinâmica que faz com que as pessoas se motivem, porque o tempo inteiro estão expostas. Esse é um dos motivos pelos quais o Facebook faz tanto sucesso.

Avatar de Gustavo Santarém

Gustavo Santarém é gerente de portfólio de TI na Algar Tech.

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